domingo, 1 de abril de 2012

criacionismo

O pior cego é o que não quer ver

[O artigo a seguir foi publicado na revista Scientific American. Meus comentários seguem entre colchetes; os trechos em bold também são meus. – MB] O olho humano é um órgão extremamente complexo; atua como uma câmera, coletando, focando luz e convertendo a luz em um sinal elétrico traduzido em imagens pelo cérebro. Mas, em vez de um filme fotográfico, o que existe aqui é uma retina altamente especializada que detecta e processa os sinais usando dezenas de tipos de neurônios. O olho humano é tão complexo que sua origem provoca discussão entre criacionistas e defensores do desenho inteligente [os darwinistas não discutem porque assumem a priori que a evolução é um fato; e na ausência de discussão a ciência não prospera], que o têm como exemplo básico do que chamam de complexidade irredutível: um sistema que não funciona na ausência de quaisquer de seus componentes e, portanto, não poderia ter evoluído naturalmente de uma forma mais primitiva [e existe isso, levando-se em conta que a forma mais “primitiva” já conta com células e toda a sua complexidade?]. Mesmo Charles Darwin admitiu em A origem das espécies, de 1859 – que detalha a teoria da evolução pela seleção natural –, que pode parecer absurdo pensar que a estrutura ocular se desenvolveu por seleção natural. No entanto, apesar da falta de evidências de formas intermediárias naquele momento, Darwin acreditava [fé sem evidências é uma evidência de que o modelo/hipótese se sobrepõe aos fatos] que o olho evoluíra dessa maneira.

Não foi fácil encontrar uma evidência direta para essa teoria. Embora pesquisadores que estudam a evolução do esqueleto possam documentar facilmente a metamorfose em registros fósseis [fazendo suas “escadinhas” evolutivas baseados na escolha intencional de fósseis que se encaixam em seus conceitos de macroevolução], estruturas de tecidos moles raramente fossilizam. E mesmo quando isso ocorre, os fósseis não preservam detalhes suficientes para determinar como as estruturas evoluíram. Ainda assim, recentemente biólogos fizeram avanços significativos no estudo da origem do olho, observando a formação em embriões em desenvolvimento [Haeckel redivivus?] e comparando a estrutura e os genes de várias espécies para determinar quando surgem os caracteres essenciais. Os resultados indicam que o tipo de olho comum entre os vertebrados se formou há menos de 100 milhões de anos, evoluindo de um simples sensor de luz [simples?] para ritmos circadianos e sazonais, há cerca de 600 milhões de anos, até chegar ao órgão sofisticado de hoje, em termos ópticos e neurológicos, há 500 milhões de anos. Mais de 150 anos após Darwin ter publicado sua teoria revolucionária, essas descobertas sepultam a tese da complexidade irredutível e apoiam a teoria da evolução [simples assim?]. Explicam ainda por que o olho, longe de ser uma peça de maquinaria criada à perfeição, exibe falhas evidentes – “cicatrizes” da evolução. A seleção natural não leva à perfeição; ela lida com o material disponível, às vezes, com efeitos estranhos. [Na verdade, muitas dessas “falhas” oculares já foram descartadas – confira. Além disso, se se partir da cosmovisão criacionista, eventuais defeitos no olho são fruto da “involução”, não resquícios da seleção natural. Criacionistas não esperam mesmo que a natureza em seu estado atual seja perfeita.] Clique aqui para continual a leitura...
 

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