sábado, 30 de junho de 2012

Por que o darwinismo é falso


Jerry A. Coyne é professor no Departamento de Ecologia e Evolução na Universidade de Chicago. Em seu livro Why Evolution is True [Por que a Evolução é Verdadeira], ele resume assim o darwinismo – a teoria moderna da evolução: “A vida na Terra evoluiu gradualmente com uma espécie primitiva – talvez uma molécula autorreplicante – que viveu há mais de 3,5 bilhões de anos; e depois se ramificou ao longo do tempo, lançando muitas e novas espécies diversas; e o mecanismo para a maior parte da (mas não toda) mudança evolucionária é a seleção natural.”[1] 
Coyne explica mais adiante que a evolução “simplesmente significa que uma espécie sofre mudança genética ao longo do tempo. Isto é, ao longo de muitas gerações, uma espécie pode evoluir em algo bem diferente, e essas diferenças são baseadas em mudanças no DNA, que se originam como mutações. As espécies de animais e plantas vivendo hoje não estavam por aqui no passado, mas descendem daquelas que viveram muito antes”.[2] 
Segundo Coyne, contudo, “se a evolução significasse somente mudança genética gradual dentro de uma espécie, hoje nós teríamos somente uma espécie – um único descendente altamente evoluído da primeira espécie. Mas temos muitas espécies… Como que essa diversidade surgiu de uma forma ancestral?” Ela surge por causa da “divisão, ou, mais exatamente, da especiação”, que “simplesmente significa a evolução de grupos diferentes que não podem cruzar entre si”.[3] 
Se a teoria darwinista fosse verdadeira, “nós deveríamos ser capazes de encontrar alguns casos de especiação no registro fóssil, com uma linhagem de descendência se dividindo em duas ou mais. E nós deveríamos ser capazes de encontrar novas espécies se formando na natureza”. Além disso, “deveríamos ser capazes de encontrar exemplos de espécies que se conectariam com os principais grupos suspeitos de terem uma ancestralidade comum, como as aves com os répteis, e os peixes com os anfíbios”. Finalmente, existem fatos que “fazem sentido somente à luz da teoria da evolução”, mas não fazem sentido à luz da criação ou do design. Isso inclui “os padrões de distribuição das espécies sobre a superfície da Terra, as peculiaridades de como os organismos se desenvolvem de embriões, e a existência de características vestigiais que não são de nenhum uso aparente”. Coyne conclui sua introdução com a afirmação ousada de que “toda a evidência – tanto velha quanto nova – resulta inelutavelmente na conclusão de que a evolução é verdadeira”.[4] 
Claro, a “evolução” é inegavelmente verdadeira se ela simplesmente significar que as espécies existentes podem mudar de modos pequenos ao longo do tempo, ou que muitas espécies vivendo hoje não existiram no passado. Mas a asserção de Darwin de que todas as espécies são descendentes modificados de um ancestral comum, e a asserção de Coyne de que as mutações do DNA e a seleção natural produziram essas modificações, não são assim tão inegavelmente verdadeiras. Coyne devota o resto do seu livro a fornecer evidências para elas. 
Fósseis 
Coyne se volta primeiro para o registro fóssil. “Devemos ser capazes”, ele escreveu, “de encontrar alguma evidência para a mudança evolucionária no registro fóssil. As camadas rochosas mais profundas (e mais antigas) conteriam os fósseis de espécies mais primitivas, e alguns fósseis deveriam se tornar mais complexos à medida que as camadas rochosas se tornam mais jovens, com os organismos parecendo as atuais espécies encontradas nas camadas mais recentes. E nós devemos ser capazes de ver algumas espécies mudando ao longo do tempo, formando linhagens de ‘descendência com modificação’ (adaptação).” Em particular, “as espécies posteriores devem ter traços que as tornam parecidas com os descendentes de espécies mais antigas”.[5] 
Em seu livro A Origem das espécies, Charles Darwin reconheceu que o registro fóssil apresentava dificuldades para sua teoria. “Pela teoria da seleção natural”, ele escreveu, “todas as espécies vivas foram conectadas com as espécies progenitoras de cada gênero, por diferenças não maiores do que as que nós vemos entre as variedades naturais e domésticas das mesmas espécies no presente dia.” Assim, no passado, “o número de elos intermediários e transicionais, entre todas as espécies vivas e extintas, deve ser inconcebivelmente grande”. Mas Darwin sabia que os principais grupos de animais – que os biólogos modernos chamam de “filo” – apareceram plenamente formados no que eram na ocasião as mais antigas rochas fossilíferas conhecidas, depositados durante um período geológico conhecido como o Cambriano. Ele considerava isso uma dificuldade “séria” para sua teoria, pois “se a teoria for verdadeira, é incontestável que antes de o estrato inferior do Cambriano ser depositado decorreram longos períodos… e que durante esses vastos períodos o mundo foi enxameado com criaturas vivas”. E quanto “à pergunta de por que não achamos ricos depósitos fossilíferos pertencentes a esses períodos tidos como mais antigos anteriores ao sistema Cambriano, eu não posso dar nenhuma resposta satisfatória”. Desse modo, “o caso no presente momento deve permanecer inexplicável; e pode ser verdadeiramente levantado como um argumento válido contra os pontos de vista aqui considerados”.[6] 
Darwin defendeu sua teoria citando a imperfeição do registro geológico. Em particular, ele argumentou que os fósseis pré-cambrianos teriam sido destruídos pelo calor, pressão e erosão. Alguns dos seguidores modernos de Darwin têm argumentado dessa maneira que os fósseis pré-cambrianos existiram, mas foram destruídos mais tarde, ou que os organismos pré-cambrianos eram pequenos demais ou moles demais para serem fossilizados em primeiro lugar. Todavia, desde 1859, os paleontólogos têm descoberto muitos fósseis pré-cambrianos, muitos deles microscópicos ou de corpo mole. Como o paleontólogo Americano William Schopf escreveu em 1994, “a noção há muito tempo defendida de que os organismos pré-cambrianos deveriam ter sido pequenos demais ou delicados demais para terem sidos preservados em materiais geológicos… [é] agora reconhecida como incorreta”. Se isso significar alguma coisa, o surgimento abrupto dos principais filos de animais há cerca de 540 milhões de anos – que os biólogos modernos chamam de “Explosão Cambriana” ou o “Big Bang da biologia” – é muito mais bem documentado agora do que no tempo de Darwin. De acordo com o paleontólogo de Berkeley, James Valentine, e seus colegas, a “explosão é real, ela é grande demais para ser mascarada por falhas no registro fóssil”. Na verdade, quanto mais fósseis são descobertos, se torna claro que a explosão cambriana foi “ainda mais abrupta e extensiva do que antes imaginado”.[7] 
E o que o livro de Coyne tem a dizer sobre isso? 
“Cerca de 600 milhões de anos atrás”, Coyne escreveu, “toda uma gama de organismos relativamente simples, mas multicelulares, surgiu, inclusive minhocas, medusas e esponjas. Esses grupos se diversificaram ao longo dos milhões de anos seguintes, com as plantas terrestres e os tetrápodes (animais de quatro patas, os mais antigos deles foram os peixes com nadadeiras lobadas) surgindo cerca de 400 milhões de anos atrás.”[8] 
Em outras palavras, o relato de Coyne da história evolucionária salta de 600 para 400 milhões de anos atrás, sem mencionar a explosão cambriana de 540 milhões de anos. Nesse sentido, o livro de Coyne é como um livro-texto moderno de Biologia que foi escrito para doutrinar os estudantes na evolução darwinista, em lugar de lhes fornecer os fatos. 
Coyne prossegue discutindo diversas formas “transicionais”. “Um de nossos melhores exemplos de uma transição evolucionária”, ele escreveu, é o registro fóssil das baleias, “pois temos uma série de fósseis cronologicamente ordenada, talvez uma linhagem de ancestrais e descendentes, mostrando seu movimento da terra para a água.”[9] 
“A sequência começa”, Coyne escreveu, “com um fóssil recentemente descoberto de um parente próximo das baleias, um animal do tamanho de um guaxinim chamado Indohyus. Vivendo há 48 milhões de anos, o Indohyus foi… provavelmente muito próximo do que parecia o ancestral da baleia.” No parágrafo seguinte, Coyne escreveu: “O Indohyus não foi o ancestral da baleia, mas quase com certeza foi seu primo. Mas se recuarmos mais quatro milhões de anos, para 52 milhões de anos atrás, vemos o que pode muito bem ser aquele ancestral. É um crânio fóssil de uma criatura do tamanho de um lobo chamada Pakicetus, que se parece muito mais com uma baleia do que o Indohyus.” Na página que separa esses dois parágrafos, há uma figura intitulada “Formas transicionais na evolução das baleias modernas”, que mostra o Indohyus como o primeiro da série e o Pakicetus como o segundo.[10] 
Mas o Pakicetus – como Coyne acabou de nos dizer – é quatro milhões de anos mais velho do que o Indohyus. Para um darwinista, isso não importa: Pakicetus é “muito mais parecido com uma baleia” do que o Indohyus, por isso deve ficar entre o Indohyus e as baleias modernas, apesar da evidência fóssil. 
(Coyne usa o mesmo truque com os fosseis que, supostamente, são ancestrais das aves modernas. O Archaeopteryx, o ícone dos livros didáticos, com suas asas com penas como uma ave moderna, mas dentes e cauda como os de um réptil, é datado em 145 milhões de anos. Mas o que Coyne chama de “fósseis de dinossauros não voadores com penas” – que deveriam ter vindo antes do Archaeopteryx – são milhões de anos mais novos. Como os cientistas darwinistas Kevin Padian e Luis Chiappe oneze anos antes, Coyne simplesmente reorganiza a evidência para encaixar a teoria darwinista.)[11] 
Chega da predição de Coyne que “as espécies posteriores deveriam ter características que as fizessem parecer com os descendentes de espécies anteriores”. E chega também com o seu argumento de que “se a evolução não fosse verdadeira, os fósseis não ocorreriam numa ordem que faz sentido em termos evolucionários”. Ignorando os fatos que ele mesmo acabou de apresentar, Coyne conclui descaradamente: “Quando encontramos as formas transicionais, elas ocorrem no registro fóssil exatamente onde deveriam ocorrer.” Se o livro de Coyne fosse feito filme, essa cena deveria mostrar a frase de Chico Marx: “Em quem você vai acreditar, em mim ou nos seus próprios olhos?”[12] 
Há outro problema com a série de fósseis de baleia (e com todas as demais séries de fósseis) que Coyne deixou de abordar: nenhuma espécie na série poderia, possivelmente, ser o ancestral de qualquer outra, porque todas elas possuem características que elas primeiro teriam que perder antes de evoluir numa forma subsequente. É por isso que a literatura científica, tipicamente, mostra cada espécie ramificando de uma suposta linhagem. 
Na figura abaixo, todas as linhagens são hipotéticas. O diagrama à esquerda é uma representação da teoria evolucionária: a espécie A é ancestral de B, que é ancestral de C, que é ancestral de D, que é ancestral de E. Mas o diagrama à direita é uma representação melhor da evidência: as espécies A, B, C e D não estão na linhagem real que resulta na espécie E, que permanece desconhecida. 
 Acontece que nenhuma série de fósseis pode fornecer evidência para a descendência darwinista com modificação. Até mesmo no caso de espécies vivas, os restos enterrados não podem, geralmente, ser usados para estabelecer relações de ancestrais-descendentes. Imagine encontrar dois esqueletos humanos na mesma cova, um trinta anos mais velho do que o outro. O indivíduo mais velho era pai do mais novo? Sem registros genealógicos escritos e marcas de identificação (ou em alguns casos o DNA), é impossível responder à questão. E nesse caso estaríamos lidando com dois esqueletos da mesma espécie que estão distantes apenas uma geração e na mesma localidade. Com fósseis de espécies diferentes que agora estão extintas, e bem separadas no tempo e no espaço, não há como se estabelecer que um é o ancestral do outro – não importa quantos fósseis transicionais encontremos. 
Em 1978, Gareth Nelson, do Museu Americano de História Natural, escreveu: “A ideia que alguém possa ir ao registro fóssil e esperar recuperar empiricamente uma sequência ancestral-descendente, seja de espécies, gênero, famílias, ou seja o que for, tem sido, e continua sendo, uma ilusão perniciosa.”[13] Henry Gee, escritor de ciência da Nature, escreveu em 1999 que “nenhum fóssil é enterrado com sua certidão de nascimento”. Quando chamamos novas descobertas de fósseis de “elos perdidos”, é como “se a corrente de ancestralidade e descendência fosse um objeto real para nossa contemplação, e não o que realmente é: uma invenção completamente humana criada após o fato, modelada da acordo com os preconceitos humanos”. Gee concluiu: “Pegar uma série de fósseis e afirmar que ela representa uma linhagem não é uma hipótese científica que possa ser testada, mas uma afirmativa que carrega a mesma validade de uma história para dormir – entretém, talvez até seja instrutiva, mas não é científica.”[14] 
(Dr. Jonathan Wells, Discovery Institute, 18/5/2009; via Desafiando a Nomenklatura Científica
Notas:
1. Jerry A. Coyne, Why Evolution Is True (New York: Viking, 2009), p. 3.
2. Coyne, Why Evolution Is True, p. 3, 4.
3. Coyne, Why Evolution Is True, p. 5, 6.
4. Coyne, Why Evolution Is True, p. 18, 19.
5. Coyne, Why Evolution Is True, p. 17-18, 25.
6. Charles Darwin, The Origin of Species, Sixth Edition (London: John Murray, 1872), Capítulo X, p. 266, 285-288. Disponível online (2009) aqui.
7. J. William Schopf, “The early evolution of life: solution to Darwin’s dilemma”, Trends in Ecology and Evolution 9 (1994): 375-377. James W. Valentine, Stanley M. Awramik, Philip W. Signor & M. Sadler, “The Biological Explosion at the Precambrian-Cambrian Boundary”, Evolutionary Biology 25 (1991): 279-356. James W. Valentine e Douglas H. Erwin, “Interpreting Great Developmental Experiments: The Fossil Record”, p. 71-107, in Rudolf A. Raff & Elizabeth C. Raff (editores), Development as an Evolutionary Process (New York: Alan R. Liss, 1987). Jeffrey S. Levinton, “The Big Bang of Animal Evolution”, Scientific American 267 (novembro 1992): 84-91. “The Scientific Controversy Over the Cambrian Explosion”, Discovery Institute; disponível online (2009) aqui. Jonathan Wells, Icons of Evolution (Washington, DC: Regnery Publishing, 2002), Capítulo 3; mais informação disponível online (2009) aqui. Stephen C. Meyer, “The Cambrian Explosion: Biology’s Big Bang”, p. 323-402, in John Angus Campbell & Stephen C. Meyer (editores), Darwinism, Design, and Public Education (East Lansing, MI: Michigan State University Press, 2003); mais informação disponível online (2009) aqui.
8. Coyne, Why Evolution Is True, p. 28.
9. Coyne, Why Evolution Is True, p. 48.
10. Coyne, Why Evolution Is True, p. 49-51.
11. Kevin Padian e Luis M. Chiappe, “The origin and early evolution of birds”, Biological Reviews 73 (1998): 1-42; disponível online (2009) aqui. Wells, Icons of Evolution, p. 119-122. 
12. Coyne, Why Evolution Is True, p. 25, 53. Chico Marx in “Duck Soup” (Paramount Pictures, 1933); essa e outras citações do irmãos Marx Brothers estão disponíveis online (2009) aqui.
13. Gareth Nelson, “Presentation to the American Museum of Natural History (1969)”, in David M. Williams & Malte C. Ebach, “The reform of palaeontology and the rise of biogeography – 25 years after “Ontogeny, phylogeny, palaeontology and the biogenetic law” (Nelson, 1978)”, Journal of Biogeography 31 (2004): 685-712.
14. Henry Gee, In Search of Deep Time (New York: Free Press, 1999), p. 5, 32, 113-117. Jonathan Wells, The Politically Incorrect Guide to Darwinism and Intelligent Design (Washington, DC: Regnery Publishing, 2006); mais informação disponível online (2009) aqui.

palestra-criacionismo


sexta-feira, 29 de junho de 2012

A GENUINIDADE DA FÓRMULA BATISMAL


Pr. Roberto Biagini,
Mestrado em Teologia
Tem se levantado algumas dúvidas referentes à fórmula
batismal triádica (em nome de três) de Mat. 28:19, em detrimento
da doutrina bíblica trinitariana e em apoio da teoria dualista em
favor de uma fórmula monádica (em nome de um só).
Entretanto, os testemunhos bíblicos e históricos afirmam a
genuinidade da fórmula dada por Cristo em Mat. 28:19.
No batismo de Jesus, foi revelada a Trindade: O Filho sendo
batizado, o Pai fazendo‐Se ouvir, e o Espírito Santo descendo em
forma de pomba (Mat. 3:13‐17). Cremos que a fórmula da
Trindade no batismo lembra muito bem o batismo de Jesus, e se
soleniza em uma consagração completa ao Deus triúno.
Paulo em 1Cor. 6:11 diz que os cristãos foram ʺlavadosʺ ou
batizados e menciona o Pai como sendo Deus, o Filho como sendo
Jesus Cristo e o Espírito, como é óbvio sendo o Espírito Santo; aí,
portanto, estão as 3 pessoas da trindade, num batismo reconheci‐
do para todos os cristãos de Corinto, carta lida pelos demais
cristãos daquela época. Em 1Cor. 12:13, lemos que todos foram
batizados ʺem um só Espíritoʺ.
O Comentário da ʺBibleNetʺ escrito por mais de 25 eruditos
em línguas originais, diz: ʺEmbora alguns eruditos têm negado
que a fórmula batismal trinitariana na Grande Comissão era uma
parte do texto original de Mateus, não há manuscritos de apoio
para sua contenda. F.C.Conybeare (seguido pelos unitaristas)
baseou seu ponto de vista sobre uma defeituosa leitura das
citações de Eusébio desse texto [The Eusebian Form of the Text of
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Mt. 28:19, ZNW 2 – Zeitzchrift für die neutestamentliche Wissenschaft
(1901): 275‐88].ʺ
ʺPara discussão e refutação da conjectura que remove esta
fórmula batismal, ver B.J.Hubbard, The Matthean Redaction of a
Primitive Apostolic Commissioning (SBLDS 19), 163‐64, 167‐75; e em
Jane Schaberg, The Father, the Son, and the Holy Spirit (SBLDS 61),
27‐29.ʺ (Comentário da BibleNet sobre Mat. 28:19). Ver também
Robertson, The Christ of the Logia (em capítulo específico), onde ele
prova a genuinidade das palavras em foco.
O Dr. Deane, juntamente com os teólogos da obra erudita e
mundialmente famosa The Pulpit Commentary, aceita a veracidade
das palavras usuais; diz ele: ʺAs palavras do Senhor foram
sempre tomadas como a fórmula do batismo, e tem sido usada
em todas as épocas em sua administração.ʺ Disse mais o Dr.
Deane: ʺÉ verdade que nós lemos da igreja primitiva, de pessoas
sendo batizadas ʹem nome do Senhor Jesusʹ, e ʹem nome do
Senhorʹ (Atos 8:16; 10:48); mas esta expressão de modo nenhum
assume que o nome das outras Pessoas Divinas não foram
usadas... A fórmula acima tem sido considerada indispensável
de tempos primitivos para a válida administração desse
sacramentoʺ (ver ‘Apost. Can.,’ 41; Tertullian [160‐220 d.C], ‘De
Bapt.,’ 13.; Justin Martyr [100‐165 d.C.], ‘Apol.,’ 1:79).ʺ (W. J.
Deane, The Pulpit Commentary, vol. 15, parte II, p. 645, Mat. 28:19.
O termo ʺfórmulaʺ parece que está sendo uma pedra de
tropeço. Não há evidência de que essas palavras de Jesus em Sua
ordem para batizar tivessem de ser seguidas à risca, sem a
liberdade de novas formas de dizer, tanto é que sabemos que há
registros em que o uso da fórmula batismal monádica no ʺnome
de Jesusʺ (Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; Rom. 6:3) foi usada. Isso
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prova que houve uma necessidade de adaptação para pessoas que
deviam confessar sua fé no Messias, o que era de maior polêmica
e urgência para aquele momento. Mas o batismo no nome de
Jesus tem a mesma autoridade e validade, pois aceitar a Cristo
equivale a aceitar a Deus o Pai que providenciou a salvação, e ao
Espírito Santo que nos convence do pecado para a mesma
salvação em Cristo.
Entretanto, temos evidências de outros fatos. E. Riggenbach
e C. Bertelsmann apontam que, tanto quanto datava o Didachê
(ʺEnsinoʺ – Manual de Princípios Cristãos do séc. II), batismo no
nome de Jesus e batismo no nome da Trindade coexistem lado a
lado (Der Trinitarische Taufbefehl Matt. 28:19 e Gutersloh, 1901).
Portanto, a igreja não estava limitada por precisas fórmulas e não
sentia nenhum embaraço em usar uma porção delas.
Disse o Dr. Lightfoot acerca dos batismos usados nos tempos
primitivos: ʺOs judeus batizavam prosélitos em nome do Pai, isto
é, na profissão de Deus, a quem eles chamavam pelo nome de Pai.
Os apóstolos batizavam os judeus em nome de Jesus o Filho, e aos
gentios, no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santoʺ (Lightfootʹs
Works, vol. 2, p. 274).
O registro acerca do batismo monádico, ou seja, no nome de
um só dos membros da Divindade, ʺnão significa que não se
usava a fórmula batismal regular da Comissão. Significa especial‐
mente que se destacava o nome de Jesus na obra do Evangelhoʺ
(F.D, Nichol, CD‐rom Fundamentos de la Esperança, Artículos
Generales, La Iglesia Cristiana Primitiva, IX. De los Ritos a los
Sacramentos, El Bautismo). Ora, a grande verdade aceita e
combatida era o fato de que Jesus Cristo era o Messias. Batismo
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em Seu nome era um reconhecimento desse fato, especialmente
para os judeus.
Há registros das duas fórmulas no Novo Testamento como
também depois, na literatura cristã primitiva.
1) No Novo Testamento:
a) Mat. 28:19 que contém a fórmula batismal triádica de
Cristo; além de evidências em 1Cor. 6:11; 12:13.
b) Atos 2:38; 10:48; 19:5, que contém a fórmula monádica, dos
apóstolos.
2) O Didaquê, ou seja o ʺEnsino dos 12 apóstolosʺ cap. 7 e 9
que ʺusa tanto o nome simples, como os três nomes em conexão
com o batismoʺ. (SDA Bible Commentary, vol. 6, p. 147 – ênfase
acrescentada).
3) Ambrósio (340‐397 d.C., Bispo de Milão em 374) declarou,
concernente à fórmula batismal dos apóstolos: ʺAquele que
menciona um, significa a Trindade. Se você diz Cristo, você
designou também Deus o Pai, de quem o Filho foi ungido, e
também o Filho, o próprio Ungido, e o Espírito Santo por quem
Ele foi ungidoʺ. (Patrologia Latina, vol. XVI, col. 743; ou De Spiritu
Sancto, I. 3).
4) Publius foi batizado por um diácono, em Roma, no ano
100, e este usou a fórmula: ʺEu te batizo em nome de Jesus Cristo.ʺ
(Rev. Time, 05/12/1955).
5) Testemunho histórico do século I : ʺDurante o tempo da
vida de Jesus, o judaísmo praticou vários ritos batismais... O
Evangelho segundo S. Mateus retrata o Cristo ressurreto que
formulou a ‘grande comissão’ a Seus seguidores: ʹJesus,
aproximando‐se falou‐lhes, dizendo:... fazei discípulos de todas as
nações, batizando‐os em nome do Pai e do Filho e do Espírito
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Santo...ʹ Mat. 28:19‐20. O batismo ocupou um lugar de grande
importância na comunidade cristã do 1o século ... O mínimo
irredutível para um batismo válido era o uso da água e a
invocação da Trindade.ʺ (Encyclopedia Britannica, ed. 1979, vol. 1,
pág. 798).
Se, portanto, há testemunhos históricos das 2 fórmulas, e são
exatos, por que anular uma das duas, aliás a do próprio Cristo?
Os apóstolos não intencionavam desfazer o que Cristo ordenou;
apenas usaram uma variante que significava a mesma coisa,
conforme já dissera Ambrósio.
Com efeito, as duas fórmulas são válidas. Lemos em S.
Mateus 28:19 que o batismo deve ser em um só nome: ʺem NOME
do Pai, e do Filho e do Espírito Santoʺ. Não diz ʺnomesʺ, porque
as três Pessoas da Trindade, embora sejam distintas, têm um
nome só, e o nome é YAHWEH: 1) O Pai é Jeová: Isa. 64:8; 2) o
Cristo é Jeová: cf. Sal. 23:l com João 10:7, 11; 3) o Espírito Santo é
Jeová: cf. Isa. 6:5‐10 com At. 28:25‐27, onde a voz de Jeová que
dizia, era o Espírito falando. Ora, se o Nome dos três é um só e o
mesmo, faz alguma diferença batizar no nome de algum deles,
indistintamente?
Qual era a grande controvérsia dos tempos apostólicos? Qual
era a necessidade do momento e ocasião dos apóstolos? Não era a
ênfase de Jesus como o Messias? (Mat. 26:63; 27:22; João 9:22; João
20:31; Atos 2:36,38; 9:22; 17:3; 18:5; 18:28)
Paulo confirma a fórmula batismal de Cristo em 1Cor. 6:11 ao
dizer que os coríntios foram lavados ʺem o NOME do Senhor
Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (o Pai)ʺ. Aí está
claramente a evidência do batismo em nome da Trindade. Aliás,
esse sempre foi o ensino do NT, desde o princípio, quando Jesus
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Cristo foi batizado: o Pai Se fez presente em Sua voz, o Filho
estava sendo batizado, e o Espírito Santo Se revelou em forma de
pomba (Mateus 3:16‐17; Marcos 1:9‐11; Lucas 3:21‐22). Estava
confirmado o batismo na própria presença das Três Pessoas da
Divindade.
Assim, pôde dizer o Dr. Albert Barnes, ao comentar Atos
2:38: ʺEm nome de Jesus Cristo... isso não significa que ao
administrar a ordenança do batismo eles usassem somente o
nome de Jesus. É muito mais provável (conforme vimos nos registros
históricos acima) que eles usaram a forma prescrita pelo próprio
Salvador em S. Mateus 28:19. Se a marca peculiar de um cristão é
que ele recebe e honra a Jesus Cristo, este nome é usado aqui
como implicando o todo [ou seja, os Três Seres da Trindade]. A
mesma coisa ocorre em Atos 19:5.ʺ (Barnes, Notes on Acts, Baker
Book House, 1956, p. 53 – itálicos acrescentados).
Conclusões:
1) Alguns eruditos que dizem que a presente fórmula
batismal não foi redação de Mateus não têm base nos manuscritos
para sua tese, conforme dizem muitos outros eruditos.
2) Temos o testemunho de todas as dezenas de versões
bíblicas eruditas, baseadas nos melhores manuscritos, que aceitam
a fórmula.
3) Grandes comentaristas, dicionaristas e lingüistas famosos
por sua erudição e conhecimento das línguas e do texto sagrado,
aceitaram a fórmula. Podemos citar: Albert Barnes, John Gill,
Martinho Lutero, João Calvino, Adam Clark, Keil e Delizsch,
James Strong, Robertson, Lightfoot, Jamieson, Fausset e Brown,
etc.
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4) Temos o apoio do Espírito de Profecia, porque Ellen White
aceita a fórmula batismal da trindade, sem questioná‐la (O
Desejado de Todas as Nações, p. 819:4; Atos dos Apóstolos, págs.
30, 282; Serviço Cristão, p. 24; Conselhos sobre Saúde, p. 316).
Lembre‐se, portanto, de que as duas fórmulas foram usadas,
e de que os apóstolos ao usarem o nome de Jesus, referiam‐se por
implicação, à Trindade. O mesmo Paulo que afirmou o batismo
ʺem Cristo Jesusʺ (Rom. 6:3, Gál. 3:27), também afirmou o batismo
na Trindade (como vimos em 1Cor. 6:11; 12:13). Portanto, quem
profere o nome de ʺJesusʺ o faz ʺpelo Espírito Santoʺ (1Cor. 12:3),
o qual também nos induz a dizer: ʺAba, Pai!ʺ (Rom. 8:15; Gál. 4:6).

O que Ellen White escreveu sobre a eternidade de Cristo?

A primeira declaração de Ellen White que vai contradizer aquilo que os seus contemporâneos ensinavam sobre a natureza de Cristo vai ser feita em1869. Ela aparece no livro Testemunhos Seletos, vol.1, p. 219: “Este Salvador era o resplendor da glória de Seu Pai, e a expressa imagem de Sua pessoa. Possuía majestade divina, perfeição e excelência. Era igual a Deus.”

A partir desse momento, ela vai paulatinamente enfatizando a plena divindade de Cristo. Em outro claro sinal de rompimento com o antitrinitarianismo que existia no meio adventista, em 1878 ela vai declarar que Cristo é o “Filho eterno”.i Sobre essa citação Jerry Moon comenta que “Ellen G. White não compreendia sua eterna filiação como significando derivação do Pai. A filiação em sua preexistência denotava que Ele era da mesma natureza do Pai, em unidade e íntimo relacionamento com o Pai; mas isto não sugeria que Cristo tivera um princípio, por que ao assumir a carne humana Cristo tornou-se o Filho de Deus ‘em um novo sentido’.”ii

“Em Sua encarnação obteve nova intuição do título de Filho de Deus. Disse o anjo a Maria: ‘A virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.’ Lc 1.35. Ao mesmo tempo que era Filho de um ser humano, tornou-Se o Filho de Deus num novo sentido. Assim Se achou Ele em nosso mundo - o Filho de Deus, mas ligado, pelo nascimento, à raça humana.” 1ME 226, 227.

Quando Cristo tornou-se “Filho de Deus num novo sentido”? Quando aconteceu a Sua encarnação, ou seja, quando Ele assumiu a natureza humana. Nesse momento Ele foi gerado por Deus e não antes.

No mesmo artigo, Ellen White deixa claro que a divindade de Cristo pressupõe a Sua eternidade e mesmo quando esteve na terra Ele permaneceu em ligação com Deus. “Desde a eternidade, esteve Cristo unido ao Pai, e quando assumiu a natureza humana, era ainda um com Deus.” Idem, 228.

A partir do ano que foi realizada a Conferência Geral de Minneapolis (1888), os escritos de Ellen White vão destacar a Sua divindade como fundamental para entender a mensagem da Justiça de Cristo (veja mais detalhes no capítulo 6).

Ao afirmar que Cristo compartilhava os mesmos atributos que Deus Pai ela estava preparando o caminho para defender a eternidade de Cristo:

“Os judeus nunca antes haviam ouvido palavras semelhantes de lábios humanos. Acompanhava-as uma influência convincente; pois poderia ser dito que a divindade resplandecia través da humanidade quando Jesus disse: ‘Eu e o Pai somos um.’ As palavras de Cristo eram repletas de profundo sentido ao expor a reivindicação de que Ele e o Pai eram da mesma essência, possuindo os mesmos atributos.” ST 27/11/1893.

No fim do século XIX, Ellen White já tem uma clara posição a favor da plena divindade de Cristo e de Sua eternidade. No mesmo artigo onde fala da Sua eternidade, ela declara que Cristo “existe por si mesmo”. Isso não deixa dúvidas que essa eternidade não é emprestada, mas é inerente a Ele. Ela é tão clara quanto é possível ser nesta questão, quando escreveu:

“Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo. [...] Falando de Sua preexistência, Cristo conduz a mente através de séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus. [...]” Ev 615.

No ano anterior a essa declaração, a sra. White escreveu:

“Cristo lhes mostra que, embora eles considerassem que Sua vida era de menos de cinqüenta anos, todavia Sua existência divina não podia ser contada pelo cômputo humano. A vida de Cristo antes de Sua encarnação não se calcula por algarismos.” Idem, 616.

Em um artigo chamado “O verbo se fez carne” publicado na Review and Herald, 5 de abril de 1906, e profetisa não deixa dúvidas quanto ao que pensa sobre a eternidade de Cristo. Além declarar que a eternidade de Cristo é igual a do Pai, ela afirma que Ele existiu eternamente “como pessoa distinta”. Portanto Ellen White não concordava com seus companheiros de adventismo que ensinavam que Cristo foi gerado por Deus, em algum tempo na eternidade.

“A Palavra existiu como ser divino, a saber, o eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade era Ele o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como gentios, se O aceitassem, seriam benditos. ‘O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.’ Jo 1.1. Antes de serem criados homens ou anjos, a Palavra [ou Verbo] estava com Deus, e era Deus.

“O mundo foi feito por Ele, ‘e sem Ele nada do que foi feito se fez’. Jo 1.3. Se Cristo fez todas as coisas, existiu Ele antes de todas as coisas. As palavras faladas com respeito a isso são tão positivas que ninguém precisa deixar-se ficar em dúvida. Cristo era, essencialmente e no mais alto sentido, Deus. Estava Ele com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, bendito para todo o sempre.

“O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele recebida como de direito. Isto não era usurpação em relação a Deus. [...]

“Há luz e glória na verdade de que Cristo era um com o Pai antes de terem sido lançados os fundamentos do mundo. Esta é a luz que brilhava em lugar escuro, fazendo-o resplender com a divina glória original. Esta verdade, infinitamente misteriosa em si, explica outros mistérios e verdades de outro modo inexplicáveis, ao mesmo tempo que se reveste de luz inacessível e incompreensível.” 1ME 247, 248.


Em 1897, ela volta a usar a expressão “Filho eterno” para se referir a Cristo. Mas será que ela diz isso por que acreditava que Cristo tinha sido gerado por Deus? Não, por que ela destaca que Ele existe por si mesmo: “Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. ... É o Filho eterno, existente por Si mesmo.” Ev 615. Portanto, Ellen White não entendia que a eternidade do Filho era derivada, mas inerente.
fonte:em defesa do Espírito Santo de Alexandre Araujo
 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Espírito é distinto do pai e do filho



Quando estudamos esta questão com alguém que se recusa a aceitar a doutrina bíblica da Trindade, ele costuma usar uma forma de pensamento circular que dificulta a sua compreensão do tema. Se são apresentadas evidências de que o Espírito Santo é um ser pessoal, o contendor contra argumento dizendo que Ele é o espírito do Pai ou do Filho. Se você demonstra a distinção dos membros da divindade, o pensamento é que Ele não é um ser pessoal. Se são apresentadas evidências da distinção entre o Espírito Santo e o Pai então o opositor diz que Ele é o espírito do Filho. Se demonstramos que Ele não é o Filho, então Ele só pode ser o Pai conclui quem questiona essa doutrina. É necessário mostrar o quadro todo para que o estudante perceba a beleza da pintura. Enquanto ele ficar se atendo a detalhes e não compreender o conjunto revelado pelas Escrituras será difícil provar que o Espírito Santo é a terceira pessoa da divindade celestial.
Agora que já demonstramos claramente a personalidade do Espírito Santo, a questão que fica em aberto é a distinção entre Ele e os demais membros da divindade, o Pai e o Filho. Primeiro, vamos ver se o Santo Espírito é distinto do Pai.
O Espírito Santo não é Deus Pai, pois o próprio Jesus disse: “E eu (Jesus) pedirei ao Pai, e Ele (o Pai) lhes dará outro Conselheiro (o Espírito Santo, conforme o versículo 26)”. Em Lc 11.13, Jesus prometeu: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!”. Nessa passagem, doador e dádiva não podem ser confundidos.
Jesus distingue-se do Espírito Santo também quando disse: “Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem falar contra o Espírito Santo não será perdoado, nem nesta era nem na que há de vir.” Mt 12.32. Se pecar contra Jesus não é a mesma coisa que pecar contra o Espírito Santo então eles são pessoas distintas.
Talvez alguém possa tentar contra-argumentar dizendo que esse pecado é o mesmo que pode ser feito contra o Pai: “Respondeu o Senhor a Moisés: ‘Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim’.” Ex 32.33. Se assim for, então pecar contra o Espírito Santo seria o mesmo que pecar contra o Pai, portanto Eles não seriam a mesma pessoa? Contudo, pecar contra o Pai não é a mesma coisa que pecar contra o Espírito.
A expressão idiomática hebraica “riscarei do meu livro” significa “condenar a morte”, “cair no esquecimento” (veja Êx 17.14; Dt 25.19, ARA) enquanto que para Jesus o pecado contra o Espírito Santo era resistir as evidências de que a Sua obra era divina. Ao atribuir essa obra a Satanás, para lhe negar a autoridade, é pecar contra o Espírito Santo. Agora, vamos ver se o Espírito Santo é o espírito do Pai.
Por fim, vamos ver se distinção entre os três membros da divindade é bíblica. O escritor de Hebreus usa um argumento baseado nos costumes da velha aliança para mostrar por que é perigoso brincar com o pecado:

Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebermos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus. Quem rejeitava a Lei de Moisés morria sem misericórdia pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça? Pois conhecemos aquele que disse: ‘A mim pertence a vingança; eu retribuirei’, e outra vez: ‘O Senhor julgará o seu povo’. Terrível coisa é cair nas nãos do Deus vivo.” Hb 10.26-31.

A lógica argumentativa usado pelo apóstolo refere-se ao costume de só condenar alguém por algum pecado público se houvesse o depoimento de duas ou mais testemunhas. A palavra de uma pessoa não podia condenar ninguém. Para Hebreus o cristão que permanece em pecado é condenado pelo depoimento de três testemunhas: o Filho de Deus, o Espírito da graça (é outra forma de se referir ao Espírito Santo) e o Deus vivo (referência ao Pai). Assim, o crente recalcitrante é condenado pelo testemunho das três pessoas da divindade. Para o apóstolo a Trindade era formada por três pessoas distintas e iguais em autoridade.
Por último, percebemos a distinção entre os membros da Trindade no batismo de Jesus: “Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre Ele. Então uma voz dos céus disse: ‘Este é o meu filho amado [fala do Pai], em quem me agrado’.” (Mt 3.16, 17). Saindo da água estava o Filho. Falando do céu se ouve a voz de Deus e por fim o Espírito Santo se revela na forma corpórea de uma pomba.
Os opositores da doutrina da Trindade afirmam que o Espírito Santo é chamado de Espírito de Deus e que, portanto, o autor está se referindo ao Pai também.i Enquanto o evangelista Marcos O chama apenas de “o Espírito” (Mc 1.10), Lucas o denomina “Espírito Santo” (Lc 3.22). Como veremos mais a frente, assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo recebe diversos nomes, incluindo o de Espírito de Deus. Isso não significa que Espírito Santo é o Pai, ou mesmo o Filho. Apesar de Jesus também ser chamado de Jeová na Bíblia, tal como o Pai, nem por isso confundimos as duas pessoas.

i Eu e o pai somos um, p. 55.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Dez perguntas para fazer ao professor de Biologia.criacionismo


Se soubermos fazer as perguntas certas, os darwinistas revelarão a natureza religiosa da sua teoria pagã. Como tal, apresento aqui uma lista de dez perguntas que podem ser feitas aos professores de biologia darwinistas. Esta lista é uma modificação da lista originalmente proposta pelo Dr. William Dembski.

1. Se a natureza ou alguns aspectos dela foram arquitetados inteligentemente, como podemos saber?

2. O projeto científico que opera sob o nome de SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) procura sinais espaciais com origem inteligente. Deveriam os cientistas procurar indícios biológicos com origem inteligente? Por quê? E se não, por que não?

3. Como podemos explicar a complexidade e a saturação informacional presente nos sistemas biológicos? Como eles se originaram?

4. Existe alguma estrutura presente nas células que se assemelhe a algum engenho feito por humanos? Como podemos explicar tais estruturas?

5. O que são sistemas de complexidade irredutível? Existe algum sistema assim na biologia? Se sim, serão esses sistemas evidência para design inteligente? Se não, por que não?

6. Designers humanos (arquitetos, engenheiros, etc.) reutilizam sistemas que funcionam bem. As formas de vida também exibem evidência de reutilização de sistemas e estruturas (o sistema de visão humano é semelhante ao dos polvos e lulas, por exemplo). Será isso evidência para descendência comum ou design comum?

7. Para melhor se entenderem os sistemas biológicos, os biólogos moleculares muitas vezes têm que usar aquilo que se chama de “engenharia revertida”. Uma vez que se tem que usar engenharia revertida para melhor se entenderem as funções de certos sistemas biológicos, será isso evidência de que esses sistemas foram originalmente “arquitetados” (isto é, feitos por uma Inteligência)?

8. Existe alguma diferença entre previsões científicas feitas pela teoria da evolução e as previsões feitas pela teoria do design inteligente? Tomemos o exemplo do chamado “DNA lixo” (junk DNA). Para qual das duas teorias a noção de que grandes partes do DNA são “lixo” seria mais plausível? Evolução ou design inteligente?

9. Que tipo de evidências poderiam lhe convencer de que a teoria do design inteligente é verdadeira e de que o neodarwinismo é falso? Se nenhuma evidência a esse nível existe, e nem sequer pode existir, de que forma é o neodarwinismo uma teoria científica testável?

10. Será possível determinar se um objeto foi feito por alguém sem sabermos quem esse alguém é? Por exemplo, será possível determinar que um objeto é um artefato antigo mesmo sem sabermos qual foi a civilização que o produziu?

Longe vão os tempos em que os darwinistas agitavam uns ossinhos numa sala de aula e afirmavam que isso eram “evidências” para a “evolução”. Hoje em dia, e em parte (não em todo) graças ao trabalho dos cientistas cristãos, o público está se tornando mais inteirado sobre o que está sendo debatido. [...] O que está sendo debatido são duas interpretações sobre o passado, e não “ciência versus religião”. Os darwinistas não gostam que a natureza religiosa da sua teoria seja exposta, mas a ciência e o evangelho de Cristo não podem parar só porque os ateus não gostam de ser escrutinados cientificamente.
Fonte:Sociedade Criacionista

domingo, 24 de junho de 2012

Cientistas questionam “elos perdidos”


Recentemente, dois paleoantropólogos questionaram a “humanidade” de alguns fósseis de primatas descobertos. Para eles, a interpretação de fragmentos ósseos de sete milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] é mais complexa do que alguns pensam. Os fósseis em questão correspondem às espécies Orrorin tugenensis, Sahelanthropus tchadensis e Ardipithecus ramidus, e fizeram fama por [supostamente] preencher lacunas na história da evolução de macacos para seres humanos. Porém, os paleoantropólogos acreditam que os fósseis não sejam restos de alguns dos nossos antepassados hominídeos, mas sim apenas ossos de macaco. O problema é que uma série de características que têm sido identificadas como relacionadas aos seres humanos podem ser interpretadas de maneiras diferentes. Por exemplo, o Sahelanthropus, o mais antigo gênero que se acredita ter sido um hominídeo, é um crânio parcial de sete milhões de anos [sic]. Pela sua forma, os cientistas concluíram que o modelo deve ter andado ereto. A posição do seu “forame magno” no local onde o cérebro se conecta a medula espinhal historicamente tem sido associada ao bipedismo. No entanto, a anatomia comparativa prova que isso nem sempre é o caso.

O Orrorin, o segundo mais antigo, também seria bípede. Os paleoantropólogos também acham que ele pode não ter andado na vertical. E o famoso esqueleto parcial de Ardipithecus de 4,4 milhões de anos se parece muito com macacos do mesmo período.

Essas questões propostas pelos cientistas nos fazem pensar: Será que tais erros de interpretação são comuns? Será que tudo pode ser diferente do que se ensinam nas escolas?

Em ciência, sempre há diferenças de interpretação e debates. Não é fácil ser conclusivo ou definitivo, ainda mais em ciência histórica que não permite experiências. [Pena que as revistas científicas populares e a mídia em geral geralmente não admitam isso e tratem o assunto como certeza. – MB]

As espécies em debate viveram há milhões de anos [isso também não seria especulativo?], em uma pequena região da África em populações pequenas. Hoje, existem apenas exemplos isolados e demora um pouco para que vários cientistas tenham uma chance de estudá-los.

Também existem outros problemas na área, como encontrar a idade correta de fósseis. Apesar de existirem técnicas espetaculares, há limites. A técnica de argônio é realmente precisa, mas exige a presença de rochas vulcânicas que não são encontradas em todos os lugares. Datação por carbono 14 não é confiável em fósseis com mais de 40 mil anos.

Uma dificuldade acrescida é a ocorrência de homoplasia: uma situação em que os traços de duas espécies distantes evoluíram para uma aparência semelhante (ao invés de se parecerem por causa de uma estreita relação genética). Esse é um problema real no estudo e registro de fósseis. A semelhança não implica necessariamente a ancestralidade.

Considerando todas essas dificuldades, a compreensão científica atual das origens humanas é surpreendentemente bem desenvolvida. O registro fóssil humano é um dos melhores em biologia [então, imagine os piores...]. Desde que os humanos modernos evoluíram, há 200.000 anos [sic], a evidência fóssil que deixaram para trás é extensa, e de 50.000 a 60.000 anos atrás os nossos antepassados deixaram fósseis em uma grande região do mundo. O histórico é bastante sólido, mas o registro ancestral humano indiscutível só começa em torno de 4.200 anos atrás [os criacionistas sugerem que a vida humana tenha em torno de seis a dez mil anos, e o registro ancestral humano indiscutível também remonta a alguns milhares de anos]. Há muitos detalhes a serem ainda trabalhados.

(Hypescience)

Nota: Releia os trechos que grifei em bold para perceber o grau de incerteza nesse tipo de pesquisa evolucionista. A despeito disso, no último parágrafo, eles tentam salvar a teoria afirmando o que negam desde o começo: “a compreensão científica atual das origens humanas é surpreendentemente bem desenvolvida.” Como pode ser bem desenvolvida com tão poucos e incompletos fósseis antigos? Como pode ser bem desenvolvida, se é tão baseada em interpretações de evidências mínimas? De qualquer forma, já é um grande avanço a publicação de uma matéria dessa natureza. Parabéns ao Life’s Little Mysteries pela publicação e ao Hypescience, pela republicação.[MB]
Fonte:Sociedade criacionista

sábado, 23 de junho de 2012

O homem não veio do do macaco a ciência revela, mas O macaco veio do homem?

O macaco veio do homem?

A revista Veja desta semana publicou um artigo sobre o lançamento do filme “O Planeta dos Macacos – A Origem”. Mas o que me chamou a atenção mesmo foi o box no meio da matéria, intitulado “Nós, os pais deles”. Diz o texto: “‘Por qual lado o senhor descende dos macacos? O de sua avo ou o de seu avo?’ A provocação foi feita pelo bispo inglês Samuel Wilberforce, defensor do criacionismo (a ideia de que um ser todo-poderoso ordenou a criação de todos os seres vivos), em um celebre debate de 1860, na Universidade de Oxford. Ele se dirigia ao biólogo Thomas Huxley, conhecido como ‘o buldogue de Darwin’, por divulgar as teses do naturalista Charles Darwin. A discussão era sobre o recém-lançado A Origem das Espécies, em que o naturalista apresentava sua teoria da evolução, segundo a qual os seres passam por transformações para se adaptar ao meio em que vivem [microevolução] - o que viria a ensejar o raciocínio de que o homem evoluiu a partir do macaco [macroevolução]. Passado um século e meio, porém, cientistas descobriram que o bispo estava correto ao questionar Darwin. Não, não viemos dos macacos. Tudo sugere que a verdade é ainda mais desconcertante: foram os chimpanzés e os gorilas que evoluíram de um ser parecido conosco. A pergunta de Wilberforce, então, deveria ser outra, e endereçada não a um semelhante, mas a um chimpanzé como Caesar, protagonista do filme ‘Planeta dos Macacos - A Origem’: ‘Por qual lado o senhor, caro símio, descende dos homens?’

“A conclusão de que foi um hominídeo muito semelhante ao homem que deu origem aos símios atuais, como os chimpanzés e os gorilas, foi proposta há dois anos. Em outubro de 2009, um grupo de pesquisadores anunciou a descoberta do esqueleto de uma ancestral do Homo sapiens que viveu ha 4,4 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. O hominídeo da espécie Ardipithecus ramidus é uma fêmea de 1,20 metro e 50 quilos, cujos ossos foram escavados em 1994 na Etiópia. Só quinze anos depois o esqueleto, que ganhou o nome de Ardi, foi montado e apresentado ao publico. A surpresa é que Ardi, o exemplar completo mais próximo já descoberto do elo perdido [sic] que une a linhagem humana a dos símios, pouco se parece com o nosso [suposto] ancestral imaginado antes por biólogos e paleontólogos. Ela não vivia em arvores, não tinha braços compridos para se jogar de um galho a outro nem andava de cócoras pelo chão. Ardi era muito mais parecida com um humano do que com um macaco. [E é bom lembrar que os desenhas que a “macaquizam” são apenas isto: desenhos.]

“Ardi não tem os dentes superiores afiados como adagas, como as dos chimpanzés; eles são similares aos do homem. A base de seu crânio é curta e se apoia verticalmente sobre o topo da coluna, à maneira da de um hominídeo bípede - nos macacos, a cabeça fica à frente da espinha. Ela não tem focinho protuberante e sua face segue uma orientação vertical, similar à do rosto humano. Seu fêmur é adaptado para a caminhada sobre os dois pês. Os ossos superiores da pélvis são curtos e amplos - indicação de que seu centro de gravidade se dispunha de modo a que ela pudesse se apoiar em um pé a cada vez enquanto andava. Sua espinha é longa e capaz de se curvar, como ados humanos, e não curta e rígida, como a dos chimpanzés.

“Explica a Veja o paleoantropologista americano Tim White, professor da Universidade da Califórnia que liderou as escavações de Ardi e está à frente dos estudos que envolvem nossa ancestral [sic]: ‘Está claro para nós que ela tem mais características de hominídeos que de símios. E foi uma espécie parecida com a de Ardi que depois originou duas linhas de evolução, a do homem e a dos gorilas e chimpanzés. Nós preservamos essas características da nossa ancestral, enquanto a outra linhagem perdeu esses atributos e resultou nos símios.’ Eis uma imagem que deixaria o bispo Wilberforce ainda mais estupefato do que já ficara em 1860: a de nós, homens, como pais dos macacos.”

Nota: É uma reviravolta interessante que revela o acidentado caminho da hipótese da evolução humana (embora as hipóteses anteriores sempre tenham sido tratadas como “fato” pelos cientistas darwinistas e pela mídia secular). Em lugar de evoluir, os símios “involuíram” de um ancestral “parecido” com o ser humano moderno (que, para mim, era plenamente humano). Mas e onde estariam os precursores/ancestrais da Ardi? Esses estão no reino da ficção. O que os fatos (fósseis) estão dizendo é que o ser humano sempre foi humano e os macacos – a menos que se queira inventar a história de que “involuíram” dos humanos – sempre foram macacos. Os criacionistas sempre disseram isso.[MB]

Os Cientistas e a Bíblia


Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do ancião e perguntou:


- O senhor ainda acredita nesse livro cheio de fábulas e crendices?


- Sim, mas não é um livro de crendices. é a Palavra de Deus. Estou errado?


- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.


- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?


- Bem - respondeu o universitário -, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.


O senhor cuidadosamente abriu o bolso interno do paletó e deu um cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se pior que uma ameba. No cartão estava escrito:


"Professor Doutor Louis Pasteur, diretor geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França."


Colaboração: Davidson Deana


“O Universo, por si só, exige a existência de um ser superior que foi capaz de fazer dele uma realidade. Se não há um Deus Criador, então, fica difícil, senão impossível, explicar a existência da vida.” Guttfried Wilhelm Leibnitz