terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A VERDADE SOBRE O SANTUÁRIO CELESTIAL - Parte 3



“ATÉ 2300 TARDES E MANHÃS E O SANTUÁRIO SERÁ PURIFICADO”


Esta profecia, localizada no livro de Daniel capítulo 8 versículo 14, nos mostra quando começaria a purificação do santuário. Este santuário que seria purificado não pode ser aquele do velho concerto, onde se ofereciam sacrifícios de animais. Não, absolutamente. O santuário que seria purificado no final do período das 2300 tardes e manhãs é o santuário do novo concerto, o segundo tabernáculo, aquele que “o Senhor fundou, e não o homem” (Hebreus 8:2), pois, o período das 2300 tardes e manhãs, quando no final destes o santuário seria purificado, se estende até a era cristã, quando o santuário do velho concerto já era perempto e sem valor. Na verdade, já não existia mais.
Não entraremos aqui em muitos detalhes na explicação desta profecia, por ser este um assunto bastante amplo. Resumiremos, portanto, mas procuraremos não omitir as partes essenciais desta tão bela verdade. Se ocorrer alguma dúvida ou desejo de compreender melhor o assunto, poderá entrar em contato através deste blog ou pelo endereço eletrônico no final de cada artigo.
O primeiro passo a ser dado clareará praticamente todo o caminho. O primeiro ponto a ser esclarecido para a correta compreensão de Daniel 8:14, é:
                                 QUANTOS DIAS SOMAM 2300 TARDES E MANHÃS? 
Já dialoguei com algumas pessoas que me disseram que as 2300 tardes e manhãs somam um período apenas de 1.150 literais. Não seria necessário dizer que é com deturpações grosseiras da Palavra de Deus que chegam a tal conclusão.
Mas, quanto soma então este período de 2300 tardes e manhãs, segundo a Bíblia?
Para esclarecermos bem este assunto, basta volver nossa atenção para o relato da criação. Em Gêneses capítulo 1, temos:

Vers. 5:

“E foi a

TARDE

e a

MANHÃ

e o dia 1º”

Vers. 8:

“E foi a

TARDE

e a

MANHÃ

e o dia 2º”

Vers. 13:

“E foi a

TARDE

e a

MANHÃ

e o dia 3º”

Vers. 19:

“E foi a

TARDE

e a

MANHÃ

e o dia 4º”

Vers. 23:

“E foi a

TARDE

e a

MANHÃ

e o dia 5º”

Vers. 31:

“E foi a

TARDE

e a

MANHÃ

e o dia 6º”

TOTAL =

 

6 TARDES

 

6 MANHÃS =

6 dias

Após o 6° dia ter passado, Deus criou o sábado, o sétimo dia da semana (Marcos 2:27). E novamente, após a tarde e a manhã do sábado, raiou novamente o 1° dia da semana.
  
Assim, na criação, temos, inquestionavelmente, 7 tardes  e  manhãs, que perfazem 7 dias de 24 horas, ou 7 dias literais.
Muitos chegam ao absurdo em dizer que na criação existem 14 tardes e 14 manhãs, no intuito de fazer com que os 2300 dias somem apenas 1.150 dias. Mas, para estes, damos apenas um conselho: leiam Gêneses capítulo 1, e aprendam a contar.
A Palavra de Deus nos mostra desta maneira que uma tarde e uma manhã equivalem a um dia; duas tardes e duas manhãs são o mesmo que dois dias, e assim sucessivamente. Quantos dias, pois, somariam 2300 tardes e manhãs? Claro, somam-se inquestionavelmente, 2300 dias. Em profecia, porém, um dia equivale a um ano:
“Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades quarenta anos, e conhecereis o meu afastamento.” Números 14:34.
“E, quando tiveres cumprido estes dias, tornar-te-ás a deitar sobre o teu lado direito, e levarás a iniqüidade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei para cada ano.” Ezequiel 4:6.
“Porque será o dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela contenda de Sião.” Isaías 34:8.
Temos, portanto, em Daniel 8:14, 2300 anos literais. 

SÃO 2300 SACRIFÍCIOS?


 É triste vermos dia após dia surgirem doutrinas perigosas que acabam envenenando muitas almas, algumas delas honestas e sinceras. Dentre estas fábulas maliciosas está a conclusão de que as 2300 tardes e manhãs não são 2300 anos, mas 2300 sacrifícios, sendo o sacrifício da manhã, realizado às 9:00 horas, e o da tarde, realizado às 15:00 horas. Que, isto somado, durante um período de 1.150 dias, dois holocaustos diários, somariam o total de 2300 sacrifícios.

Sem dúvida, esta é uma conclusão bem pobre, pois ela não encontra base real ou fundamento nas Escrituras Sagradas. Alguns, porém, no intuito de procurar provar que as 2300 tardes e manhãs são 2300 sacrifícios, usam equivocadamente os seguintes textos: Êxodo 29:38,39; Levítico 6:20;  Números 28:4; I Crônicas 16:40; II Crônicas 2:4; 31:3; Esdras 3:3; Salmo 141:2; Daniel 9:21.
Ao analisarmos, porém, estas passagens, podemos verificar que, aqueles que dizem que as 2300 tardes e manhãs se aplicam a sacrifícios estão alienados da verdade, e que os textos acima citados não podem de maneira alguma ser utilizados para se dizer que as 2300 tardes e manhãs referem-se aos sacrifícios diários. As razões são óbvias. Vejamos:
“Isto, pois é o que oferecereis sobre o altar: Dois cordeiros de um ano cada dia continuamente. Um cordeiro oferecerás pela MANHÃ e o outro cordeiro oferecerás à TARDINHA”. Êxodo 29:38,39.
“Para oferecerem ao Senhor os holocaustos sobre o altar dos holocaustos continuamente pela MANHÃ e a TARDE:...”. I Crônicas. 16:40.
“... e para os holocaustos da MANHÃ e da TARDE,...”. II Crônicas. 2:4.
‘... e ofereceram sobre ele (o altar) holocaustos ao Senhor, holocaustos de MANHÃ e de TARDE’. Esdras. 3:3.
“Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio, voando rapidamente, e tocou-me, à hora do sacrifício da TARDE.” Daniel 9:21.
Como podemos bem notar, todas as vezes – e isto sem nenhuma exceção – que as palavras MANHÃ e TARDE referiam-se a sacrifícios, vinham sempre seguidas ou acompanhadas de substantivos, tais como: cordeiro, sacrifícios, altar, holocaustos, etc. Ou seja, o texto e o contexto mostram realmente que estas passagens estão mencionando os sacríficos. Porém, estes mesmos substantivos não são encontrados em Daniel 8:14, mostrando assim que a profecia das 2300 tardes e manhãs não se referem de forma nenhuma a sacríficos.
Ainda outra observação muito importante: Em Daniel 8:14, como na criação, temos TARDE e MANHÃ. Note bem que a TARDE vem em primeiro lugar e a palavra MANHÃ em segundo. O que isto significa? Bem, como já foi explicado, 1 TARDE e  MANHÃ perfazem o período de 1 dia. Mas as passagens que lemos acima não dizem TARDE e MANHÃ, mas MANHÃ e TARDE. Note que, em todos os textos a MANHÃ vem primeiro e TARDE vem por último, completamente o oposto do que está registrado em Gêneses 1 e em Daniel 8:14.
Assim, em Daniel 8, temos, como na criação, primeiramente TARDE e depois MANHA, somando inquestionavelmente 2300 dias. E com referências a sacrifícios temos primeiramente sacrifícios da MANHÃ e da TARDE, identificando claramente quando estavam referindo-se simplesmente aos sacrifícios, realizados às 9:00 e às 15;00 de cada dia.
Resumidamente, segundo a Bíblia, as 2300 tardes e manhãs não têm absolutamente nada a ver com sacrifícios. Se o anjo tivesse dito a Daniel: “Até 2300 manhãs e tardes de sacrifícios...”, aí sim teríamos razão de pensar que o anjo realmente estava falando dos holocaustos diários. Mas não, como na criação o anjo disse “2300 TARDES e MANHÃS”, que, segundo Gênesis 1, somam sem dúvida 2300 dias ou anos!
Continua...
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domingo, 27 de janeiro de 2013

A VERDADE SOBRE O SANTUÁRIO CELESTIAL - Parte 2




FORTES EVIDÊNCIAS SOBRE UM SANTUÁRIO NO CÉU


A Palavra de Deus faz menção a dois concertos. O primeiro foi efetuado através do sangue de animais (Êxodo 24:5-8; etc). O segundo foi através do sangue de Cristo (Mateus 26:27,28; etc).

Referindo-se a estes dois concertos, o escritor aos Hebreus enfatizou:

“Ora, também o primeiro (concerto Heb. 8:13) tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre”. Hebreus 9:1.

Ao utilizar a palavra “também, foi o mesmo que o escritor dizer que, se no primeiro santuário – no templo terrestre – existiam ordenanças de culto, ou uma liturgia, em o novo concerto, que foi pelo sangue de Cristo, “também existe um santuário com seus serviços e sua liturgia, exatamente como existia também no velho concerto, e que ele, o autor da carta aos Hebreus, já fez referencia a este santuário da nova aliança.  Esta referência encontramos no início do capítulo 8:

“Ora a suma do que temos dito é que temos um sacerdote tal, que está assentado nos Céus à destra do trono da majestade. Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem”.

Ainda no versículo 8 do capítulo 9 de Hebreus, lemos:

“Dando a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo. Que é uma alegoria para o tempo presente,...”.

Enquanto o primeiro tabernáculo existiu e conservava-se o primeiro concerto, no segundo tabernáculo – aquele que “o Senhor fundou e não o homem” – não houve ministério. Este santuário, que se encontra no Céu, somente começou a ser ministrado depois da morte de Cristo, ou depois que o primeiro tabernáculo se tornou sem valor pela morte de Jesus. Note também que a inspiração frisa que, o santuário terrestre é uma alegoria” para o tempo presente. Como poderia isto ser verdade se no Céu não existisse um santuário? A afirmação de que o primeiro santuário é uma alegoria, seria irreal.

Neste mesmo versículo é mencionado o santuário terrestre, o que fora construído por Moisés, como sendo “o primeiro tabernáculo”. Se o que fora construído por Moisés era o primeiro santuário, deve logicamente existir o segundo. E se, o primeiro santuário teve seu valor durante o período do velho concerto, este segundo santuário, no qual Jesus entrou e ministra, com certeza substituiu o primeiro.

Ainda em carta aos Hebreus capítulo 9:23, encontramos que o santuário terrestre  com suas divisões e instrumentos era uma figura das coisas que estão no Céu”. Lemos:

“De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no Céu, assim se purificassem...”.

Como poderia o santuário terrestre ser uma figura ou uma imagem das coisas que estão no Céu se no Céu não existisse também um santuário?

No grego, a palavra que aqui foi traduzida por figura é: (upodeigma)  "upodeigma" que pode ser corretamente traduzida também por: “exemplo, modelo, padrão, cópia, imitação.” – Léxico Novo Testamento Grego de F. Wilbur Gingrich.

Assim sendo, podemos compreender claramente que o santuário terrestre com todos os seus detalhes e objetos era um “exemplo do que existe no Céu, era um “modelo, servia como “padrão, uma “cópia ou “imitação do santuário celestial.


A aplicação literal ao Santuário celestial, ou seja, entender que no Céu exista um Santuário material e real é  uma realidade da palavra de Deus. Este conceito não vitupera a verdade do evangelho, ao contrário disto salienta o trabalho constante de Cristo em favor da humanidade e aceita os ensinos da Bíblia sobre este ponto na sua simplicidade e literalidade. Este conceito é baseado também no fato de que o Santuário terrestre era uma sombra (skia) skia ou figura "upodeigma"  do Santuário celestial, segundo o que se pode ler na carta aos Hebreus capítulo 8:5; 9:23-24.
Partindo desse princípio, toda sombra ou figura representa algo muito similar ao corpo real. No dicionário, um dos sinônimos correspondentes para o substantivo “sombra” é: “Reprodução, numa superfície mais clara, do contorno duma figura que se interpõe entre esta e o foco luminoso”. Nesta ótica, pode-se considerar que a sombra reflete uma imagem muito semelhante ao objeto a qual está ligada, principalmente no que se refere ao seu contorno. A sombra de um cavalo, por exemplo, não se parecerá com a de um elefante. A sombra de uma casa será totalmente diferente de uma sombra projetada de um ser humano. Desta forma, sendo o Santuário terrestre uma sombra e figura do Santuário ou do Templo celestial, pode-se concluir claramente que no Céu exista uma construção similar àquela construída por Moisés. 

A Palavra de Deus é bastante clara sobre este ponto. No Versículo 24 do mesmo capítulo encontramos também que o santuário terrestre era uma figura do verdadeiro santuário. O texto reza o seguinte:

“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,...”

Nesta passagem encontramos outra expressão grega um pouco diferente da que vimos acima. Para a palavra figura, neste texto, encontramos a correspondente em grego: (antitupa) “antitupa” que significar também figura”, como foi traduzida acima. Ou, segundo o citado Léxico do Grego do Novo Testamento, também significa correspondente”, “cópia”, ou uma representação”. Ou seja, o santuário terrestre era uma “cópia”, uma “representação”, algo “correspondente” ao santuário do Céu, uma réplica fiel do verdadeiro santuário celestial.

Esta mesma palavra grega é utilizada também em I Pedro 3:21, onde a salvação da família de Noé é colocada como uma “antitupa” ou,  algo “correspondente” de nossa salvação. Se esta mesma palavra grega utilizada em Hebreus 9:23 não serve para mostrar que no Céu existe um santuário correspondente ou uma cópia daquele que fora construído por Moisés, então a salvação de Noé e sua família não deve servir também para ser uma “verdadeira figura” ou algo correspondente de nossa salvação.

Na palavra grega “antitupa” encontramos possivelmente a raiz da palavra “antítipo”. O Léxico Grego coloca a palavra “Antítipo” como possível e literal tradução da palavra “Antitupa”. Ou seja, o santuário terrestre era um “tipo” do santuário celestial, que por sua vez é o antítipo, o verdadeiro tabernáculo fundado pelo próprio Senhor. A figura, o “tipo”, era o santuário terrestre. A realidade, o “antítipo”, é o santuário celestial.

Outro detalhe de muita importância é o fato de Jesus ser, na carta aos Hebreus, apresentado enfaticamente, como sumo sacerdote no Céu (Hebreus 2:17; 3:1; 4:14,15; 5:5,10; 6:20; 7:26; 8:1; 8:3; 9:11). Este, segundo o escritor aos Hebreus é o ponto principal, a suma de sua mensagem, “que temos um sumo sacerdote, que está assentado à destra do trono da Majestade” (Hebreus 8:1).

Este fato, de Jesus ser apresentado como sumo sacerdote no Céu, fala-nos da existência de um santuário celestial, pois não pode haver um sacerdote ou sumo sacerdote que não possua um santuário onde o mesmo possa ministrar. Isto é um consenso geral entre muitos teólogos. Se Jesus é sumo sacerdote no Céu, e isto está claramente provado, então Ele tem um santuário no qual ministra. Ele, o filho de Deus, é “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:2. 

É O CÉU O SANTUÁRIO? 


Ideias errôneas têm surgido muito em nossos dias. Satanás não se cansa em inventar ou criar doutrinas para contradizer a palavra de Deus. A Bíblia nos assegura que muitos seriam enganados com falsas teorias (Mateus 24:24). Portanto, a ordem Divina é: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (Mateus 24:4).

Existem ideias errôneas e distorcidas com respeito ao santuário celestial e o ministério de Cristo no mesmo. Entre estas fantasias e inverdades está a que diz que no Céu não existe um santuário, mas que o próprio Céu é o santuário. Este pensamento cria aversão àqueles que conhecem os ensinos claros da palavra de Deus. Mas para defenderem tal disparate e erro, citam de forma equivocada, principalmente o texto de Hebreus 9:24, que diz:

“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figurado verdadeiro, porém no mesmo Céu,...”.

Na verdade, a própria passagem elucida bastante o que Deus deseja nos ensinar com o versículo. Notemos bem: O texto nos diz enfaticamente que o santuário que foi construído por Moisés era figura do verdadeiro santuário que Jesus entrou. Ora, seria inadmissível que o santuário terrestre com suas divisões e objetos fosse uma figura do Céu. Se o Céu é o santuário, então Moisés fez uma cópia do Céu?! As palavras do apóstolo: “... porém no mesmo Céu”, não indicam que o Céu é o santuário, mas nos mostram apenas onde o santuário do novo concerto está localizado, ou seja, no céu. Várias passagens podem provar isto de forma bastante clara: Vejamos:

“E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no Céu”. Apocalipse 15:5.

Nesta passagem lemos que o santuário se abriu no Céu e não abriu-se o Céu. Semelhante texto, mas com mais clareza encontramos em Apocalipse 11:19. Onde diz:

“E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo”.

João não disse: “Abriu-se o Céu”, mas que o templo de Deus foi aberto no Céu.

Ainda em hebreus 9:23, encontramos que o santuário terrestre era uma “figura das coisas que estão no Céu”, e nunca uma figura do Céu, mas das coisas que nele estão.

“Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e revelastes aos pequeninos”. Mateus 11:25.

Continua...

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A VERDADE SOBRE O SANTUÁRIO CELESTIAL - Parte 1


 A CONSTRUÇÃO DO SANTUÁRIO TERRESTRE

Deus deu a Moisés a seguinte ordem: “Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada”. Êx. 25:2. E com ela “Me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Êx. 25:8.
Este santuário era dividido, por uma linda e custosa cortina, em dois compartimentos: o lugar santo e o santíssimo, ou o santo dos santos.
“Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e porás a arca do testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.  Êx. 26:33.
No primeiro compartimento achava-se: o castiçal, a mesa e o altar de incenso. Êx. 25:23-40; 30:1-10; Heb. 9:2.
No santíssimo, além do segundo véu, encontrava-se: a arca do concerto, o maná, as tábuas de pedra e a vara de Araão. Êx. 26:34; Heb. 9:3-4.
No tocante aos arredores do tabernáculo achava-se logo em seguida o pátio, cercado por bases de cobre, colunas de prata e linho fino torcido (Êx. 38:16-17), que continha apenas dois objetos, sendo estes, o altar de holocausto e a pia,  Êx. 40:29,30.
Concluída a obra em todos os seus pormenores, “a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo”. Êx. 40:34, 35.
Apesar de passar ao longo da história por algumas modificações, o santuário sempre preservou suas características principais conforme as orientações transmitidas à Moisés.
 UM MODELO PARA A CONSTRUÇÃO 

Quando o Senhor deu a Moisés a ordem de construir um santuário, não deixou de lhe mostrar claramente como deveria fazer. Disse:
“Me farão um santuário,... conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do santuário, e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o fareis”. Êx. 25:8, 9.
De fato, o santuário terrestre possuía um modelo, e, exatamente igual ao modelo mostrado a Moisés, deveria ser construído o tabernáculo o qual viria a ser a morada de Deus entre Seu povo. Deus, portanto, mostrou a Moisés um santuário perfeito, já acabado em todos os seus pormenores. Moisés deveria construir um semelhante àquele que tinha visto no monte.
“Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte.” Êx. 26:30.
“Oco e de tábuas o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão.” Êx. 27:8.
“Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto.” Atos 7:44.
Mas que santuário deveria servir a Moisés como modelo? Para esclarecer este fato a inspiração diz que este tabernáculo, o modelo para o santuário terrestre, é mais perfeito e “não feito por mãos” humanas, mas construído pelo próprio Deus.
“Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Heb. 8:2.
Em Carta aos Hebreus capítulo 8:1-5, encontramos a declaração de que Cristo entrou em um santuário não feito por homens, e afirma também que o santuário terrestre  e seus serviços eram apenas uma sombra das coisas celestiais. No dicionário, o sinônimo correspondente para o substantivo “sombra” é: “Parte escura de algum corpo real”. Ou, como diz o apóstolo, um exemplo da realidade.  O escritor aos hebreus acrescenta ainda que o próprio ofício dos sacerdotes era uma sombra do sacerdócio de Cristo no santuário celestial. Em Hebreus 8:5 encontramos:
Os quais (oficio sacerdotal) servem de exemplar e sombra das coisas celestiais...”.
E continua o escritor:
“... como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”.
De fato, o santuário terrestre não era uma estrutura original, mas foi construído de acordo com um modelo mostrado a Moisés. O santuário original, portanto, devia existir em outro lugar. O santuário terrestre era uma figura exata de outro santuário construído pelo próprio Senhor.
 O SANTUÁRIO CELESTIAL E O MINISTÉRIO DE CRISTO NO MESMO

Quando o santuário do Céu foi mostrado a Moisés, não foi visto ninguém ministrando entre os seus vasos. Por que? A inspiração esclarece e responde a esta pergunta dizendo que o santuário celestial deveria exercer seu ofício somente através do sangue de Cristo.
“Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo... Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Heb. 9:8,12.
Antes da morte de Cristo “o caminho do santuário (celestial) não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo”. Heb. 9:8. Ou seja, enquanto a morte de Cristo não abolisse o sistema do santuário terrestre, não poderia começar o ofício no santuário celestial.
Menciona-se, portanto, que este santuário – o do novo concerto – não é oficiado através do sangue de animais, como o era o santuário do velho concerto, “mas por Seu próprio sangue (o de Cristo) entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. Heb. 9:12.
As visões concedidas ao apóstolo João, já sob o novo concerto, não nos mostram mais um santuário vazio, mas já sendo ministrado por nosso Salvador Jesus. Vejamos:
1º – Em Apocalipse 4:1, lemos uma citação de uma porta aberta no Céu. Na continuação da leitura podemos notar claramente que esta porta aberta dá acesso ao primeiro compartimento do santuário celestial, pois no versículo 5 temos uma referência clara sobre sete lâmpadas  de fogo ardendo diante do trono de Deus. Em outras palavras, os mesmos sete castiçais mostrados a Moisés no monte.
2º – No santuário terrestre encontrava-se também o altar de incenso e o incensário. Êx 27:35; Lev. 16:12.  Semelhantemente, em Apocalipse 8:3, lemos:
“E veio outro anjo, e pô-se junto ao altar tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o por com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono de Deus”.
Este altar de incenso não pode ser de forma alguma o mesmo altar construído por Moisés, mas sim uma peça daquele outro tabernáculo “não feito por mãos, isto, é não desta criação”, feito e construído pelo próprio Deus, pois este altar de ouro se encontra diante do trono do Onipotente.
Desta forma podemos notar que todos os utensílios existentes no santuário terrestre existem também no santuário celestial. Na verdade, o santuário terrestre com todos os seus vasos nos mostra o que em realidade existe no Céu. A inspiração nos assegura que são figuras das coisas que estão no Céu”. Heb. 9:23. Esta verdade, diante dos fatos, é inegável. Até então toda a mobília relacionada com o primeiro compartimento do santuário celestial fora mostrada a João em pleno uso, o que não viu Moisés quando contemplou as mesmas peças muitos séculos antes.
3º – Outro exemplo podemos notar também com referência à arca do concerto mencionada em Êxodo 25:10-16. O apóstolo narra o seguinte:
“E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo”. Apoc. 11:19.
Esta visão do profeta foi direcionada ao lugar santíssimo do santuário celestial, pois ele viu a arca do concerto que fica depositada nos santos dos santos, ou no segundo compartimento. Não podemos deixar de notar que esta visão não é relacionada com o santuário terrestre, pois João contemplou esta visão relacionada a eventos que se passavam no Céu. “Abriu-se no Céu o templo de Deus”.
Em Apocalipse 15:5-8, encontramos também uma passagem similar a que vimos atrás:
“E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no Céu. E o templo encheu-se com fumo da glória de Deus e do Seu poder; e ninguém podia entrar no templo”.
Que templo é aqui mencionado? Claro, aquele que Moisés viu para modelo no monte! Pois ao contrário, seria difícil dar outra explicação à luz da Bíblia. Mas, notemos que a passagem diz: templo do tabernáculo do testemunho”. Temos assim, o templo e o tabernáculo do testemunho, ou melhor, a inspiração refere-se a duas coisas. A palavra grega no original está: (naos)  Naós”, que pode ser traduzida corretamente por “templo ou santuário”. Mas o apóstolo usou logo após outra palavra que no grego está (skhnes) Skenes”. O léxico do novo testamento grego de F.Wilbur Gingrich e Frederick W. Danker, dá a seguinte explicação sobre esta palavra:
“Skenes: Tenda ou tabernáculo, a tenda do testemunho, etc”.
Assim, quando João disse “Naós” (Templo), estava referindo-se ao santuário celestial como um todo ou apenas ao primeiro compartimento desse santuário. Quanto à palavra grega traduzida por “tabernáculo”, entendemos claramente que, de acordo com a declaração aos Hebreus 9:3, refere-se inquestionavelmente ao lugar santíssimo deste santuário ao qual João faz referência. Aos Hebreus 9:3, encontramos:
“Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos”.
Note-se também que o escritor do Apocalipse diz: Tabernáculo do testemunho”, pois dentro do tabernáculo, ou do lugar santíssimo estava a arca que abrigava a lei de Deus, os dez mandamentos, que também eram chamados de testemunhos”. Êx. 25:16; 31:18. Assim quando João disse: “Eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no Céu”, queria ele dizer que, o lugar santíssimo do santuário celestial se abriu no Céu. Como veremos adiante isto ocorreu em 1844.
Para quem realmente respeita a autoridade da Bíblia, jamais negará que no Céu existe um santuário edificado pelo próprio Deus, o qual foi usado como um modelo perfeito para que Moisés construísse outro santuário para representar o verdadeiro em todos os seus pormenores. Este templo original, de acordo com o testemunho bíblico, se encontra no Céu. Este santuário celestial, assim como o terrestre, se divide também em dois compartimentos, a saber, o lugar santo e o lugar santíssimo; sendo este último o portador das arca, contendo esta a lei de Deus.
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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

RESPOSTAS A JOEL OLIVEIRA PARTE 1. SOBRE O SANTUÁRIO

Esclarecendo dúvidas
Antes de encerrarmos este tópico, desejamos aqui esclarecer mais um ponto importante. É muito comum hoje ouvirmos pessoas pregando e ensinando que Jesus não esperou até o ano de 1844 para entrar no santíssimo e então realizar o apagamento de nossos pecados, mas que Ele o fez logo após Sua ascensão. Interpretam de forma errônea o texto da carta aos Hebreus 6:19, 20, que diz:
“A qual temos uma âncora da alma segura e firme, e que penetra até o interior do véu. Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque”.
  
Em si mesmo, a passagem como lemos acima, nada tem que contradiga o que até aqui temos visto. Muitos, erradamente, acreditam que quando a Palavra de Deus menciona “interior do véu”, está referindo-se ao véu que separava o lugar santo do santíssimo e supõem que ali Jesus entrou logo após ter ido ao Céu. Porém, se no santuário existisse apenas um véu, aquele que separa o primeiro compartimento do segundo, não tiraríamos a razão destas pessoas que assim creem, mas infelizmente algumas pessoas estão ignorantes de um fato: o de que no santuário terrestre ou no celestial – pois que o terrestre é uma sombra do celestial – não existia ou existe apenas uma cortina, mas duas. A que separava o lugar santo do pátio, na entrada do santuário, e o segundo véu, que separava o lugar santo do santíssimo. Sobre isto lemos em Êxodo 36: 35:
“Depois fez o véu de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido: de obra esmerada o fez com querubins”.
Segundo Êxodo 26:37; 26:35, a passagem acima citada refere-se ao segundo véu, aquele que separava o lugar santo do santíssimo.
Mas notemos o que se segue em Êxodo 36:37; 26:36:
“Farás também para a porta da tenda uma coberta de azul, e púrpura, e carmesim, e de linho fino torcido obra de bordador”.
 “Fez também para a porta da tenda o véu de azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, da obra do bordador”.
Notemos: “Farás também”. Ou seja, além de outras coisas, e estas se inclui o segundo véu, deveria ser feito outro véu para “a porta da tenda”.
Aos Hebreus está escrito que o véu que separava o local santo do lugar santíssimo era o “segundo véu”. Lemos:
“Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos”. Heb. 9:3.
Se existe segundo, logicamente existe o primeiro. Assim fica fácil entendermos qual véu Jesus penetrou após Sua ascensão. Como vimos até aqui, o santuário celestial teve seu ofício iniciado depois que Cristo derramou Seu sangue. Sendo assim, Ele não poderia entrar diretamente dentro do segundo véu, sem primeiro cumprir seu trabalho no primeiro compartimento. Para dentro do primeiro véu Ele entrou logo após Sua ascensão, como os sacerdotes que ministravam como sombra também no primeiro compartimento. Devemos lembrar que toda lei de cerimônias apontava um trabalho similar para o futuro. Se Jesus tivesse entrado logo para dentro do segundo véu, não teria necessidade nenhuma de que os sacerdotes ministrassem por um tempo no primeiro compartimento antes que o sumo sacerdote entrasse no santíssimo. A Palavra de Deus é bem clara:
“Ora se estivesse na Terra, nem tão pouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais,...”.




Repetimos: Se os sacerdotes deviam oficiar no primeiro compartimento por certo tempo, como isto pode ser colocado como sombra das coisas celestiais se Jesus tivesse entrado diretamente para dentro do segundo compartimento sem ter primeiro oficiado também no primeiro compartimento do santuário celestial? O trabalho dos sacerdotes no primeiro compartimento seria então sombra das coisas celestiais em que sentido?!
Alguns pensam que Jesus entrou diretamente para dentro do segundo véu, no santíssimo, porque o primeiro compartimento do santuário representava a Terra e que Ele ministrou neste compartimento enquanto esteve neste mundo. E que, após morrer e ressuscitar, Ele adentrou então o lugar santíssimo. No entanto, este pensamento se torna inócuo pelo fato de que o santuário era composto do lugar santo, santíssimo e o pátio. O cordeiro que representava a Cristo, não era morto no lugar santo, mas no pátio. Se as inocentes vítimas fossem mortas no lugar santo, no primeiro compartimento, então talvez este representasse a Terra onde Jesus foi crucificado. Mas não é o caso. Os animais eram mortos no pátio e este representava então a Terra onde Jesus foi sacrificado.
Depois de realizado o sacrifício, o sacerdote, que também representava Jesus, entrava no santuário, no lugar santo, com o sangue, e o espargia diante do véu. Semelhantemente, Jesus, depois de ser cruelmente morto nesta Terra – no sistema simbólico, no pátio – entrou no santuário celestial por Seu próprio sangue para ministrar primeiramente no lugar santo até o ano de 1844, e, neste ano, Ele passou para o lugar santíssimo para realizar a purificação do santuário.
De fato, a Bíblia atesta a entrada de Jesus no santuário, somente depois de Sua morte e ressurreição:
“Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Hebreus 9:12.  
No entanto, se a Terra era representada pelo primeiro compartimento, Jesus teria entrado nele, ou no santuário, antes de ter efetuado a redenção.
A teoria falsa de que Jesus, ao ir ao Céu, entrou diretamente no lugar santíssimo do santuário celestial, infelizmente afetou algumas versões mais recentes da Bíblia. Das versões que tenho em mãos, apenas uma, – a linguagem de hoje – cita a passagem de Hebreus 6:19, 20, de forma errônea (Desconheço outras). Com certeza, o tradutor da linguagem de hoje fez, nesta passagem, uma interpretação segundo sua opinião, sem, contudo, estudar esta questão. Infelizmente isto pode ocorrer. Acreditamos, no entanto, que o erro cometido não foi proposital. Em outras versões como na corrigida, na atualizada, na revisada, na Matos Soares, na internacional, também na Versão Ave Maria e outras, a passagem foi colocada de forma correta. Basta ao sincero pesquisador compreender a exatidão das palavras ali contidas. No grego a passagem reza assim:
“... kai eisercomenen eis to eswteron tou katapetasmatos”.
“... kai eiserchomenen eis to esoteron  toy katapetasmatos”.

 Como encontramos em uma edição da Bíblia de 1881, literalmente a tradução é:
“... que penetra até o interior da cortina”.
Nada existe no texto falando de segundo véu, ou santíssimo. Tentar afirmar isto é ir além do que está escrito. Isto seria incorrer em outro grave erro e passar por cima de mais uma passagem da Palavra de Deus que diz:
“E eu irmãos, apliquei estas cosias, por semelhança, a mim e a Apólos, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito,...”. I Coríntios 4:6.
Outra passagem que carece de uma análise é a que podemos ler em Hebreus 9:12. Neste texto, algumas versões trazem que Cristo, já no primeiro século, havia entrado no santo dos santos. Lemos na versão linguagem de hoje:
“Quando Cristo veio e entrou, uma vez por todas, no Santíssimo lugar, ...”
No grego, o texto diz assim:
... dia de tou idiuou aimatos eishlqen efapax eis ta agia, aiwnian  lutrwsin euramenos”.
Transliterado fica assim:
“... dia de toy idiyoy aimatos eise lthen efiapas eis ta agia, aionian lytrosin eyramenos”.
O detalhe para o qual desejamos chamar a atenção é a palavra que destacamos: (agia) Agia. Esta palavra significa: Santo.
Em Hebreus 9:3 encontramos:
“Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos”.
No grego está:
meta de to deuteron katapetasma akhnh h legomenh agia agion”.
Transliterado fica:
“Meta de to deyteron katapetasma akene e legomene agia agion”.
Note que em Hebreus 9:3 aparece realmente duas vezes a palavra (agia) Agia. Ou seja: Santo dos santos. Mas em Hebreus 9:12 aparece a palavra (agia) Agia apenas uma vez, o que mostra o que o escritor aos Hebreus tencionava dizer. Ele escreveu que Cristo havia entrado no lugar santo (Agia) e não no santo dos santos, (Agia agion) como equivocadamente trazem algumas versões. Para que  o texto de Hebreus  9:12 pudesse ser traduzido de forma que dissesse que Cristo, naqueles dias, já tivesse entrado no santo dos santos, a mesma expressão grega (agia) Agia deveria aparecer em Hebreus 9:12 duas vezes, assim como aparece em Hebreus 9:3.
O fato é que, não são em todas as versões da Bíblia que encontramos o mesmo lapso cometido em traduzir o texto de hebreus 9:12, dizendo que Cristo entrou, logo após Sua ascensão, no santo dos santos ou no santíssimo. Na Revista e Corrigida, por exemplo, uma das mais utilizadas, diz simplesmente:
“... entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”.
Na versão Ave Maria:
“... entrou de uma vez por todas no santuário adquirindo-nos uma redenção eterna”.
Na Revisada, a passagem ficou mais fiel ao texto original:
“... entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção”.
Na Bíblia Católica:
“... entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna”.
Não vemos, portanto, nenhuma dificuldade tanto em hebreus 6:19,20, como em Hebreus 9:12, onde lemos que Cristo, após subir ao Céu entrou apenas no lugar santo, ou seja, no primeiro compartimento do santuário celestial.
Os que se arriscam a “contestar” a verdade de que Cristo entrou no santo dos santos apenas em 1844 citam, equivocadamente, os textos de Hebreus 6:19,20 e 9:12 para com isto procurar dar apoio às sua teorias. Mas alguns destes que dizem que Jesus entrou diretamente no lugar santíssimo, parecem sequer acreditar em um santuário no Céu, contendo, dois compartimentos, o santo e o santo dos santos, ou o santíssimo. Como então tentam provar a entrada de Cristo em um compartimento ou lugar no qual não acreditam?!
Continua...
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