O assunto proposto tem por finalidade esclarecer o verdadeiro motivo do
surgimento da Igreja Adventista do Sétimo dia – Movimento de Reforma.
Muitas e variadas explicações tem circulado nos vários meios de
comunicação sobre o surgimento de nossa igreja. Infelizmente a maior parte são
explicações que não refletem a realidade dos fatos. Algumas possuem certa
verdade, mas acabam sendo mescladas com o erro levando o sincero pesquisador a
ter uma ideia equivocada e errônea do surgimento desse movimento profetizado.
Neste artigo você saberá a verdade baseada em fatos históricos e
incontestáveis.
Antes de falarmos diretamente sobre o verdadeiro motivo do surgimento do
Movimento de Reforma, devemos voltar um pouco mais ao passado e mencionarmos
alguns fatos históricos que tiveram lugar na história da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. A igreja Adventista surgiu depois que alguns fiéis passaram por uma cruel e
amarga decepção em 1844. Deus abençoou aquelas poucas almas sinceras e a igreja
infante e frágil prosperou.
“Em 1861, foi eleita uma
comissão de nove ministros para estudar a Bíblia acerca da questão da ordem e
dos oficiais da igreja. Naquele mesmo ano, numa conferência de Battle Creek,
Michigan, recomendou-se que as igrejas fossem organizadas com o seguinte
concerto:
‘Nós os signatários, mediante
este nos associamos como igreja, adotando o nome de Adventistas do Sétimo Dia,
prometendo guardar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus Cristo.’” – Ema
E. Howell. O Grande Movimento Adventista pg. 58. Casa Publicadora Brasileira.
Segundo a história, neste mesmo ano, ou seja, em 1861, iniciou-se nos
Estados Unidos a guerra de secessão. Para mais informações sobre esta guerra,
clique no link abaixo:
Neste tempo, a recém-organizada
igreja, precisou se posicionar diante desse conflito que ceifou quase um milhão
de vidas americanas. Sobre isto lemos:
“Em 2 de agosto de 1864 os líderes adventistas dirigiram a seguinte
declaração às autoridades:
‘Nós, abaixo assinados, componentes da comissão executiva da conferência Geral dos Adventistas do
Sétimo Dia, submetemos respeitosamente à vossa consideração a seguinte
declaração:
‘A denominação dos cristãos chamados Adventistas do Sétimo Dia, tomando
a Bíblia como regra de fé e prática, são unanimemente de opinião que seus
ensinos contrastam com a prática de guerra; são pois, por motivo de consciência, contra o porte de
armas. Se existe qualquer parte na Bíblia que nós, como um povo, acentuamos
mais do que qualquer outro ponto de nossa crença, essa é a lei dos Dez
mandamentos, a qual consideramos a mais suprema lei, e aceitamos cada preceito
da mesma literal e absolutamente. O quarto mandamento dessa exige a cessação
de qualquer trabalho no sétimo dia da semana; o sexto proíbe tirar a
vida. Segundo nosso modo de ver nenhum desses mandamentos pode ser
observado no serviço militar. Nossa prática uniforme está intimamente
ligada a esses princípios. Por isso, nosso povo não se sentiu na liberdade de
alistar-se no serviço militar.” –
Francis M. Wilcox, Seventh-day Adventists in time of War (Os Adventistas do
Sétimo Dia em tempo de guerra), pág. 58.
Na história da Igreja Adventista, o período da guerra civil nos Estados
Unidos foi um dos períodos mais difíceis para a igreja. Quando o problema
atingiu a mesma, esta foi levada a tomar uma posição com respeito ao serviço
militar e à guerra. A posição tomada foi a que lemos acima. Eram, de forma
unânime, que seus ensinos não eram compatíveis com a guerra. A maioria tinha
este pensamento, era comum o pensar desta forma. Não somente não participariam
na guerra, mas a doutrina original adventista proibia também o porte de armas,
e os membros, como maioria, estavam decididos em cumpri-la. Ainda foi
esclarecido ao ministério da guerra, que se a igreja tomasse parte naquela
peleja, estaria se colocando contra os mandamentos de Deus, principalmente
contra o quarto e sexto mandamentos, que não podiam de forma alguma serem
observados no serviço militar. E Desta forma procedeu a Igreja Adventista como
povo. Deus sancionou esta sábia decisão da igreja, e
através da pena inspirada enviou a seu povo fiel a seguinte mensagem:
“Foi-me mostrado
que o povo de Deus, que é Seu tesouro peculiar, não pode empenhar-se
nesta guerra complicada, porque isto é contrário a cada princípio de sua fé. No
exército eles não podem obedecer à verdade e ao mesmo tempo obedecer às ordens
de seus superiores. Seria uma contínua violação da consciência. Os
homens mundanos são governados por princípios mundanos e não podem apreciar
quaisquer outros. A política mundana e a opinião pública inclui o princípio de
ação que os governa e que os leva a praticar uma aparência de retidão. O
povo de Deus, porém, não deve ser governado por estes motivos. As palavras
e ordens de Deus, escritas na alma, são espírito e vida. Nelas há poder para
subjugar e levar à obediência. Os dez preceitos de Jeová são o fundamento de
todas as leis justas e boas. Aqueles que amam os mandamentos de Deus
submeter-se-ão a toda boa lei na terra. Mas se as exigências dos governantes
são tais que entrem em conflito com as leis de Deus, a única questão a ser
resolvida é: Obedeceremos a Deus, ou ao homem?”. – Ellen G. White. Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pg. 361. Casa
Publicadora Brasileira.
Note a expressão: “Foi-me mostrado”.
Deus revelou a Ellen White que a posição da igreja Adventista durante a guerra
civil nos estados unidos não participando daquela peleja estava correta. Por que?
A profetiza mesmo dá o motivo: “Porque
isto” ou seja, a participação no
serviço militar, “é contrário a cada princípio de sua fé. No exército eles
não podem obedecer à verdade e ao mesmo tempo obedecer às ordens de seus superiores”. Ou melhor, a igreja Adventista tinha um
princípio segundo o qual era errado participar na guerra, alistar-se ou portar
armas. E qual é a posição que devemos tomar se as leis dos governantes
estiverem de choque com a lei de Deus? “Mas
se as exigências dos governantes são tais que entrem em conflito com as leis de
Deus, a única questão a ser resolvida é: Obedeceremos a Deus, ou ao homem?”.
The Review and Herald de 23 de maio de 1865, reafirma esta posição da
igreja com as seguintes palavras:
“Somos obrigados a recusar-nos a participar de todo ato de guerra
e derramamento de sangue”. – Relatório da terceira Assembléia Anual da Conferência
Geral dos adventistas – The Review and Herald, 23 de maio de 1865.
“O ser ‘não combatente’ foi nossa divisa. Tal foi nossa posição
como igreja. Para estabelecer esta posição retrocedemos até a época da guerra
civil, e assim nossos irmãos, depois de longo estudo e consideração,
assumiram essa atitude”. – Protocolo de Discussão com o Movimento
Opositor pg. 60 – Editora Missionária a Verdade Presente.
O livro “Protocolo da Discussão com o Movimento Opositor”, é o relatório
fiel do que foi falado em uma reunião que se deu em 1920 entre a
liderança da
igreja adventista e o chamado Movimento Opositor, que constitui hoje o
Movimento de Reforma. Quando surgiu a segunda guerra, de 1914 a 1918, os
reformistas não tiveram, mesmo pedindo, nenhuma oportunidade para uma
reunião
com a liderança da igreja Adventista. Esta oportunidade se deu apenas
dois anos
depois que a guerra terminou. Este livro é a ata da reunião e tudo o que
foi
falado durante a mesma. Nesta ata é reafirmada a posição que a igreja
tomou
durante a guerra civil americana de 1861 a 1865. A posição era que a
igreja não
tomava parte na guerra, e foi destacado também o fato de que esta
atitude foi
tomada pela igreja não de forma precipitada, mas depois de longo estudo
foi que a mesma assumiu esta posição. Agora, no livro que se segue, o
qual foi publicado pela
casa publicadora, encontramos mais uma vez que, como igreja, aos
Adventistas
realmente não portavam armas, consequentemente não saíam à guerra nem
serviam
ao exército e muito menos combatiam.
“... Adventistas do Sétimo Dia,... por motivo de consciência se
opõem ao porte de armas...”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 109 – Casa Publicadora
Brasileira.
Na citação do livro que se
segue, publicado também pela casa, mostra que a maioria da igreja Adventista em 1861 a 1865 se manteve firme pelo
direito, respeitando o “assim diz o
Senhor” e os princípios da igreja que estavam baseados nas Sagradas
Escrituras. Hoje infelizmente, a realidade que se vê na citada igreja é outra.
Existem por exemplo policiais que são membros da igreja e que portam armas. Mas
isto não está correto com a profissão de fé que a igreja possuía quando era ainda
fiel. No tempo da guerra americana, quando um jovem adventista era chamado para
prestar o serviço militar e lutar, era pago então 300 dólares para que o mesmo fosse
dispensado e não participasse de tal ato contrário à verdade e a sã doutrina.
Sobre isto lemos:
“Os adventistas do sétimo dia eram na maioria partidários do norte,
porque nossos pioneiros tinham vindo dos Estados de Nova Inglaterra. Mas a
despeito de suas simpatias, sentiam que o pegar em armas não estava de
acordo com sua profissão de fé. Alguns foram chamados, mas logo se tornou
possível arranjar substituto mediante o pagamento de 300 dólares”. – Ema E.
Howell. Grande Movimento Adventista pg. 151 – Casa Publicadora Brasileira.
Uma igreja é aceita por Deus
enquanto a maioria permanece fiel. Na guerra civil, lemos claramente que a
maioria da igreja tomou a posição de não-combatência.
“Quando a primeira lei de recrutamento foi promulgada, a 3 de março de
1863, fazia provisões para aqueles que
não quisessem obedecer à convocação. Poderiam
pagar 300 dólares e ser isentos do recrutamento. A maior parte
dos adventistas tomou esta direção até que a lei de recrutamento
foi mudada”. – H. Kramer. Os Adventistas
da Reforma pg. 108 – Casa Publicadora Brasileira.
“Assim procedeu a maioria dos adventistas,
não por falta de simpatia ou de coragem, mas porque não desejavam derramar
sangue inocente, mesmo que fosse em defesa de uma causa justa.
Muitas foram as orações sinceras que
ascenderam em favor da nação. Os dias 11
de fevereiro 1-4 de março de 1865, foram designados como dias de jejum e
oração. Poucas semanas depois desse tempo chegava a almejada notícia de que
a guerra terminara”. – Ema E. Howell.
Grande Movimento Adventista pg. 151
– Casa Publicadora Brasileira.
Pouquíssimos adventistas, sabem
ou conhecem como originou-se a primeira semana de oração, costume este seguido até
hoje pela igreja. Muitos defendem hoje a participação na guerra e continuam a frequentar
a semana de oração, e não se apercebem de que o que deu origem a esta programa
hoje oficial na igreja foi a posição que a mesma adotou de não participar em
guerras, não servir o exército, nem portar armas. E o pior de tudo é que muitos
não veem hoje o frisante contraste entre a posição que a igreja adotou em 1864
com a posição que adotou em 1914 a 1918, e as subsequentes guerras.
Sobre a semana de oração lemos:
“... conta-nos de uma ocasião que pode ser chamada a nossa primeira semana de oração. Foi durante a guerra
civil dos estados Unidos, quando muitos de nossos irmãos, cuja consciência não
lhes permitia pegar em armas, se encontraram em situação probante”. – Ema
E. Howell. Grande Movimento Adventista pg. 140 – Casa Publicadora Brasileira.
“Muitas foram as orações
sinceras que ascenderam em favor da nação. Os dias 11 de fevereiro e 1-4 de
março de 1865, foram designados como dias de jejum e oração. Poucas semanas
depois desse tempo chegava a almejada notícia de que a guerra terminara.” Ema E. Howell. Grande Movimento Adventista
pg. 152 – Casa Publicadora Brasileira.
A posição que a
igreja adotava também sobre a questão do alistamento era firme. Quando alguém
se alistava, a igreja o excluía de sua comunhão, ou do rol de membros. Assim
procedia a igreja de forma unânime. Que sábia posição! Neste período a igreja
era débil e defeituosa, mas não havia traído a Deus se colocando contra Sua
santa lei. Se alguém ousasse se posicionar contra os mandamentos de Deus, a
igreja então tomava as providências necessárias para que sua moral em face do
mundo não fosse deteriorada. O seguinte texto é bem claro:
“Como o
alistamento voluntário no serviço da guerra é contrário aos princípios de
fé e prática dos Adventistas do Sétimo Dia, conforme estão contidas nos
mandamentos de Deus e na fé de Jesus, eles não podem reter dentro de sua
comunhão aqueles que assim se alistam. Enoch Hayes foi,
portanto, excluído do quadro de membros da igreja de Batlle Creek
por um voto unânime da igreja, em 4 de março de 1865”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 112
– Casa Publicadora Brasileira.
É importante
notar que esta posição era baseada nos mandamentos de Deus e na fé de Jesus.
Segundo já lemos no exército não se
pode “obedecer à verdade e ao mesmo
tempo obedecer às ordens de seus superiores.” Os
mandamentos mais diretamente infringidos por parte de um soldado sem dúvida é o
quarto e o sexto. Tanto um como o outro é impossível de ser obedecido em um
campo de batalha. Por isso a decisão da igreja estava baseada nos mandamentos
de Deus.
Qual foi a decisão da igreja e da Conferência Geral no
Início e Durante a Guerra de 1914 – 1918 ?
Logo que eclodiu a
primeira guerra mundial, a União leste Alemã da igreja Adventista enviou ao
ministério da guerra a seguinte declaração:
“Mui ilustre Senhor General e
Ministro da Guerra: Sendo que frequentemente nosso ponto de vista concernente
ao nosso dever para com o governo, bem como nossa posição no serviço militar em
geral; e especialmente, sendo que nossa recusa de servir, em tempo de
paz, no sábado é considerada fanática, tomo, portanto a liberdade de
apresentar a Vossa Excelência, a seguir, os princípios dos Adventistas do
Sétimo Dia na Alemanha, especialmente agora, na presente situação de guerra.
“Conquanto permaneçamos nos
fundamentos das Sagradas Escrituras, e procuremos cumprir os preceitos do
Cristianismo, guardando o Dia de Repouso (Sábado) que Deus estabeleceu no
princípio, tentando pôr de lado todo trabalho nesse dia, todavia nestes tempos
de tensão, nos unimos em defesa da Pátria, e sob estas circunstãncias
também portaremos armas no sábado... além disso, pedimos
às igrejas fazer cultos de oração, rogando a Deus a
vitória das armas alemãs. – H. F. Schuberth (Presidente da União). –
H. Kramer. Os Adventistas da
Reforma pg. 26 – Casa Publicadora Brasileira. Obs: H. Kramer não cita a última
parte desta carta, onde a mesma pede que sejam feitos cultos de oração pedindo
a vitória da Alemanha nazista.
No texto citado pode-se ver claramente duas posições conflitantes: A
primeira, até então seguida pela igreja Adventista, o que a levou a ser
considerada fanática por parte do mundo, de que seus ensinos contrastavam com a
prática de guerra. E a segunda posição, que diante de tal crise, em uma guerra
com proporção mundial, a igreja se emprenharia naquela batalha sangrenta e
lutaria também durante as horas sagradas do santo sábado.
Quem pode deixar de perceber o contraste existente na posição assumida
pela igreja durante a guerra civil americana e a postura que ela adotou durante
a primeira guerra mundial? Em 1865 a igreja havia realizado cultos de oração
para que a guerra civil chegasse ao fim e o povo adventista fosse livre daquela
situação tão difícil, por não participarem em atos de derramamento de sangue.
Agora, no início da guerra mundial, os cultos de oração eram para pedir que a
Alemanha de Hitler vencesse aquele horrendo e terrível conflito.
Algumas pessoas, ao lerem
esta declaração, dizem tratar-se ela, de uma posição da União Alemã apenas e
não da conferência geral ou da igreja adventista mundial. Mas isto não é verdade.
A Associação Geral da igreja adventista estava a par do que estava ocorrendo na
Europa, e tomou a mesma decisão que a União Alemã havia tomado em dar liberdade
aos membros para se portarem naquela questão segundo a consciência de cada um,
sem que a igreja interferisse ou disciplinasse os combatentes. Sobre isto
podemos ler claramente:
“Trata-se
da resolução III da Associação de Hessen, que diz o seguinte:
‘Os
delegados da Associação de Hessen compartilham da norma bíblica da direção da
obra referente ao serviço militar do tempo de paz e de guerra como exigência
própria do governo, para o qual está autorizada a potestade superior,
instituída por Deus, segundo I Pedro 2:13 e 14 e Romanos 13:4, 5.
‘Esta posição também concorda com a comissão executiva da Associação Geral, que declarou em sua sessão de novembro de
1915, ao ser interrogada pelos irmãos dirigentes desse país, seu ponto de
vista nesse sentido: que deixava ampla liberdade aos diferentes
países da Terra de adaptar-se no futuro, como até agora, às respectivas
determinações legais nesta questão civil’”. – Protocolo de Discussão
com o Movimento Opositor pgs. 21 e 22 – Editora Missionária a Verdade Presente.
A apostasia da Igreja Adventista naquele tempo fora
traçada cuidadosamente pela pena inspirada com minuciosos detalhes. No texto
que se segue, você pode notar a exatidão de como a profetiza predisse a crise
que a igreja enfrentaria e a desculpa que a mesma usaria, tentando respaldar o
erro da igreja no que está escrito, exatamente como fez satanás quando citou as
escrituras a Jesus para tentar levá-lo ao pecado. A irmã White escreveu:
“Há perante nós a perspectiva de uma luta
contínua, com risco de prisão, perda de propriedade, e da própria vida, para
defender a lei de Deus, que é anulada pelas leis dos homens.
Nesta situação, os planos de ação mundanos instarão em que se condescenda
exteriormente com as leis do país, por amor da paz e harmonia. E alguns há que
mesmo instarão com esse procedimento baseando-se na passagem: ‘Toda a alma
esteja sujeita às potestades superiores... As potestades que
há foram ordenadas por Deus’. Rom. 13:1”.
– Ellen G. White – Testemunhos Seletos vol. 2, pg. 319 – Casa Publicadora Brasileira.
Nesta passagem a profecia colocou a lei de Deus de
um lado e as leis do país de outro, e diz que “os planos de ação mundanos instarão em que se condescenda exteriormente
com as leis do país”. E pintando cenas do
futuro, a inspiração menciona ainda que alguns usariam passagens das escrituras
para tentarem defender seus pontos de vista, ainda que errados. É fácil ver que
esta profecia cumpriu-se na primeira guerra mundial, quando a igreja Adventista
tomou a nova posição de ser combatente e procurou citar passagens das
escrituras que diziam que devemos nos sujeitar as leis dos governantes, como
lemos no Protocolo páginas 21 e 22. A liderança da Igreja Adventista esquecera-se
que “mais importa obedecer a Deus do que
aos homens” (Atos 5:29).
“Os dez preceitos de Jeová são o fundamento de todas as leis justas e
boas. Aqueles que amam os mandamentos de Deus submeter-se-ão a toda boa lei na
terra. Mas se as exigências dos governantes são tais que entrem em conflito
com as leis de Deus, a única questão a ser resolvida é: Obedeceremos a Deus, ou
ao homem?”. – Ellen G. White.
Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pg. 361. Casa Publicadora Brasileira.
As palavras seguintes são também do presidente da
associação geral Adventista, o que mostra que, a igreja, como maioria, tinha
consciência do que fora feito. Eles sabiam que muitos na guerra tinham portado
armas e haviam combatido. Infelizmente a igreja nunca assumiu este grave pecado
e nunca se arrependeu do mesmo.
“Logo”, disse o presidente mundial Adventista, “houve irmãos que foram mais longe, portavam as armas e realizaram todos os exercícios militares e
todos os exercícios do acampamento que podiam, mas disseram aos oficiais que
eram não combatentes e que não podiam ir à frente da batalha. Já expusemos
todas as ideias e os diversos passos do conceito de ‘não combatente’’. Logo houve alguns irmãos que tinham o
espírito de amor a pátria e foram ao ‘fronte’ chegaram à Inglaterra e à
França, foram às trincheiras e não
sei o que fizeram lá. Mas prestaram o
serviço e voltaram quando se assinou o armistício”. – Protocolo de Discussão
com o Movimento Opositor pg. 62 – Editora Missionária a Verdade Presente.
O contraste entre a posição que a igreja assumiu
durante a primeira grande guerra e a que a igreja manteve durante a guerra
civil americana é muito grande. Por mais que no passado líderes adventistas
quiseram amenizar este contraste a história permanece para destaca-lo. O
próprio Kramer, ao analisar os fatos incontestáveis, escreveu:
“Esta postura” (exercida pela igreja
durante a primeira guerra mundial) “em
relação ao serviço de combatente, bem como ao dever no sábado, estava claramente
em oposição à atitude tomada pelos adventistas durante a Guerra
Civil nos Estados Unidos”. – H.
Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 27 – Casa Publicadora Brasileira.
Deus de antemão
havia advertido a igreja deste perigo, ou seja, de reconhecer as leis dos
homens acima de Sua Santa e imutável lei:
“Na época atual, a Igreja precisa vestir suas
belas vestes - "Cristo, justiça nossa". Há distinções claras e precisas a serem restauradas e expostas ao
mundo, exaltando-se acima de tudo os
mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em
seu brilho natural, em contraste com a deformidade e trevas dos que são
desleais, daqueles que se revoltam contra a lei de Deus. Assim reconhecem a Deus, e a Sua lei - fundamento de Seu governo no
Céu e em todos os Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser conservada
distinta e clara perante o mundo; e
não ser reconhecida lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová.
Se, em desafio às disposições divinas, for
permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus
será frustrado. Se a Igreja vacilar aqui, por mais enganador que seja o
pretexto apresentado para tal, contra ela haverá, registrada nos livros do
Céu, uma quebra da mais sagrada confiança, uma traição ao reino de Cristo.”
Ellen G. White. Testemunhos para Ministros pgs. 16 e 17 – Casa Publicadora
Brasileira.
Ellen White
escreveu também:
“Nenhuma
mudança deverá efetuar-se nos traços gerais de nossa obra. Deve
permanecer clara e distinta como foi criada pela profecia. Não nos compete
entrar em aliança com o mundo, supondo com isso poder levar a melhor. Se alguém
cruzar o caminho a fim de embaraçar o passo à obra nas linhas que Deus lhes
traçou, incorrerá no desagrado Divino”.
– Ellen
G. White. Testemunhos Seletos vol. 2, pg. 372 – Casa Publicadora
Brasileira.
Contrariando ou
ignorando advertências tão claras, a liderança Adventista, porém, agiu durante
a guerra de 1914 a 1918 de uma forma totalmente contrária como expressada por
H. Kramer. Era uma decisão que “estava claramente
em oposição à atitude tomada pelos adventistas durante a Guerra
Civil nos Estados Unidos”.
Mas o erro da
igreja não foi apenas ter tomando uma posição que estava contrária aos
mandamentos de Deus. Ela foi mais longe. O líder mundial da igreja Adventista
disse:
“Não víamos necessidade de ir à guerra. Deploramos a guerra e somos
contrários a ela. Devemos, no entanto, conceder a cada cidadão o privilégio de
adotar uma atitude que esteja de acordo
com sua consciência em relação ao governo. Nem uma dessas pessoas
foi excluída de nossa igreja”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pgs. 62 e 63 – Editora
Missionária a Verdade Presente.
“... a Associação Geral Adventista, depois
de declarar que os membros deveriam ser não-combatentes, não condenou nem
excluiu aqueles que não viram o assunto sob a mesma luz durante a
Primeira guerra Mundial”. – H.
Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 35 – Casa Publicadora Brasileira.
Neste caso, a igreja Adventista como um
corpo, assumiu toda transgressão e culpa de seus membros no horrendo
derramamento de sangue. E o pior, muitos adventistas haviam derramado sangue de
seus próprios irmãos nas trincheiras adversárias. Todo este pecado assumira a
igreja ao não tratar com os transgressores.
“E quando
alguma pessoa pecar, ouvindo uma voz de blasfêmia, de que for testemunha, seja
porque viu, ou porque soube, se o não denunciar, então levará a sua iniqüidade.” Levítico 5:1.
“Não
odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e
por causa dele não sofrerás pecado.” Levítico 19:17.
“Ele quer
ensinar a Seu povo que a desobediência e o pecado são excessivamente ofensivos
a Seus olhos, e não devem ser considerados levemente. Ele nos mostra que,
quando Seu povo se encontra em pecado, devem-se tomar imediatamente medidas
positivas para tirar esse pecado do meio deles, a fim de que Seu
desagrado não fique sobre todos”.
“Se, porém, os pecados do povo são
passados por alto por aqueles que se acham em posições de responsabilidade, o
desagrado de Deus estará sobre eles, e Seu povo, como um corpo, será
responsável por esses pecados. No trato do Senhor com Seu povo no passado, Ele
mostra a necessidade de purificar a igreja de erros”. – Ellen G. White. Testemunhos Seletos vol. 1, pg. 334.
Casa Publicadora Brasileira.
A igreja havia
traído seu Senhor e se tornara culpada por reconhecer a lei dos homens acima da
lei de Deus.
O presidente Adventista
ainda disse:
“Embora não tenhamos limites definidos e
normas precisas com referência à posição a respeito do governo, deve deixar-se
a cada um agir segundo o ditame de sua própria consciência. Os
irmãos da América do Norte representam o mesmo ponto de
vista, moderado e tolerante, tal como o aceitaram nossos irmãos da Europa.
Temos seguido o mesmo proceder de nossos irmãos da Inglaterra, da
França e de outros países”. – Protocolo de Discussão com o Movimento
Opositor pg. 64 – Editora Missionária a Verdade Presente.
Perceba nesta
passagem que a posição da igreja Adventista
não foi local, apenas na Alemanha como alguns dizem, mas mundial. Na América do
norte, na Inglaterra, França e outros países que foram envolvidos no conflito,
a decisão da igreja foi que ela dava liberdade para que cada um agisse “segundo o ditame de sua própria consciência.”
A questão de
liberdade de consciência era umas das fracas desculpas na qual a igreja parecia
estar fundamentada. Este ponto foi destacado repetidas vezes pela liderança
adventista como se pode notar nos textos a seguir:
“Não víamos necessidade de ir à guerra. Deploramos a guerra e somos
contrários a ela. Devemos, no entanto, conceder
a cada cidadão o privilégio de adotar uma atitude que esteja de acordo com sua consciência em relação ao
governo. Nem uma dessas pessoas foi excluída de nossa
igreja”. – Protocolo de Discussão
com o Movimento Opositor pgs. 62 e 63 – Editora Missionária a Verdade Presente.
“Adotamos essa resolução, a saber: que cada
qual devia agir na questão de acordo com sua consciência”. – Idem pg. 61.
“O líder adventista então declarou que, a
determinação final quanto ao que era certo e ao que era errado, deveria ser deixada
com a consciência individual do membro”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 37 – Casa Publicadora
Brasileira.
Esta decisão é ainda hoje mantida pela
igreja:
“Concedemos a cada um de nossos membros da
igreja a liberdade para servir seu país, em todos os tempos e em todos os
lugares, de acordo com os ditames de sua consciência e convicção pessoal”. – Revista Adventista 1959. Casa Publicadora
Brasileira.
Precisamos esclarecer alguns fatos ligados a
esta questão:
1º – O Movimento de Reforma sempre acreditou
na liberdade de consciência. Ninguém deve ser forçado a realizar nada do que
não queira. De fato, todos podem escolher a quem irá servir (Josué 24:15). No
entanto, a igreja não deve ser cumplice de escolhas erradas. Lúcifer tinha
escolha, mas desde que se tornou Satanás, não pode mais permanecer no Céu. Será
que Deus neste caso não levou em conta a liberdade de consciência? Se a liberdade de consciência existe a ponto
de alguém quebrar a lei de Deus e ficar impune, perguntamos: Por que bilhões de
seres humanos irão para o inferno se cada um está livre para quebrar a lei de
Deus? Lembremos: todo ato tem uma consequência, ou para o bem ou para o mal.
Os irmãos excluídos durante a primeira guerra
mundial compreendiam bem esta questão. No entanto, havia um detalhe que a igreja
Adventista estava ignorando. Nossa posição como igreja foi sempre esta no que
se refere à liberdade de consciência:
“Concedemos
a cada qual liberdade de consciência. Também no Céu ela existe. Mas nenhuma
liberdade de consciência que derribe os princípios da lei de Deus. Verificamos
agora que os irmãos na América do Norte levaram a liberdade de consciência
ao ponto de tocar a lei de Deus.”– Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg. 90 – Editora
Missionária a Verdade Presente.
Estas palavras, ditas por um dos
representantes dos irmãos excluídos mostraram a verdade sobre esta questão de
liberdade de consciência. Esta posição é apoiada por Deus! O Espírito de
Profecia é claro:
“Fossem os homens livres para se
apartar das reivindicações do Senhor e estabelecer uma norma de
dever para si mesmos, e haveria uma variedade de normas para se
adaptarem aos vários espíritos, e o governo seria tirado das mãos de Deus”. – Ellen G. White. Maior Discurso de Cristo,
pg. 51. Casa Publicadora Brasileira.
A estratégia adotada pela igreja Adventista
em dar liberdade para que seus membros transgredissem a lei de Deus refletia
uma estratégia antiga já adotada nas cortes celestiais:
“Visto serem de natureza santa, insistia em
que os anjos obedecessem aos ditames de sua própria vontade.
Procurou arregimentar as simpatias em seu favor, propalando que Deus os tratara
injustamente ao conferir honra suprema a Cristo. Alegava que, anelando maior
poder e honra, não pretendia a exaltação própria, mas procurava conseguir liberdade
para todos os habitantes do Céu, a fim de por esse meio poderem
alcançar condição mais elevada de existência”. – Ellen G. White. O Grande
Conflito, pg 498. Casa Publicadora Brasileira.
Este mesmo
método de trabalho Satanás havia implantado na igreja Adventista:
“O mesmo espírito que produziu a rebelião no
Céu, ainda inspira a rebelião na Terra. Satanás tem continuado, com os
homens, o mesmo estratagema que adotou em relação aos anjos.
Seu espírito ora reina nos filhos da desobediência. Semelhantes a ele,
procuram romper com as restrições da lei de Deus, prometendo liberdade aos
homens por meio da transgressão dos preceitos da mesma”. – Ellen G.
White. O Grande Conflito, pg 503. Casa Publicadora Brasileira.
2º – A pergunta que não quer calar: Se a
igreja Adventista frisava tanto a questão da liberdade de consciência, se a
mesma servia a seus desígnios e propósitos para com os governos, se estavam
sendo misericordiosos com os transgressores baseados nesta questão,
perguntamos: Por que não houve liberdade
de consciência para aqueles que não apoiaram e não participaram da guerra? Porque
estas pessoas foram excluídas da igreja Adventista? Por que a liberdade de
consciência servia apenas para os transgressores?
Onde ficou a
desculpa esfarrapada da liberdade de consciência diante desse fato?
A liberdade de
consciência, defendida pela igreja, era, portanto, uma farsa diabólica. O diabo
levou a igreja a defender a liberdade de consciência sem perceber que estava
sendo despótica com os fiéis, não dando a eles, a estas pessoas sinceras, a
liberdade de consciência em não pegar em armas ou em não apoiar a defesa da
pátria e mesmo assim permanecerem como membros da igreja.
Neste caso, a
igreja multiplicou sua transgressão em não apenas excluir, mas perseguir os
sinceros que, por motivo de consciência, não participaram na guerra! Como
organização a igreja cometeu o mesmo pecado de Saulo em perseguir o próprio
Salvador na pessoa de seus seguidores (Atos 9:1-5).
“E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade
vos digo que quando o fizestes a um
destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Mateus 25:40.
Os fiéis
estavam cientes desse fato. E podiam contar com a presença de Seu Salvador. A
história do passado estava repetindo-se:
“Os que não ousaram privar os outros da luz
que Deus lhes dera, foram excluídos das
igrejas; mas Jesus estava com eles, e estavam alegres ante a luz de Seu
semblante”. – Ellen G. White. Primeiros Escritos pg. 237 – Casa Publicadora
Brasileira.
Posição do Movimento Opositor (Reformistas) Sobre a
Guerra
A posição que os 2% ou o Movimento Opositor defendia
não era nenhuma teoria nova. Acreditavam na posição que a igreja Adventista
havia tomado quando ainda não tinha abandonado a lei de Deus, quando a igreja
ainda era fiel. Estudamos em um tópico passado que a igreja, quando ainda fiel,
acreditava que um jovem cristão não devia ir á guerra. Esta posição ela assumiu
precisamente em 1864. Cinqüenta anos depois, ou seja, em 1914, a igreja
abandona esta posição, como foi profetizado pela pena inspirada, e se torna
combatente, perseguindo aqueles que ainda permaneciam sobre a plataforma da
verdade não participando assim em questões políticas ou em guerra. Estes fiéis,
que eram contra a participação na guerra, eram os verdadeiros adventistas, e
seu ensino sobre a questão da guerra era:
“Cremos
que para seguir Jesus neste tempo, segundo as escrituras e os testemunhos, não
podemos ir à guerra”. – Protocolo de Discussão com o Movimento
Opositor pg. 90 – Editora Missionária a Verdade Presente.
Ao contrario desta posição, o presidente Adventista
disse:
“Cremos que
os pontos de vista que defendeis são totalmente errôneos”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pg.
93 – Editora Missionária a Verdade Presente.
O ponto de vista que a direção da Igreja Adventista
considerava errôneo era que não podemos ir à guerra. Mas, se esta posição era
errônea, como disse o presidente mundial adventista, devemos entender então que
a posição que a igreja assumiu na guerra americana de 1861 a 1865, também
estava errada, e que a irmã White errou também quando apoiou, inspirada, a
posição que a igreja assumiu naquele tempo. Mas isto seria impossível. Na
verdade, foi em 1914 a 1918 que a Igreja tomou posição errada e contraria aos
seus próprios princípios.
Os que
Permaneceram Fiéis Foram Excluídos da Igreja
Até aqui,
mencionamos que os que permaneceram fiéis aos princípios originais da Igreja
Adventista foram excluídos da igreja. Por motivos didáticos não apresentamos muitas
provas escritas desta afirmação, agora, porém, isto se faz muito necessário.
Abaixo aliamos cópias de jornais e livros, alguns inclusive publicados pela
própria casa publicadora, que nos provam e mostram a veracidade do que até aqui
temos afirmado. São usadas expressões referentes aos 2% como sendo eles expulsos da igreja Adventista, excluídos, desligados, até mesmo usam a expressão: excomungados. Na cópia do jornal abaixo aparece a entrevista de um
adventista. Relatando a separação do Movimento de Reforma da Igreja Adventista,
ele disse:
“Jornal de Dresden, Alemanha.
(12 de Abril de 1918).
“No começo da guerra
dividiu-se nossa igreja em dois partidos. Noventa e oito por cento de
nossos membros chegaram, pelo estudo da Bíblia, à convicção de que a
consciência manda defender a pátria com armas também no sábado. Esta
opinião, apoiada por todos os membros da diretoria, foi imediatamente
comunicada ao ministério da guerra. Dois por cento, porém, não
concordaram com esta decisão, sendo por fim excluídos por motivo
de seu comportamento indigno de um cristão. Estes elementos insóbrios se
fizeram pregadores, procurando propagar suas idéias loucas, porém com pouco
sucesso. Chamam-se falsamente pregadores e adventistas, quando não os são; são
enganadores. Quem a tais elementos dispensar o tratamento que merecem nos fará
verdadeiramente um favor. Nossa diretoria empregou até hoje o dinheiro
supérfluo no empréstimo de
guerra, e isto na firme esperança
de que a Alemanha saia vitoriosa desta luta medonha. Por toda parte nossos
membros estão prestando sua ajuda no
cumprimento de seu dever de prover os meios necessários à pátria. Os homens adventistas estão todos
praticamente no campo ou no serviço militar, cumprindo fielmente seus
deveres e, como reconhecimento da parte da pátria esperam tratamento justo e
eqüitativo’. Dresdner Neueste Nachrichten, 12 de
abril de 1918)”.
Excluir os fiéis e chegar utilizar
dinheiro sagrado na guerra... Não existem palavras para demonstrar tamanho
abandono da verdade!
“Jornal de Stuttgart, Alemanha. (26 de
setembro de 1918):
‘Ao princípio da guerra
havia alguns membros, como também os há noutros lugares, os quais não queriam
participar do serviço de guerra, já por sua falta de união, já por fanatismo.
Este começaram a espalhar seus escrúpulos na congregação, verbalmente ou por
escrito, visando outros a fazer o mesmo. Foram exortados pela igreja, porém,
devido à sua obstinação, tiveram que ser expulsos, pois que se
tornaram uma ameaça à paz interna e externa’. – Stuttgarter Neues Tageblatt, 26
de setembro de 1918”.
“Artigo em Jornal católico:
‘Em 1914, foram excluídos
dois por cento dos membros da igreja adventista alemã porque a
participação em serviço militar e no sábado, não pode reconciliar-se com a doutrina
adventista’. Paulinus, 9 de março de 1953”.
“Quando na Alemanha se fez a decisão contra os mandamentos de Deus, excluindo
vários irmãos da igreja, por motivo de sua consciência, e o fato de que
repetidas vezes convocamos reuniões para discutir esses importantes assuntos
comprova que temos seguido a ordem bíblica e que, como povo, ficamos
justificados diante de Deus e da igreja”. – Protocolo de Discussão com o Movimento Opositor pgs. 62 e 63 – Editora
Missionária a Verdade Presente.
“É de interesse notar que ele (Doerschler)
foi a própria pessoa escolhida para representar os membros que foram
desligados da comunhão da igreja diante dos irmãos da Associação Geral
em 1920”. – H. Kramer. Os Adventistas
da Reforma pg. 30 – Casa Publicadora Brasileira.
“Esta situação levou a direção da igreja a
reagir com outras ações incorretas, separando da igreja os
protestadores sem o devido procedimento”. – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 28 – Casa Publicadora
Brasileira.
“Sendo que naquele tempo os excomungados não se tinham
organizado...”. – H. Kramer. Os Adventistas
da Reforma pg. 29 – Casa Publicadora Brasileira.
Referindo-se,
no entanto, ao que participaram do terrível derramamento de sangue, foi dito o
presidente Adventista enfatizou:
“... nem
uma dessas pessoas foi excluída de
nossa igreja”. – Protocolo de
Discussão com o Movimento Opositor pg. 63 – Editora Missionária a Verdade
Presente.
“Não
excluiu nem condenou aqueles” (os combatentes ou quem os apoiava) “que não viram o assunto sobre a mesma
luz”. – H. Kramer. Os Adventistas
da Reforma pg. 29 – Casa Publicadora Brasileira.
Mesmo depois de terem sido injustamente
excluídos, os reformistas tentaram todos os meios possíveis para permanecerem
na igreja Adventista, pois que amavam a igreja apesar de suas falhas. Não
estavam, porém, dispostos a quebrar princípios em face desse desejo ou de seus
sentimentos. A história estava repetindo-se novamente:
“Para assegurar a paz e a
unidade, estavam prontos a fazer qualquer concessão coerente com a fidelidade
para com Deus, mas acharam que mesmo a paz seria comprada demasiado caro com
sacrifícios dos princípios. Se a unidade só se pudesse conseguir
comprometendo a verdade e a justiça, seria preferível que prevalecessem as
diferenças e as conseqüentes lutas”. – Ellen G. White. O Grande
Conflito pg. 43 – Casa Publicadora Brasileira.
Todas as tentativas, no entanto, foram anuladas
pela liderança Adventista, como você poderá constatar no seguinte link:
O
resultado foi que “depois de malfadados
esforços para reconciliação com a igreja adventistas em 1920 e 1922, os
reformistas saíram para levar sua mensagem ao mundo. Organizaram uma Associação
geral em 1925.” – H. Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 45 –
Casa Publicadora Brasileira.
Qual é a Decisão Adotada Hoje Pelos A. S. D. Com
Respeito à Guerra?
Já ouvi algumas pessoas assumirem que a Igreja
realmente errou em 1914 quando deu liberdade para que seus membros
participassem na guerra, mas acreditam que o erro que a igreja cometeu não
voltou a repetir-se nos subsequentes anos de sua história. Mas isso
infelizmente não é verdade. O erro cometido pela igreja Adventista em 1914 a
1918 repetiu-se em todas as demais guerras. E mesmo depois que a primeira
guerra terminou, a igreja pôde, com tranquilidade, analisar onde ela falhou.
Contudo, porém, nenhuma mudança pôde ser notada na decisão da igreja em anos
posteriores, nem arrependimento sincero. Ao contrário disto, a igreja continuou
defendendo a liberdade de consciência na participação na guerra, o que
evidencia que não ouve mudança nem decisão contraria daquela que foi adotada em
1914 a 1918. Os documentos abaixo atestam esta verdade:
“O Conselho da divisão Européia anunciou a
seguinte resolução tomada em Gland, Suíça, em 2 de Janeiro de 1923:
‘Concedemos a cada membro de nossa igreja absoluta
liberdade para servir à sua pátria em todos os tempos e em todos
os lugares, de acordo com os ditames de suas convicções pessoais’.
HR 6/3/1924. (Seventh-day Adventists
in time of War, págs. 346, 347)”.
“Conquanto a declaração de Gland
especificasse os motivos para a posição Adventista do Sétimo Dia, também
reconhecia que cada membro da igreja possuía liberdade absoluta para servir
o seu país, em todos os tempos e em todos os lugares, de acordo com
os ditames de sua conscienciosa convicção pessoal”. – Ligth Bearers to the Remnant, págs. 424 e
425. – H. Kramer. Os Adventistas
da Reforma pg. 15 – Casa Publicadora Brasileira.
Como se pode notar, mudança nenhuma ocorreu.
A decisão da igreja continuou sendo a mesma. Contrariando as raízes da fé Adventista,
encontramos declarações como as que se seguem:
“A
igreja não toma hoje nenhuma medida disciplinar para os
membros que se alistam.” – H.
Kramer. Os Adventistas da Reforma pg. 116 – Casa Publicadora Brasileira.
Que grotesca contradição se
compararmos a declaração acima com a posição que a igreja adotou durante a
guerra civil americana.
“Embora nosso ideal para os jovens adventistas na guerra seja a
não-combatência, não tomamos posição dogmática a esse respeito. Por isso não
excluímos o jovem que não ingressa nas forças armadas como
não-combatente. Longe disso. Nós o acompanhamos com nossas orações”. The Review and herald, 28 de fevereiro de
1963.
A história de que é possível servir no exército ou nas forças armas
como não-combatente funciona para 10 em cada 100 adventistas. A maior parte dos
adventistas que servem às forças armadas é combatente portando armas. Alguns
inclusive, voluntariamente, escolheram estar ali. E a igreja, ao contrário de
desencorajá-los e reprová-los, os incentiva na prática do serviço militar. Veja
por exemplo, a reportagem abaixo:
“Milhares de jovens adventistas do sétimo dia são
convocados para as forças militares de seus países através desses processos
compulsórios. Como cidadãos leais, eles atendem de bom grado,
posto que às vezes de modo apreensivo, quando chamados para prestar suas obrigações
militares. Reconhecem que as responsabilidades de cidadania devem recair
igualmente sobre todos que obtêm benefício do governo civil... Caso o plano de
Deus para nossa vida inclua o serviço militar, não existe para nós nesse mundo
lugar melhor ou mais seguro do que esse. Há benefício nele... se o plano de
Deus para vossa vida vos conduzir através da vereda do serviço militar
obrigatório, podeis ir alegremente, confiando no Senhor. Começai a olhar
para o que há de melhor nisso”. – Revista Adventista pg. 6.
“Entre as forças aliadas”.-
“O departamento de
defesa estima que, 05% de toda a tropa militar dos Estados Unidos são
Adventistas do Sétimo Dia. Baseado nesse índice a Conferência Geral Ministerial Adventista acredita que entre
2.000 a 2.500 dos 500.000 membros da tropa americana na guerra do Golfo eram
adventistas. É claro que os Estados Unidos tem suas forças armadas compostas completamente
por voluntários. Logo esses adventistas quiseram juntar-se ao
exército americano. É possível se voluntariar para postos fora da linha de
combate, como por exemplo, na área da saúde, mas existe uma longa lista de
espera para esses cargos. Por outro lado, os voluntários dispostos a servir em
combate recebem bônus em dinheiro que às vezes chegam a 9.000 dólares. Um
ministro militar adventista estima que 90% dos adventistas do exército
americano – incluindo aqueles no Golfo – são combatentes portando
armas”. – Jornal da associação dos
Fóruns adventistas.” SPECTRUM – Jornal dos Fóruns Adventistas.
Como notamos, a igreja Adventista jamais se arrependeu do grande pecado
que cometeu quando se colocou contra a lei de Deus apoiando os combatentes e
perseguindo os fiéis. O pecado cometido em 1914 a 1918, tornou a repetir-se também
na segunda guerra mundial como nas demais guerras. Na guerra do Iraque, por
exemplo, cerca de 2.000 adventistas estavam empenhados como combatentes.
Enquanto a história da padiola funcione para uma minoria, a maioria, contudo,
são patriotas utilizando armas também no sábado. Muitos adventistas sabem que
alguns de seus membros vão para as forças armadas como enfermeiros, mas poucos
sabem que a maioria dos adventistas serve a pátria com armas, prontos a morrer
ou matar.
Oramos ao nosso eterno Deus que
dê aos membros da igreja Adventista olhos para ver. Não podemos forças ninguém
a tomar o caminho correto. Nosso trabalho deve ser o de esclarecer e orientar. “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”.
Quem Ficou
Representando a Igreja Verdadeira?
O Espírito de
Profecia também deixa claro ao mencionar qual das duas organizações ficou
representando a igreja verdadeira. No texto abaixo lemos que os que estavam
dispostos e empunhar armas de guerra é que sairiam da igreja. Ellen White
também se coloca entre os 2% que não participaram na guerra e permaneceram
defendendo a doutrina original adventista. Ao mencionar os que estavam
dispostos e empunhar armas da peleja ou de guerra, ela diz: “sairão
de nós”.
“À medida que aumentam as provações ao nosso
redor, ver-se-á em nossas fileiras tanto separação com unidade. Muitos que estão dispostos a empunhar as
armas da peleja,(do inglês : “ready
to take up weapons of warfare: “dispostos a pegar em armas de guerra”) em
tempo de real perigo tornarão manifesto que não edificaram sobre a sólida
rocha; eles cederão à tentação. Os
que tiveram grande luz e preciosos privilégios, mas não os aproveitaram, sairão
de nós, sob um pretexto ou outro. Não tendo recebido o amor da verdade,
serão apanhados nos embustes do inimigo;
darão ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, e apostatarão
da fé”. – Ellen G. White. Meditações Matinais de 1977 pg. 200 –
Casa Publicadora Brasileira.
Outra profecia
que se cumpriu durante a primeira grande guerra foi esta:
“Muitos que são agora só meio convertidos
quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não
mais andar com ele”. – Ellen G. White. Conselhos sobre o Regime
Alimentar pg. 382 – Casa Publicadora Brasileira.
Apostatar da fé
significa abandonar o que antes se acreditava. Isto fez a igreja Adventista
quando abandonou a antiga posição de não participação na guerra ou no serviço
militar.
Cremos que se cumpriu
então a seguinte profecia:
“Ele (Deus) retirará Seu
Espírito Santo da igreja (Adventista) e o dará a outros.” The Review and herald, 16 de
julho1895.
Esta é a verdade dos fatos
querido amigo. Deus com certeza tocou em seu coração para que você estivesse
lendo este artigo neste momento. O Movimento de Reforma não é fruto da
ideologia humana. Não surgiu baseado em desejos separatistas. Não surgiu por
que algumas pessoas desacreditaram da fé Adventista, ao contrário, surgiu por
que 2% da igreja Adventista a defendeu. Não surgiu devido às visões de Wieck.
Aliás, este homem é citado por alguns com o objetivo de ofuscar a verdade sobre
o Movimento de Reforma. Porém, quando Daniells colocou diante de representantes
do Movimento Opositor alguns documentos de autoria desse homem dizendo: “Estes aqui são os documentos que nos foram
entregues pelo irmão Conrad. Eles devem demonstrar em que consiste este
Movimento... O primeiro documento é de Wieck.” A resposta clara e
satisfatória foi: “Ele não pertenceu a
este movimento. Tenho (E.Dorscheler) tido o privilégio de pertencer a este
Movimento desde o início.”
Por isso, deixe de buscar água
em cisternas rotas. Deixe de dar ouvidos a boatos infundados e não
escriturísticos e venha se regozijar conosco na verdade. Deixe o Espírito Santo
trabalhar em seu coração através destas evidencias.
Deixo a você um apelo da palavra de Deus:
“Quero dirigir estas linhas aos que tem tido luz, aos que tem tido
privilégios, aos que tem recebido advertências e apelos, mas não tem feito
decidido esforço para entregar-se completamente a Deus. Desejo advertir-vos
para que tenhais receio de pecar contra o Espírito Santo, ficando entregues aos
vossos próprios caminhos, caindo em letargia moral e nunca mais obtendo perdão.
Porque consentiríeis em continuar sendo educados na escola de Satanás e seguir
uma linha de procedimento que torne impossível o arrependimento e a reforma?
Por que resistir às propostas da misericórdia? Por que dizer: ‘Deixem-me em
paz’, até que Deus seja compelido a satisfazer vosso desejo, porque quereis que
seja assim?
“Os que resistem ao Espírito de Deus pensam que se hão de arrepender
algum dia no futuro, quando estiverem preparados para dar um passo decisivo em
direção à reforma; mas o arrependimento estará então fora de seu alcance. As
trevas dos que recusam andar na luz enquanto a luz está com eles serão
proporcionais à luz e aos privilégios concedidos.
“O Senhor Jesus tornou
evidente que tem infinito apreço por vós. Ele deixou o Seu trono real, deixou
Suas cortes reais, e revestiu Sua Divindade com a humanidade, e teve uma morte
ignominiosa sobre a cruz do Calvário, para que pudésseis ser salvos”. – Review and Herauld, 29 de junho de 1897.
Meditações Matinais 1999, pg. 35.
“Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não
endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no
deserto.” Hebreus 3:7-8.
Para mais informações entre em contato: cristiano_souza7@yahoo.com.br
Ou pelo blog. Que Deus te abençoe!
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