sexta-feira, 7 de setembro de 2012

respostas aos adventistas historicos sobre a CRENÇA ORIGINAL DOS ADVENTISTAS SOBRE OS 144.000 “Evolução ou Desvio Doutrinário?


Por mais que os adventistas atuais não queiram reconhecer, [1] a posição que identifica os 144.000 como o conjunto dos salvos dentre os crentes na terceira mensagem angélica constitui o pensamento dos pioneiros sobre o assunto. Senão, vejamos:
1) John (João) Norton Loughborough assim se expressa: “Se ainda há dúvida quanto a serem os ressuscitados guardadores do sábado numerados com os cento e quarenta e quatro mil, considere-se as seguintes palavras da irmã White em 1.909. Na Conferência Geral de 1.909, o ancião Irwin tinha um estenógrafo acompanhando-o numa visita à irmã White. Ele desejava fazer a ela algumas perguntas e obter cópia exata das palavras das perguntas, e as palavras exatas das respostas. Entre outras perguntas, havia esta: ‘Os que morrem na mensagem estarão entre os cento e quarenta e quatro mil?’ Em resposta, a irmã White disse: ‘Oh, sim, os que morreram na fé estarão entre os cento e quarenta e quatro mil. É-me claro este assunto.’ Estas foram exatamente as palavras da pergunta e da resposta, conforme o irmão Irwin me permitiu copiar do relatório de seu estenógrafo.Questions on the Sealing Message, p. 31.
Nota: Na qualidade de pioneiro da mensagem adventista, John Norton Loughborough não somente apresenta sua própria posição, como também registra as palavras que a senhora White proferiu sobre o assunto. [Quero salientar aqui, que o pastor John N. Loughborough foi um dos primeiros missionárias enviados pela Conferência Geral Adventista para terras além-mar.] Nota de Marcos Peter.
2) James (Thiago) White também entendia que todos os adventistas fiéis farão parte dos 144.000, inclusive os que ressurgirão na ressurreição especial. Ele escreveu: “Os que morrem sob a mensagem do terceiro anjo fazem parte dos cento e quarenta e quatro mil. Não há cento e quarenta e quatro mil além desses, mas esses ajudam a perfazer o número. São ressuscitados para a vida mortal pouco antes de Cristo vir, e... serão transformados em imortais quando Cristo vier.” Review and Herald, 23 de setembro de 1.880.
3) Willian (Guilherme) White, filho da mensageira do Senhor, escreveu o seguinte sobre o tema: “Quanto à questão: A irmã White ensinou que os que morreram na mensagem desde 1.844 e dos quais se diz ‘Bem ­aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor’, serão membros dos cento e quarenta e quatro mil? Posso assegurar-lhe, irmão, que esta era a crença e o ensino de Ellen G. White. Muitas vezes eu a tenho ouvido fazer declarações neste sentido, e eu estou de posse de uma carta ao irmão Hastings que é mencionada na página 237 de ‘Life Sketches’, na qual diz claramente que a esposa dele, que havia morrido recentemente, seria um membro dos cento e quarenta e quatro mil. Uma carta recebida há pouco de um irmão de Reno, Nevada, faz referência a uma declaração do livro do pastor Loughborough à página 29, na qual está narrado que a irmã White disse: ‘Os que morreram na fé estarão entre os cento e quarenta e quatro mil. É-me claro este assunto.’ E eu testifico, meu irmão, que está em perfeita harmonia com os escritos, ditos e ensinos dela em todos os atos de seu ministério.” Carta escrita em Santa Helena, Califórnia, em 18 de abril de 1.929.
[4. José Bates:
Agora todos os crentes adventistas que possuem as mensagens do advento conforme são dadas em Ap 14:6-13 e nela tomam parte, amarão e guardarão este concerto com Deus, e especialmente Seu Santo Sábado, neste concerto; esta é uma parte dos 144.000 a ser selada agora.
A outra parte é constituída dos que ainda não entenderam tão bem a doutrina adventista, mas se estão esforçando para servir a Deus de todo o coração, estão dispostos e receberão este concerto e o Sábado tão logo ouçam sua explicação. Estes constituirão os 144.000 agora a serem selados com ‘o selo do Deus vivo’, assinalamento este que os levará através deste tempo de tribulação.” A Seal of the Living God, 61, 62.] – (acrescentado por Marcos Peter)
5) Uriah (Urias) Smith, cujos escritos, embora não infalíveis, são recomendados pela serva do Senhor (O Colportor Evangelista, p. 122; Evangelismo, p. 366; Manuscript Releases, vol. l, pp. 60-64; e Mensagens Escolhidos, vol. 2, p. 225) explica o assunto da seguinte maneira: “Os que morrem depois de se ter identificado com a mensagem do terceiro anjo são evidentemente contados como uma parte dos cento e quarenta e quatro mil, porque esta mensagem é a mesma que a do assinalamento de Apocalipse 7, e por essa mensagem só foram selados cento e quarenta e quatro mil. Mas há muitos que tiveram toda a sua experiência religiosa sob esta mensagem, porém caíram na morte. Morrem no Senhor, e por isso são contados como selados, porque serão salvos. Mas a mensagem resulta no assinalamento de apenas cento e quarenta e quatro mil, porque estes têm de ser incluídos nesse número. Tomando parte na ressurreição especial (Dn 12:2; Ap 1:7) que ocorre quando é pronunciada desde o templo a voz de Deus, no começo da sétima e última praga (Ap 16:17; JI 3:16; Hb 12:26), passam pelo período dessa praga, e por isso pode-se dizer que vieram da ‘grande tribulação’ (Ap 7:14).Tendo saído da sepultura ainda para a vida mortal, tomam a sua posição com os crentes que não morreram, e com eles recebem a imortalidade ao som da última trombeta (1 Co 15:52), sendo, então, com os outros, transformados num momento, num abrir e fechar de olhos. Assim, embora tenham passado pela sepultura, pode-se finalmente dizer deles ‘que dentre os homens foram comprados’ (Ap 14:4), isto é, dentre os vivos, porque a vinda de Cristo os encontra entre os vivos, aguardando a transformação na imortalidade, como os que não morreram, e como se eles próprios nunca tivessem morrido.” As Profecias do Apocalipse (2º edição), p. 294.
Nos primórdios da mensagem adventista, o número de adventistas do sétimo dia era muito pequeno, de tal forma que Uriah Smith pôde exclamar:
O número cento e quarenta e quatro mil deve significar um número definido, composto de exatamente tantas pessoas. Não pode representar um número maior, indefinido, pois no verso 9 é apresentado outro grupo que é indefinido em suas proporções, e daí se falar dele como ‘uma grande multidão, que ninguém podia contar’. Se os cento e quarenta e quatro mi1 se destinassem a representar tal número indefinido, João teria dito no verso 4: ‘E foi assinalada uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as tribos dos filhos de Israel.’ Em vez disso, porém, ele diz cento e quarenta e quatro mil, doze mil de cada tribo, um número que facilmente pode ser contado. A razão dessa distinção é evidente se tomarmos a inumerável multidão do verso 9 como toda a hoste dos remidos, que terão parte na primeira ressurreição, e os cento e quarenta e quatro mil como os cristãos que estarão vivos na Terra quando Cristo aparecer. E que os cento e quarenta e quatro mil são os que assim estarão vivos e encontrarão a Cristo em Sua segunda vinda, se evidencia pela profecia em que são a seguir mencionados, isto é, Apocalipse 14:1-5. Aqui são representados como saindo triunfantes do último conflito religioso deste mundo (Ap 13:12-18), e como sendo ‘remidos da Terra’, e ‘remidos dentre os homens’. Apocalipse 14:3 e 4. Haverá então só cento e quarenta e quatro mil salvos dentre os vivos quando o Senhor aparecer? Não pode ser esse número de tal modo representativo que inclua muitos outros? Parece ser uma suposição bem plausível que o caso seja este último, a saber que os cento e quarenta e quatro mil só incluam os adultos masculinos unidos ao grande movimento do advento, ao passo que as mulheres e crianças unidas ao mesmo movimento seriam tantos excedentes a serem salvos dentre os vivos naquele dia. A plausibilidade desta idéia consiste no fato de que os hebreus foram assim numerados quando libertos do cativeiro egípcio, o que era figura do livramento do remanescente do verdadeiro Israel do Egito deste mundo na vinda do Senhor. Três milhões ao todo saíram do Egito, contudo foram numerados apenas os que eram aptos para a guerra, de vinte anos para cima, totalizando seiscentos e três mil quinhentos e cinqüenta. Números 1: 2, 3 e 46. Isso seria cerca de um para cinco de toda a multidão, como calcula o Dr. Clarke, a propósito de Êxodo 12:37, onde o número de combatentes é dado como somente cerca de seiscentos mil. Se a numeração de Apocalipse 7:4 se firmasse na mesma base (do que, sem dúvida, não há prova positiva), daria o número a ser trasladado provavelmente mais de setecentos mil em vez de apenas cento e quarenta e quatro mil. Seria de fato mui prazenteiro pensar que tantos estivessem preparados para o aparecimento do Senhor. Mas, olhando o estado do mundo, e observando o rápido declínio religioso destes dias, a indagação é: Onde tantos como cento e quarenta e quatro mi1 poderão ser encontrados que estejam prontos para quando o Senhor aparecer?Review and Herald, 10 de agosto de 1.897.
Além disso, convém lembrar que, como toda profecia, Apocalipse 7:4 e 14:1 não devem ser entendidos à luz da predestinação; antes, devem ser aceitos sob o aspecto da presciência de Deus. O Senhor não determinou que apenas 144.000 se salvassem e outros tantos bilhões se perdessem. Ora, “Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” 2 Pedro 3:9. Todavia, vendo de antemão que apenas um reduzido número aceitaria plenamente a reforma do Sábado e levaria uma vida de santidade e obediência, Deus revelou essa triste realidade para que servisse de advertência aos adormecidos e indolentes e testemunho ao Universo de Seus avisos misericordiosos à humanidade.”


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