sábado, 5 de janeiro de 2013

QUANDO E POR QUE SURGIU O MOVIMENTO DE REFORMA



O assunto proposto tem por finalidade esclarecer o verdadeiro motivo do surgimento da Igreja Adventista do Sétimo dia – Movimento de Reforma.

Muitas e variadas explicações tem circulado nos vários meios de comunicação sobre o surgimento de nossa igreja. Infelizmente a maior parte são explicações que não refletem a realidade dos fatos. Algumas possuem certa verdade, mas acabam sendo mescladas com o erro levando o sincero pesquisador a ter uma ideia equivocada e errônea do surgimento desse movimento profetizado. Neste artigo você saberá a verdade baseada em fatos históricos e incontestáveis. 
Antes de falarmos diretamente sobre o verdadeiro motivo do surgimento do Movimento de Reforma, devemos voltar um pouco mais ao passado e mencionarmos alguns fatos históricos que tiveram lugar na história da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A igreja Adventista surgiu depois que alguns fiéis passaram por uma cruel e amarga decepção em 1844. Deus abençoou aquelas poucas almas sinceras e a igreja infante e frágil prosperou.
“Em 1861, foi eleita uma comissão de nove ministros para estudar a Bíblia acerca da questão da ordem e dos oficiais da igreja. Naquele mesmo ano, numa conferência de Battle Creek, Michigan, recomendou-se que as igrejas fossem organizadas com o seguinte concerto:
‘Nós os signatários, mediante este nos associamos como igreja, adotando o nome de Adventistas do Sétimo Dia, prometendo guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus Cristo.’” – Ema E. Howell. O Grande Movimento Adventista pg. 58. Casa Publicadora Brasileira.
Segundo a história, neste mesmo ano, ou seja, em 1861, iniciou-se nos Estados Unidos a guerra de secessão. Para mais informações sobre esta guerra, clique no link abaixo:
Neste tempo, a recém-organizada igreja, precisou se posicionar diante desse conflito que ceifou quase um milhão de vidas americanas. Sobre isto lemos:
“Em 2 de agosto de 1864 os líderes adventistas dirigiram a seguinte declaração às autoridades:
‘Nós, abaixo assinados, componentes da comissão executiva  da conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, submetemos respeitosamente à vossa consideração a seguinte declaração:
‘A denominação dos cristãos chamados Adventistas do Sétimo Dia, tomando a Bíblia como regra de fé e prática, são unanimemente de opinião que seus ensinos contrastam com a prática de guerra; são pois, por  motivo de consciência, contra o porte de armas. Se existe qualquer parte na Bíblia que nós, como um povo, acentuamos mais do que qualquer outro ponto de nossa crença, essa é a lei dos Dez mandamentos, a qual consideramos a mais suprema lei, e aceitamos cada preceito da mesma literal e absolutamente. O quarto mandamento dessa exige a cessação de qualquer trabalho no sétimo dia da semana; o sexto proíbe tirar a vida. Segundo nosso modo de ver nenhum desses mandamentos pode ser observado no serviço militar. Nossa prática uniforme está intimamente ligada a esses princípios. Por isso, nosso povo não se sentiu na liberdade de alistar-se no serviço militar.” – Francis M. Wilcox, Seventh-day Adventists in time of War (Os Adventistas do Sétimo Dia em tempo de guerra), pág. 58.
Na história da Igreja Adventista, o período da guerra civil nos Estados Unidos foi um dos períodos mais difíceis para a igreja. Quando o problema atingiu a mesma, esta foi levada a tomar uma posição com respeito ao serviço militar e à guerra. A posição tomada foi a que lemos acima. Eram, de forma unânime, que seus ensinos não eram compatíveis com a guerra. A maioria tinha este pensamento, era comum o pensar desta forma. Não somente não participariam na guerra, mas a doutrina original adventista proibia também o porte de armas, e os membros, como maioria, estavam decididos em cumpri-la. Ainda foi esclarecido ao ministério da guerra, que se a igreja tomasse parte naquela peleja, estaria se colocando contra os mandamentos de Deus, principalmente contra o quarto e sexto mandamentos, que não podiam de forma alguma serem observados no serviço militar. E Desta forma procedeu a Igreja Adventista como povo. Deus sancionou esta sábia decisão da igreja, e através da pena inspirada enviou a seu povo fiel a seguinte mensagem:
“Foi-me mostrado que o povo de Deus, que é Seu tesouro peculiar, não pode empenhar-se nesta guerra complicada, porque isto é contrário a cada princípio de sua fé. No exército eles não podem obedecer à verdade e ao mesmo tempo obedecer às ordens de seus superiores. Seria uma contínua violação da consciência. Os homens mundanos são governados por princípios mundanos e não podem apreciar quaisquer outros. A política mundana e a opinião pública inclui o princípio de ação que os governa e que os leva a praticar uma aparência de retidão. O povo de Deus, porém, não deve ser governado por estes motivos. As palavras e ordens de Deus, escritas na alma, são espírito e vida. Nelas há poder para subjugar e levar à obediência. Os dez preceitos de Jeová são o fundamento de todas as leis justas e boas. Aqueles que amam os mandamentos de Deus submeter-se-ão a toda boa lei na terra. Mas se as exigências dos governantes são tais que entrem em conflito com as leis de Deus, a única questão a ser resolvida é: Obedeceremos a Deus, ou ao homem?”. – Ellen G. White. Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pg. 361. Casa Publicadora Brasileira.
Note a expressão: “Foi-me mostrado”. Deus revelou a Ellen White que a posição da igreja Adventista durante a guerra civil nos estados unidos não participando daquela peleja estava correta. Por que? A profetiza mesmo dá o motivo: “Porque isto” ou seja, a participação no serviço militar, “é contrário a cada princípio de sua fé. No exército eles não podem obedecer à verdade e ao mesmo tempo obedecer às ordens de seus superiores”. Ou melhor, a igreja Adventista tinha um princípio segundo o qual era errado participar na guerra, alistar-se ou portar armas. E qual é a posição que devemos tomar se as leis dos governantes estiverem de choque com a lei de Deus? Mas se as exigências dos governantes são tais que entrem em conflito com as leis de Deus, a única questão a ser resolvida é: Obedeceremos a Deus, ou ao homem?”.
The Review and Herald de 23 de maio de 1865, reafirma esta posição da igreja com as seguintes palavras:
“Somos obrigados a recusar-nos a participar de todo ato de guerra e derramamento de sangue”. – Relatório da terceira Assembléia Anual da Conferência Geral dos adventistas – The Review and Herald, 23 de maio de 1865.
O ser ‘não combatente’ foi nossa divisa. Tal foi nossa posição como igreja. Para estabelecer esta posição retrocedemos até a época da guerra civil, e assim nossos irmãos, depois de longo estudo e consideração, assumiram essa atitude”. Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 60 – Editora Missionária a Verdade Presente.
O livro “Protocolo da Discussão com o Movimento Opositor”, é o relatório fiel do que foi falado em uma reunião que se deu em 1920 entre a liderança da igreja adventista e o chamado Movimento Opositor, que constitui hoje o Movimento de Reforma. Quando surgiu a segunda guerra, de 1914 a 1918, os reformistas não tiveram, mesmo pedindo, nenhuma oportunidade para uma reunião com a liderança da igreja Adventista. Esta oportunidade se deu apenas dois anos depois que a guerra terminou. Este livro é a ata da reunião e tudo o que foi falado durante a mesma. Nesta ata é reafirmada a posição que a igreja tomou durante a guerra civil americana de 1861 a 1865. A posição era que a igreja não tomava parte na guerra, e foi destacado também o fato de que esta atitude foi tomada pela igreja não de forma precipitada, mas depois de longo estudo foi que a mesma assumiu esta posição. Agora, no livro que se segue, o qual foi publicado pela casa publicadora, encontramos mais uma vez que, como igreja, aos Adventistas realmente não portavam armas, consequentemente não saíam à guerra nem serviam ao exército e muito menos combatiam.
“... Adventistas do Sétimo Dia,... por motivo de consciência se opõem ao porte de armas...”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 109 – Casa Publicadora Brasileira.
Na citação do livro que se segue, publicado também pela casa, mostra que a maioria da igreja Adventista em 1861 a 1865 se manteve firme pelo direito, respeitando o “assim diz o Senhor” e os princípios da igreja que estavam baseados nas Sagradas Escrituras. Hoje infelizmente, a realidade que se vê na citada igreja é outra. Existem por exemplo policiais que são membros da igreja e que portam armas. Mas isto não está correto com a profissão de fé que a igreja possuía quando era ainda fiel. No tempo da guerra americana, quando um jovem adventista era chamado para prestar o serviço militar e lutar, era pago então 300 dólares para que o mesmo fosse dispensado e não participasse de tal ato contrário à verdade e a sã doutrina. Sobre isto lemos:
“Os adventistas do sétimo dia eram na maioria partidários do norte, porque nossos pioneiros tinham vindo dos Estados de Nova Inglaterra. Mas a despeito de suas simpatias, sentiam que o pegar em armas não estava de acordo com sua profissão de fé. Alguns foram chamados, mas logo se tornou possível arranjar substituto mediante o pagamento de 300 dólares”. – Ema E. Howell. Grande Movimento Adventista pg. 151 – Casa Publicadora Brasileira.
Uma igreja é aceita por Deus enquanto a maioria permanece fiel. Na guerra civil, lemos claramente que a maioria da igreja tomou a posição de não-combatência.
“Quando a primeira lei de recrutamento foi promulgada, a 3 de março de 1863, fazia provisões para aqueles  que não quisessem obedecer à convocação. Poderiam pagar 300 dólares e ser isentos do recrutamento. A maior parte dos adventistas tomou esta direção até que a lei de recrutamento foi mudada”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 108 – Casa Publicadora Brasileira.
 “Assim procedeu a maioria dos adventistas, não por falta de simpatia ou de coragem, mas porque não desejavam derramar sangue inocente, mesmo que fosse em defesa de uma causa justa. Muitas foram as orações sinceras  que ascenderam em favor da nação. Os dias 11 de fevereiro 1-4 de março de 1865, foram designados como dias de jejum e oração. Poucas semanas depois desse tempo chegava a almejada notícia de que a guerra terminara”. – Ema E. Howell. Grande Movimento Adventista pg. 151 – Casa Publicadora Brasileira.
Pouquíssimos adventistas, sabem ou conhecem como originou-se a primeira semana de oração, costume este seguido até hoje pela igreja. Muitos defendem hoje a participação na guerra e continuam a frequentar a semana de oração, e não se apercebem de que o que deu origem a esta programa hoje oficial na igreja foi a posição que a mesma adotou de não participar em guerras, não servir o exército, nem portar armas. E o pior de tudo é que muitos não veem hoje o frisante contraste entre a posição que a igreja adotou em 1864 com a posição que adotou em 1914 a 1918, e as subsequentes guerras.
Sobre a semana de oração lemos:
“... conta-nos de uma ocasião que pode ser chamada a nossa primeira semana de oração. Foi durante a guerra civil dos estados Unidos, quando muitos de nossos irmãos, cuja consciência não lhes permitia pegar em armas, se encontraram em situação probante”. – Ema E. Howell. Grande Movimento Adventista pg. 140 – Casa Publicadora Brasileira.
“Muitas foram as orações sinceras que ascenderam em favor da nação. Os dias 11 de fevereiro e 1-4 de março de 1865, foram designados como dias de jejum e oração. Poucas semanas depois desse tempo chegava a almejada notícia de que a guerra terminara.” Ema E. Howell. Grande Movimento Adventista pg. 152 – Casa Publicadora Brasileira.
A posição que a igreja adotava também sobre a questão do alistamento era firme. Quando alguém se alistava, a igreja o excluía de sua comunhão, ou do rol de membros. Assim procedia a igreja de forma unânime. Que sábia posição! Neste período a igreja era débil e defeituosa, mas não havia traído a Deus se colocando contra Sua santa lei. Se alguém ousasse se posicionar contra os mandamentos de Deus, a igreja então tomava as providências necessárias para que sua moral em face do mundo não fosse deteriorada. O seguinte texto é bem claro:
“Como o alistamento voluntário no serviço da guerra é contrário aos princípios de fé e prática dos Adventistas do Sétimo Dia, conforme estão contidas nos mandamentos de Deus e na fé de Jesus, eles não podem reter dentro de sua comunhão aqueles que assim se alistam. Enoch Hayes foi, portanto, excluído do quadro de membros da igreja de Batlle Creek por um voto unânime da igreja, em 4 de março de 1865”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 112 – Casa Publicadora Brasileira.
É importante notar que esta posição era baseada nos mandamentos de Deus e na fé de Jesus. Segundo já lemos no exército não se pode “obedecer à verdade e ao mesmo tempo obedecer às ordens de seus superiores.” Os mandamentos mais diretamente infringidos por parte de um soldado sem dúvida é o quarto e o sexto. Tanto um como o outro é impossível de ser obedecido em um campo de batalha. Por isso a decisão da igreja estava baseada nos mandamentos de Deus.
Qual foi a decisão da igreja e da Conferência Geral no Início e Durante a Guerra de 1914 – 1918 ?
Logo que eclodiu a primeira guerra mundial, a União leste Alemã da igreja Adventista enviou ao ministério da guerra a seguinte declaração:
“Mui ilustre Senhor General e Ministro da Guerra: Sendo que frequentemente nosso ponto de vista concernente ao nosso dever para com o governo, bem como nossa posição no serviço militar em geral; e especialmente, sendo que nossa recusa de servir, em tempo de paz, no sábado é considerada fanática, tomo, portanto a liberdade de apresentar a Vossa Excelência, a seguir, os princípios dos Adventistas do Sétimo Dia na Alemanha, especialmente agora, na presente situação de guerra.
“Conquanto permaneçamos nos fundamentos das Sagradas Escrituras, e procuremos cumprir os preceitos do Cristianismo, guardando o Dia de Repouso (Sábado) que Deus estabeleceu no princípio, tentando pôr de lado todo trabalho nesse dia, todavia nestes tempos de tensão, nos unimos em defesa da Pátria, e sob estas circunstãncias também portaremos armas no sábado... além disso, pedimos às igrejas fazer cultos de oração, rogando a Deus a vitória das armas alemãs. – H. F. Schuberth (Presidente da União). H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 26 – Casa Publicadora Brasileira. Obs: H. Kramer não cita a última parte desta carta, onde a mesma pede que sejam feitos cultos de oração pedindo a vitória da Alemanha nazista.
No texto citado pode-se ver claramente duas posições conflitantes: A primeira, até então seguida pela igreja Adventista, o que a levou a ser considerada fanática por parte do mundo, de que seus ensinos contrastavam com a prática de guerra. E a segunda posição, que diante de tal crise, em uma guerra com proporção mundial, a igreja se emprenharia naquela batalha sangrenta e lutaria também durante as horas sagradas do santo sábado.
Quem pode deixar de perceber o contraste existente na posição assumida pela igreja durante a guerra civil americana e a postura que ela adotou durante a primeira guerra mundial? Em 1865 a igreja havia realizado cultos de oração para que a guerra civil chegasse ao fim e o povo adventista fosse livre daquela situação tão difícil, por não participarem em atos de derramamento de sangue. Agora, no início da guerra mundial, os cultos de oração eram para pedir que a Alemanha de Hitler vencesse aquele horrendo e terrível conflito.
Algumas pessoas, ao lerem esta declaração, dizem tratar-se ela, de uma posição da União Alemã apenas e não da conferência geral ou da igreja adventista mundial. Mas isto não é verdade. A Associação Geral da igreja adventista estava a par do que estava ocorrendo na Europa, e tomou a mesma decisão que a União Alemã havia tomado em dar liberdade aos membros para se portarem naquela questão segundo a consciência de cada um, sem que a igreja interferisse ou disciplinasse os combatentes. Sobre isto podemos ler claramente:
“Trata-se da resolução III da Associação de Hessen, que diz o seguinte:
‘Os delegados da Associação de Hessen compartilham da norma bíblica da direção da obra referente ao serviço militar do tempo de paz e de guerra como exigência própria do governo, para o qual está autorizada a potestade superior, instituída por Deus, segundo I Pedro 2:13 e 14 e Romanos 13:4, 5.
‘Esta posição também concorda com a comissão executiva da Associação Geral, que declarou em sua sessão de novembro de 1915, ao ser interrogada pelos irmãos dirigentes desse país, seu ponto de vista nesse sentido: que deixava ampla liberdade aos diferentes países da Terra de adaptar-se no futuro, como até agora, às respectivas determinações legais nesta questão civil’”.Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pgs. 21 e 22 – Editora Missionária a Verdade Presente.
A apostasia da Igreja Adventista naquele tempo fora traçada cuidadosamente pela pena inspirada com minuciosos detalhes. No texto que se segue, você pode notar a exatidão de como a profetiza predisse a crise que a igreja enfrentaria e a desculpa que a mesma usaria, tentando respaldar o erro da igreja no que está escrito, exatamente como fez satanás quando citou as escrituras a Jesus para tentar levá-lo ao pecado. A irmã White escreveu:
 “Há perante nós a perspectiva de uma luta contínua, com risco de prisão, perda de propriedade, e da própria vida, para defender a lei de Deus, que é anulada pelas leis dos homens. Nesta situação, os planos de ação mundanos instarão em que se condescenda exteriormente com as leis do país, por amor da paz e harmonia. E alguns há que mesmo instarão com esse procedimento baseando-se na passagem: ‘Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores... As potestades que há foram ordenadas por Deus’. Rom. 13:1”. – Ellen G. White – Testemunhos Seletos vol. 2, pg. 319 – Casa Publicadora Brasileira.
Nesta passagem a profecia colocou a lei de Deus de um lado e as leis do país de outro, e diz que “os planos de ação mundanos instarão em que se condescenda exteriormente com as leis do país”. E pintando cenas do futuro, a inspiração menciona ainda que alguns usariam passagens das escrituras para tentarem defender seus pontos de vista, ainda que errados. É fácil ver que esta profecia cumpriu-se na primeira guerra mundial, quando a igreja Adventista tomou a nova posição de ser combatente e procurou citar passagens das escrituras que diziam que devemos nos sujeitar as leis dos governantes, como lemos no Protocolo páginas 21 e 22. A liderança da Igreja Adventista esquecera-se que “mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29).
“Os dez preceitos de Jeová são o fundamento de todas as leis justas e boas. Aqueles que amam os mandamentos de Deus submeter-se-ão a toda boa lei na terra. Mas se as exigências dos governantes são tais que entrem em conflito com as leis de Deus, a única questão a ser resolvida é: Obedeceremos a Deus, ou ao homem?”. – Ellen G. White. Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pg. 361. Casa Publicadora Brasileira.
As palavras seguintes são também do presidente da associação geral Adventista, o que mostra que, a igreja, como maioria, tinha consciência do que fora feito. Eles sabiam que muitos na guerra tinham portado armas e haviam combatido. Infelizmente a igreja nunca assumiu este grave pecado e nunca se arrependeu do mesmo.
“Logo”, disse o presidente mundial Adventista, houve irmãos que foram mais longe, portavam as armas e realizaram todos os exercícios militares e todos os exercícios do acampamento que podiam, mas disseram aos oficiais que eram não combatentes e que não podiam ir à frente da batalha. Já expusemos todas as ideias e os diversos passos do conceito de ‘não combatente’’. Logo houve alguns irmãos que tinham o espírito de amor a pátria e foram ao ‘fronte’ chegaram à Inglaterra e à França, foram às trincheiras e não sei o que fizeram lá. Mas prestaram o serviço e voltaram quando se assinou o armistício”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 62 – Editora Missionária a Verdade Presente.
O contraste entre a posição que a igreja assumiu durante a primeira grande guerra e a que a igreja manteve durante a guerra civil americana é muito grande. Por mais que no passado líderes adventistas quiseram amenizar este contraste a história permanece para destaca-lo. O próprio Kramer, ao analisar os fatos incontestáveis, escreveu:
“Esta postura” (exercida pela igreja durante a primeira guerra mundial) “em relação ao serviço de combatente, bem como ao dever no sábado, estava claramente em oposição à atitude tomada pelos adventistas durante a Guerra Civil nos Estados Unidos”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 27 – Casa Publicadora Brasileira.
Deus de antemão havia advertido a igreja deste perigo, ou seja, de reconhecer as leis dos homens acima de Sua Santa e imutável lei:
Na época atual, a Igreja precisa vestir suas belas vestes - "Cristo, justiça nossa". Há distinções claras e precisas a serem restauradas e expostas ao mundo, exaltando-se acima de tudo os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em seu brilho natural, em contraste com a deformidade e trevas dos que são desleais, daqueles que se revoltam contra a lei de Deus. Assim reconhecem a Deus, e a Sua lei - fundamento de Seu governo no Céu e em todos os Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser conservada distinta e clara perante o mundo; e não ser reconhecida lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová. Se, em desafio às disposições divinas, for permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus será frustrado. Se a Igreja vacilar aqui, por mais enganador que seja o pretexto apresentado para tal, contra ela haverá, registrada nos livros do Céu, uma quebra da mais sagrada confiança, uma traição ao reino de Cristo.” Ellen G. White. Testemunhos para Ministros pgs. 16 e 17 – Casa Publicadora Brasileira.
Ellen White escreveu também:
“Nenhuma mudança deverá efetuar-se nos traços gerais de nossa obra. Deve permanecer clara e distinta como foi criada pela profecia. Não nos compete entrar em aliança com o mundo, supondo com isso poder levar a melhor. Se alguém cruzar o caminho a fim de embaraçar o passo à obra nas linhas que Deus lhes traçou, incorrerá no desagrado Divino”. – Ellen G. White. Testemunhos Seletos vol. 2, pg. 372 – Casa Publicadora Brasileira.
Contrariando ou ignorando advertências tão claras, a liderança Adventista, porém, agiu durante a guerra de 1914 a 1918 de uma forma totalmente contrária como expressada por H. Kramer. Era uma decisão que “estava claramente em oposição à atitude tomada pelos adventistas durante a Guerra Civil nos Estados Unidos”.
Mas o erro da igreja não foi apenas ter tomando uma posição que estava contrária aos mandamentos de Deus. Ela foi mais longe. O líder mundial da igreja Adventista disse:
“Não víamos necessidade de ir à guerra. Deploramos a guerra e somos contrários a ela. Devemos, no entanto, conceder a cada cidadão o privilégio de adotar uma atitude que esteja de acordo com sua consciência em relação ao governo. Nem uma dessas pessoas foi excluída de nossa igreja”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pgs. 62 e 63 – Editora Missionária a Verdade Presente.
“... a Associação Geral Adventista, depois de declarar que os membros deveriam ser não-combatentes, não condenou nem excluiu aqueles que não viram o assunto sob a mesma luz durante a Primeira guerra Mundial”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 35 – Casa Publicadora Brasileira.
Neste caso, a igreja Adventista como um corpo, assumiu toda transgressão e culpa de seus membros no horrendo derramamento de sangue. E o pior, muitos adventistas haviam derramado sangue de seus próprios irmãos nas trincheiras adversárias. Todo este pecado assumira a igreja ao não tratar com os transgressores.
“E quando alguma pessoa pecar, ouvindo uma voz de blasfêmia, de que for testemunha, seja porque viu, ou porque soube, se o não denunciar, então levará a sua iniqüidade.” Levítico 5:1.
“Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado.” Levítico 19:17.
“Ele quer ensinar a Seu povo que a desobediência e o pecado são excessivamente ofensivos a Seus olhos, e não devem ser considerados levemente. Ele nos mostra que, quando Seu povo se encontra em pecado, devem-se tomar imediatamente medidas positivas para tirar esse pecado do meio deles, a fim de que Seu desagrado não fique sobre todos”.
          “Se, porém, os pecados do povo são passados por alto por aqueles que se acham em posições de responsabilidade, o desagrado de Deus estará sobre eles, e Seu povo, como um corpo, será responsável por esses pecados. No trato do Senhor com Seu povo no passado, Ele mostra a necessidade de purificar a igreja de erros”. – Ellen G. White. Testemunhos Seletos vol. 1, pg. 334. Casa Publicadora Brasileira.
A igreja havia traído seu Senhor e se tornara culpada por reconhecer a lei dos homens acima da lei de Deus.
O presidente Adventista ainda disse:
“Embora não tenhamos limites definidos e normas precisas com referência à posição a respeito do governo, deve deixar-se a cada um agir segundo o ditame de sua própria consciência. Os irmãos da América do Norte representam o mesmo ponto de vista, moderado e tolerante, tal como o aceitaram nossos irmãos da Europa. Temos seguido o mesmo proceder de nossos irmãos da Inglaterra, da França e de outros países”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 64 – Editora Missionária a Verdade Presente.
Perceba nesta passagem que a posição da igreja Adventista não foi local, apenas na Alemanha como alguns dizem, mas mundial. Na América do norte, na Inglaterra, França e outros países que foram envolvidos no conflito, a decisão da igreja foi que ela dava liberdade para que cada um agisse “segundo o ditame de sua própria consciência.”
A questão de liberdade de consciência era umas das fracas desculpas na qual a igreja parecia estar fundamentada. Este ponto foi destacado repetidas vezes pela liderança adventista como se pode notar nos textos a seguir:
“Não víamos necessidade de ir à guerra. Deploramos a guerra e somos contrários a ela. Devemos, no entanto, conceder a cada cidadão o privilégio de adotar uma atitude que esteja de acordo com sua consciência em relação ao governo. Nem uma dessas pessoas foi excluída de nossa igreja”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pgs. 62 e 63 – Editora Missionária a Verdade Presente.
“Adotamos essa resolução, a saber: que cada qual devia agir na questão de acordo com sua consciência”. – Idem pg. 61.
“O líder adventista então declarou que, a determinação final quanto ao que era certo e ao que era errado, deveria ser deixada com a consciência individual do membro”. H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 37 – Casa Publicadora Brasileira.
Esta decisão é ainda hoje mantida pela igreja:
“Concedemos a cada um de nossos membros da igreja a liberdade para servir seu país, em todos os tempos e em todos os lugares, de acordo com os ditames de sua consciência e convicção pessoal”. – Revista Adventista 1959. Casa Publicadora Brasileira.
Precisamos esclarecer alguns fatos ligados a esta questão:
1º – O Movimento de Reforma sempre acreditou na liberdade de consciência. Ninguém deve ser forçado a realizar nada do que não queira. De fato, todos podem escolher a quem irá servir (Josué 24:15). No entanto, a igreja não deve ser cumplice de escolhas erradas. Lúcifer tinha escolha, mas desde que se tornou Satanás, não pode mais permanecer no Céu. Será que Deus neste caso não levou em conta a liberdade de consciência?  Se a liberdade de consciência existe a ponto de alguém quebrar a lei de Deus e ficar impune, perguntamos: Por que bilhões de seres humanos irão para o inferno se cada um está livre para quebrar a lei de Deus? Lembremos: todo ato tem uma consequência, ou para o bem ou para o mal.
Os irmãos excluídos durante a primeira guerra mundial compreendiam bem esta questão. No entanto, havia um detalhe que a igreja Adventista estava ignorando. Nossa posição como igreja foi sempre esta no que se refere à liberdade de consciência:
“Concedemos a cada qual liberdade de consciência. Também no Céu ela existe. Mas nenhuma liberdade de consciência que derribe os princípios da lei de Deus. Verificamos agora que os irmãos na América do Norte levaram a liberdade de consciência ao ponto de tocar a lei de Deus.– Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 90 – Editora Missionária a Verdade Presente.
Estas palavras, ditas por um dos representantes dos irmãos excluídos mostraram a verdade sobre esta questão de liberdade de consciência. Esta posição é apoiada por Deus! O Espírito de Profecia é claro:
“Fossem os homens livres para se apartar das reivindicações do Senhor e estabelecer uma norma de dever para si mesmos, e haveria uma variedade de normas para se adaptarem aos vários espíritos, e o governo seria tirado das mãos de Deus”. – Ellen G. White. Maior Discurso de Cristo, pg. 51. Casa Publicadora Brasileira.
A estratégia adotada pela igreja Adventista em dar liberdade para que seus membros transgredissem a lei de Deus refletia uma estratégia antiga já adotada nas cortes celestiais:
“Visto serem de natureza santa, insistia em que os anjos obedecessem aos ditames de sua própria vontade. Procurou arregimentar as simpatias em seu favor, propalando que Deus os tratara injustamente ao conferir honra suprema a Cristo. Alegava que, anelando maior poder e honra, não pretendia a exaltação própria, mas procurava conseguir liberdade para todos os habitantes do Céu, a fim de por esse meio poderem alcançar condição mais elevada de existência”. – Ellen G. White. O Grande Conflito, pg 498. Casa Publicadora Brasileira.
Este mesmo método de trabalho Satanás havia implantado na igreja Adventista:
“O mesmo espírito que produziu a rebelião no Céu, ainda inspira a rebelião na Terra. Satanás tem continuado, com os homens, o mesmo estratagema que adotou em relação aos anjos. Seu espírito ora reina nos filhos da desobediência. Semelhantes a ele, procuram romper com as restrições da lei de Deus, prometendo liberdade aos homens por meio da transgressão dos preceitos da mesma”. – Ellen G. White. O Grande Conflito, pg 503. Casa Publicadora Brasileira.
2º – A pergunta que não quer calar: Se a igreja Adventista frisava tanto a questão da liberdade de consciência, se a mesma servia a seus desígnios e propósitos para com os governos, se estavam sendo misericordiosos com os transgressores baseados nesta questão, perguntamos: Por que não houve liberdade de consciência para aqueles que não apoiaram e não participaram da guerra? Porque estas pessoas foram excluídas da igreja Adventista? Por que a liberdade de consciência servia apenas para os transgressores?
Onde ficou a desculpa esfarrapada da liberdade de consciência diante desse fato?
A liberdade de consciência, defendida pela igreja, era, portanto, uma farsa diabólica. O diabo levou a igreja a defender a liberdade de consciência sem perceber que estava sendo despótica com os fiéis, não dando a eles, a estas pessoas sinceras, a liberdade de consciência em não pegar em armas ou em não apoiar a defesa da pátria e mesmo assim permanecerem como membros da igreja.
Neste caso, a igreja multiplicou sua transgressão em não apenas excluir, mas perseguir os sinceros que, por motivo de consciência, não participaram na guerra! Como organização a igreja cometeu o mesmo pecado de Saulo em perseguir o próprio Salvador na pessoa de seus seguidores (Atos 9:1-5).
“E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Mateus 25:40. 
Os fiéis estavam cientes desse fato. E podiam contar com a presença de Seu Salvador. A história do passado estava repetindo-se:
“Os que não ousaram privar os outros da luz que Deus lhes dera, foram excluídos das igrejas; mas Jesus estava com eles, e estavam alegres ante a luz de Seu semblante”. – Ellen G. White. Primeiros Escritos pg. 237 – Casa Publicadora Brasileira.
Posição do Movimento Opositor (Reformistas) Sobre a Guerra
A posição que os 2% ou o Movimento Opositor defendia não era nenhuma teoria nova. Acreditavam na posição que a igreja Adventista havia tomado quando ainda não tinha abandonado a lei de Deus, quando a igreja ainda era fiel. Estudamos em um tópico passado que a igreja, quando ainda fiel, acreditava que um jovem cristão não devia ir á guerra. Esta posição ela assumiu precisamente em 1864. Cinqüenta anos depois, ou seja, em 1914, a igreja abandona esta posição, como foi profetizado pela pena inspirada, e se torna combatente, perseguindo aqueles que ainda permaneciam sobre a plataforma da verdade não participando assim em questões políticas ou em guerra. Estes fiéis, que eram contra a participação na guerra, eram os verdadeiros adventistas, e seu ensino sobre a questão da guerra era:
Cremos que para seguir Jesus neste tempo, segundo as escrituras e os testemunhos, não podemos ir à guerra”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 90 – Editora Missionária a Verdade Presente.
Ao contrario desta posição, o presidente Adventista disse:
“Cremos que os pontos de vista que defendeis são totalmente errôneos”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 93 – Editora Missionária a Verdade Presente.
O ponto de vista que a direção da Igreja Adventista considerava errôneo era que não podemos ir à guerra. Mas, se esta posição era errônea, como disse o presidente mundial adventista, devemos entender então que a posição que a igreja assumiu na guerra americana de 1861 a 1865, também estava errada, e que a irmã White errou também quando apoiou, inspirada, a posição que a igreja assumiu naquele tempo. Mas isto seria impossível. Na verdade, foi em 1914 a 1918 que a Igreja tomou posição errada e contraria aos seus próprios princípios.
      Os que Permaneceram Fiéis Foram Excluídos da Igreja             
  
Até aqui, mencionamos que os que permaneceram fiéis aos princípios originais da Igreja Adventista foram excluídos da igreja. Por motivos didáticos não apresentamos muitas provas escritas desta afirmação, agora, porém, isto se faz muito necessário. Abaixo aliamos cópias de jornais e livros, alguns inclusive publicados pela própria casa publicadora, que nos provam e mostram a veracidade do que até aqui temos afirmado. São usadas expressões referentes aos 2% como sendo eles expulsos da igreja Adventista, excluídos, desligados, até mesmo usam a expressão: excomungados. Na cópia do jornal abaixo aparece a entrevista de um adventista. Relatando a separação do Movimento de Reforma da Igreja Adventista, ele disse:
 “Jornal de Dresden, Alemanha. (12 de Abril de 1918).
          “No começo da guerra dividiu-se nossa igreja em dois partidos. Noventa e oito por cento de nossos membros chegaram, pelo estudo da Bíblia, à convicção de que a consciência manda defender a pátria com armas também no sábado. Esta opinião, apoiada por todos os membros da diretoria, foi imediatamente comunicada ao ministério da guerra. Dois por cento, porém, não concordaram com esta decisão, sendo por fim excluídos por motivo de seu comportamento indigno de um cristão. Estes elementos insóbrios se fizeram pregadores, procurando propagar suas idéias loucas, porém com pouco sucesso. Chamam-se falsamente pregadores e adventistas, quando não os são; são enganadores. Quem a tais elementos dispensar o tratamento que merecem nos fará verdadeiramente um favor. Nossa diretoria empregou até hoje o dinheiro supérfluo no empréstimo de guerra, e isto na firme esperança de que a Alemanha saia vitoriosa desta luta medonha. Por toda parte nossos membros estão prestando sua ajuda  no cumprimento de seu dever de prover os meios necessários à pátria. Os homens adventistas estão todos praticamente no campo ou no serviço militar, cumprindo fielmente seus deveres e, como reconhecimento da parte da pátria esperam tratamento justo e eqüitativo’. Dresdner Neueste Nachrichten, 12 de abril  de 1918)”.
Excluir os fiéis e chegar utilizar dinheiro sagrado na guerra... Não existem palavras para demonstrar tamanho abandono da verdade!
        “Jornal de Stuttgart, Alemanha. (26 de setembro de 1918):
          ‘Ao princípio da guerra havia alguns membros, como também os há noutros lugares, os quais não queriam participar do serviço de guerra, já por sua falta de união, já por fanatismo. Este começaram a espalhar seus escrúpulos na congregação, verbalmente ou por escrito, visando outros a fazer o mesmo. Foram exortados pela igreja, porém, devido à sua obstinação, tiveram que ser expulsos, pois que se tornaram uma ameaça à paz interna e externa’. – Stuttgarter Neues Tageblatt, 26 de setembro de 1918”.
        “Artigo em Jornal católico:
          ‘Em 1914, foram excluídos dois por cento dos membros da igreja adventista alemã porque a participação em serviço militar e no sábado, não pode reconciliar-se com a doutrina adventista’. Paulinus, 9 de março de 1953”.
        “Quando na Alemanha se fez a decisão contra os mandamentos de Deus, excluindo vários irmãos da igreja, por motivo de sua consciência, e o fato de que repetidas vezes convocamos reuniões para discutir esses importantes assuntos comprova que temos seguido a ordem bíblica e que, como povo, ficamos justificados diante de Deus e da igreja”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pgs. 62 e 63 – Editora Missionária a Verdade Presente.

“É de interesse notar que ele (Doerschler) foi a própria pessoa escolhida para representar os membros que foram desligados da comunhão da igreja diante dos irmãos da Associação Geral em 1920”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 30 – Casa Publicadora Brasileira.
 “Esta situação levou a direção da igreja a reagir com outras ações incorretas, separando da igreja os protestadores sem o devido procedimento”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 28 – Casa Publicadora Brasileira.
                                                                                             
“Sendo que naquele tempo os excomungados não se tinham organizado...”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 29 – Casa Publicadora Brasileira.
Referindo-se, no entanto, ao que participaram do terrível derramamento de sangue, foi dito o presidente Adventista enfatizou:
         “... nem uma dessas pessoas foi excluída de nossa igreja”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 63 – Editora Missionária a Verdade Presente.
Não excluiu nem condenou aqueles” (os combatentes ou quem os apoiava) “que não viram o assunto sobre a mesma luz”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 29 – Casa Publicadora Brasileira.
Mesmo depois de terem sido injustamente excluídos, os reformistas tentaram todos os meios possíveis para permanecerem na igreja Adventista, pois que amavam a igreja apesar de suas falhas. Não estavam, porém, dispostos a quebrar princípios em face desse desejo ou de seus sentimentos. A história estava repetindo-se novamente:
“Para assegurar a paz e a unidade, estavam prontos a fazer qualquer concessão coerente com a fidelidade para com Deus, mas acharam que mesmo a paz seria comprada demasiado caro com sacrifícios dos princípios. Se a unidade só se pudesse conseguir comprometendo a verdade e a justiça, seria preferível que prevalecessem as diferenças e as conseqüentes lutas”. Ellen G. White. O Grande Conflito pg. 43 – Casa Publicadora Brasileira.
Todas as tentativas, no entanto, foram anuladas pela liderança Adventista, como você poderá constatar no seguinte link:
 O resultado foi que “depois de malfadados esforços para reconciliação com a igreja adventistas em 1920 e 1922, os reformistas saíram para levar sua mensagem ao mundo. Organizaram uma Associação geral em 1925.”H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 45 – Casa Publicadora Brasileira.
  
Qual é a Decisão Adotada Hoje Pelos A. S. D. Com Respeito à  Guerra?
 Já ouvi algumas pessoas assumirem que a Igreja realmente errou em 1914 quando deu liberdade para que seus membros participassem na guerra, mas acreditam que o erro que a igreja cometeu não voltou a repetir-se nos subsequentes anos de sua história. Mas isso infelizmente não é verdade. O erro cometido pela igreja Adventista em 1914 a 1918 repetiu-se em todas as demais guerras. E mesmo depois que a primeira guerra terminou, a igreja pôde, com tranquilidade, analisar onde ela falhou. Contudo, porém, nenhuma mudança pôde ser notada na decisão da igreja em anos posteriores, nem arrependimento sincero. Ao contrário disto, a igreja continuou defendendo a liberdade de consciência na participação na guerra, o que evidencia que não ouve mudança nem decisão contraria daquela que foi adotada em 1914 a 1918. Os documentos abaixo atestam esta verdade:
“O Conselho da divisão Européia anunciou a seguinte resolução tomada em Gland, Suíça, em 2 de Janeiro de 1923:
‘Concedemos a cada membro de nossa igreja absoluta liberdade para servir à sua pátria em todos os tempos e em todos os lugares, de acordo com os ditames de suas convicções pessoais’. HR 6/3/1924. (Seventh-day Adventists in time of War, págs. 346, 347)”.
“Conquanto a declaração de Gland especificasse os motivos para a posição Adventista do Sétimo Dia, também reconhecia que cada membro da igreja possuía liberdade absoluta para servir o seu país, em todos os tempos e em todos os lugares, de acordo com os ditames de sua conscienciosa convicção pessoal”. – Ligth Bearers to the Remnant, págs. 424 e 425. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 15 – Casa Publicadora Brasileira.
Como se pode notar, mudança nenhuma ocorreu. A decisão da igreja continuou sendo a mesma. Contrariando as raízes da fé Adventista, encontramos declarações como as que se seguem:
A igreja não toma hoje nenhuma medida disciplinar para os membros que se alistam.” – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 116 – Casa Publicadora Brasileira.
Que grotesca contradição se compararmos a declaração acima com a posição que a igreja adotou durante a guerra civil americana.  
“Embora nosso ideal para os jovens adventistas na guerra seja a não-combatência, não tomamos posição dogmática a esse respeito. Por isso não excluímos o jovem que não ingressa nas forças armadas como não-combatente. Longe disso. Nós o acompanhamos com nossas orações”. The Review and herald, 28 de fevereiro de 1963.
A história de que é possível servir no exército ou nas forças armas como não-combatente funciona para 10 em cada 100 adventistas. A maior parte dos adventistas que servem às forças armadas é combatente portando armas. Alguns inclusive, voluntariamente, escolheram estar ali. E a igreja, ao contrário de desencorajá-los e reprová-los, os incentiva na prática do serviço militar. Veja por exemplo, a reportagem abaixo:
 “Milhares de jovens adventistas do sétimo dia são convocados para as forças militares de seus países através desses processos compulsórios. Como cidadãos leais, eles atendem de bom grado, posto que às vezes de modo apreensivo, quando chamados para prestar suas obrigações militares. Reconhecem que as responsabilidades de cidadania devem recair igualmente sobre todos que obtêm benefício do governo civil... Caso o plano de Deus para nossa vida inclua o serviço militar, não existe para nós nesse mundo lugar melhor ou mais seguro do que esse. Há benefício nele... se o plano de Deus para vossa vida vos conduzir através da vereda do serviço militar obrigatório, podeis ir alegremente, confiando no Senhor. Começai a olhar para o que há de melhor nisso”. – Revista Adventista pg. 6.
  
 “Entre as forças aliadas”.-
          “O departamento de defesa estima que, 05% de toda a tropa militar dos Estados Unidos são Adventistas do Sétimo Dia. Baseado nesse índice a Conferência Geral  Ministerial Adventista acredita que entre 2.000 a 2.500 dos 500.000 membros da tropa americana na guerra do Golfo eram adventistas. É claro que os Estados Unidos tem suas forças armadas compostas completamente por voluntários. Logo esses adventistas quiseram juntar-se ao exército americano. É possível se voluntariar para postos fora da linha de combate, como por exemplo, na área da saúde, mas existe uma longa lista de espera para esses cargos. Por outro lado, os voluntários dispostos a servir em combate recebem bônus em dinheiro que às vezes chegam a 9.000 dólares. Um ministro militar adventista estima que 90% dos adventistas do exército americano – incluindo aqueles no Golfo – são combatentes portando armas”. – Jornal da associação dos Fóruns adventistas.” SPECTRUM – Jornal dos Fóruns Adventistas.
Como notamos, a igreja Adventista jamais se arrependeu do grande pecado que cometeu quando se colocou contra a lei de Deus apoiando os combatentes e perseguindo os fiéis. O pecado cometido em 1914 a 1918, tornou a repetir-se também na segunda guerra mundial como nas demais guerras. Na guerra do Iraque, por exemplo, cerca de 2.000 adventistas estavam empenhados como combatentes. Enquanto a história da padiola funcione para uma minoria, a maioria, contudo, são patriotas utilizando armas também no sábado. Muitos adventistas sabem que alguns de seus membros vão para as forças armadas como enfermeiros, mas poucos sabem que a maioria dos adventistas serve a pátria com armas, prontos a morrer ou matar.
Oramos ao nosso eterno Deus que dê aos membros da igreja Adventista olhos para ver. Não podemos forças ninguém a tomar o caminho correto. Nosso trabalho deve ser o de esclarecer e orientar. “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”.
Quem Ficou Representando a Igreja Verdadeira?
O Espírito de Profecia também deixa claro ao mencionar qual das duas organizações ficou representando a igreja verdadeira. No texto abaixo lemos que os que estavam dispostos e empunhar armas de guerra é que sairiam da igreja. Ellen White também se coloca entre os 2% que não participaram na guerra e permaneceram defendendo a doutrina original adventista. Ao mencionar os que estavam dispostos e empunhar armas da peleja ou de guerra, ela diz: sairão de nós”.
“À medida que aumentam as provações ao nosso redor, ver-se-á em nossas fileiras tanto separação com unidade. Muitos que estão dispostos a empunhar as armas da peleja,(do inglês : “ready to take up weapons of warfare: “dispostos a pegar em armas de guerra) em tempo de real perigo tornarão manifesto que não edificaram sobre a sólida rocha; eles cederão à tentação. Os que tiveram grande luz e preciosos privilégios, mas não os aproveitaram, sairão de nós, sob um pretexto ou outro. Não tendo recebido o amor da verdade, serão apanhados nos embustes do inimigo; darão ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, e apostatarão da fé”. – Ellen G. White. Meditações Matinais de 1977 pg. 200 – Casa Publicadora Brasileira.
   Outra profecia que se cumpriu durante a primeira grande guerra foi esta:
 “Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele”. – Ellen G. White. Conselhos sobre o Regime Alimentar pg. 382 – Casa Publicadora Brasileira.
Apostatar da fé significa abandonar o que antes se acreditava. Isto fez a igreja Adventista quando abandonou a antiga posição de não participação na guerra ou no serviço militar.
Cremos que se cumpriu então a seguinte profecia:
“Ele (Deus) retirará Seu Espírito Santo da igreja (Adventista) e o dará a outros.” The Review and herald, 16 de julho1895.
Esta é a verdade dos fatos querido amigo. Deus com certeza tocou em seu coração para que você estivesse lendo este artigo neste momento. O Movimento de Reforma não é fruto da ideologia humana. Não surgiu baseado em desejos separatistas. Não surgiu por que algumas pessoas desacreditaram da fé Adventista, ao contrário, surgiu por que 2% da igreja Adventista a defendeu. Não surgiu devido às visões de Wieck. Aliás, este homem é citado por alguns com o objetivo de ofuscar a verdade sobre o Movimento de Reforma. Porém, quando Daniells colocou diante de representantes do Movimento Opositor alguns documentos de autoria desse homem dizendo: “Estes aqui são os documentos que nos foram entregues pelo irmão Conrad. Eles devem demonstrar em que consiste este Movimento... O primeiro documento é de Wieck.” A resposta clara e satisfatória foi: “Ele não pertenceu a este movimento. Tenho (E.Dorscheler) tido o privilégio de pertencer a este Movimento desde o início.”
Por isso, deixe de buscar água em cisternas rotas. Deixe de dar ouvidos a boatos infundados e não escriturísticos e venha se regozijar conosco na verdade. Deixe o Espírito Santo trabalhar em seu coração através destas evidencias.
 Deixo a você um apelo da palavra de Deus:
 “Quero dirigir estas linhas aos que tem tido luz, aos que tem tido privilégios, aos que tem recebido advertências e apelos, mas não tem feito decidido esforço para entregar-se completamente a Deus. Desejo advertir-vos para que tenhais receio de pecar contra o Espírito Santo, ficando entregues aos vossos próprios caminhos, caindo em letargia moral e nunca mais obtendo perdão. Porque consentiríeis em continuar sendo educados na escola de Satanás e seguir uma linha de procedimento que torne impossível o arrependimento e a reforma? Por que resistir às propostas da misericórdia? Por que dizer: ‘Deixem-me em paz’, até que Deus seja compelido a satisfazer vosso desejo, porque quereis que seja assim?
“Os que resistem ao Espírito de Deus pensam que se hão de arrepender algum dia no futuro, quando estiverem preparados para dar um passo decisivo em direção à reforma; mas o arrependimento estará então fora de seu alcance. As trevas dos que recusam andar na luz enquanto a luz está com eles serão proporcionais à luz e aos privilégios concedidos.
“O Senhor Jesus tornou evidente que tem infinito apreço por vós. Ele deixou o Seu trono real, deixou Suas cortes reais, e revestiu Sua Divindade com a humanidade, e teve uma morte ignominiosa sobre a cruz do Calvário, para que pudésseis ser salvos”. – Review and Herauld, 29 de junho de 1897. Meditações Matinais 1999, pg. 35.
“Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto.” Hebreus 3:7-8.
Para mais informações  entre em contato:  cristiano_souza7@yahoo.com.br
Ou pelo blog.  Que Deus te abençoe!

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