segunda-feira, 5 de novembro de 2012

porque os pioneiros adventistas e Ellen White não se uniriam ao chamado adventismo historico sobre o tema 144000?


Objeção de Jairo Carvalho em síntese:
Os 144 mil se compõem dos que nunca morreram, e sendo que muitos morreram desde 1844, os 144 não pode ser um número literal.
Resposta
(baseada no capítulo 13 do livro O Selamento do Povo de Deus: www.asd-mr.org.br/biblioteca/selamento/index.htm)
Esta objeção se baseia em algumas declarações do Espírito de Profecia e dos escritos do pastor Uriah Smith. Por exemplo:
"Ninguém, a não ser os 144 mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência — e nunca ninguém teve experiência semelhante. ‘Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai.’ ‘Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro.’ " — O Grande Conflito, pág. 649.
"Por isso os 144 mil são os santos vivos, que serão trasladados por altura da segunda vinda de Cristo." — As Profecias do Apocalipse (2ª edição), pág. 252.
"Da mesma sorte os 144 mil, colhidos para o celeiro celeste aqui na Terra durante as perturbadas cenas dos últimos dias, trasladados para o Céu sem ver a morte, e ocupando uma posição preeminente, são, neste sentido, aliás com muita razão, chamados primícias para Deus e para o Cordeiro." — Idem, pág. 253.
Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144 mil, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto." — Primeiros Escritos, pág. 15.
Meditemos nesta declaração. Após a ressurreição parcial, quando a voz de Deus anuncia o dia e a hora da vinda de Jesus, o número dos santos vivos é de 144 mil. Muitos haviam ressuscitado e nessa ocasião estão vivos, por isso são chamados "os vivos". É importante notar que todo ser humano, quer nunca tenha morrido, ou tenha morrido e ressuscitado na ressurreição parcial, ouvirá a voz de Deus. Mas só os 144 mil a entenderão. O Espírito de Profecia chama "ímpios" aos que não entendem a voz de Deus. Portanto, após a ressurreição parcial que ocorre no início da sétima praga, haverá somente duas classes de pessoas vivendo na Terra até a vinda de Jesus — os 144 mil e os ímpios. Onde estarão os Adventistas fiéis que ressuscitaram na ressurreição parcial? Incluídos no número dos santos vivos — 144 mil ao todo.
"Lembremo-nos de que o tempo dessas palavras da voz de Deus é após a ressurreição especial. Todo esse grupo especial de guardadores do Sábado, agora está ‘vivo’." —Review and Herald, 27 de julho de 1905, por H. R. Johnson.
O significado da expressão "santos vivos" é explicado pelo pastor Uriah Smith em seu livro The Visions, como segue:
" ‘Então, tendo ressuscitado e estando vivos entre os santos que nunca morreram, não são exatamente reconhecidos entre os santos vivos? E é essa mesma declaração do dia e da hora da vinda de Jesus que o grupo então vivo, em número de 144 mil, ouve e entende.’ —Experiences and Views, págs. 10 e 11. Então, onde está a contradição? Não existe." — Uriah Smith, The Visions, pág. 56.
Outro testemunho diz:
"Expediu-se um decreto para que os santos fossem mortos, o que os fez clamar dia e noite por livramento. Esse era o tempo da angústia de Jacó. Então todos os santos clamavam com angústia de espírito e eram libertados pela voz de Deus. Então os 144 mil triunfaram. Seus rostos ficaram iluminados com a glória de Deus." —The Present Truth, vol. 1, nº 3.
Após a ressurreição parcial os santos passarão por tribulação — tanto angústia espiritual como a ira dos ímpios. Eis, a propósito, algumas declarações:
"Seus olhos eram como chamas de fogo que profundamente penetravam Seus filhos. Todos os rostos empalideceram; e o daqueles a quem Deus havia rejeitado se tornaram negros. Todos nós exclamamos então: ‘Quem poderá estar em pé? Estão as minhas vestes sem mancha?’ " —Primeiros Escritos, pág. 16.
"À Sua presença ‘se têm tornado macilentos todos os rostos’; sobre os que rejeitaram a misericórdia de Deus cai o terror do desespero eterno. ‘Derrete-se o coração, e tremem os joelhos’, ‘e os rostos de todos eles empalidecem.’ Jeremias 30:6; Naum 2:10. Os justos clamam, a tremer: ‘Quem poderá subsistir?’ Silencia o cântico dos anjos e há um tempo de terrível silêncio." —O Grande Conflito, pág. 641.
"E mesmo depois de os santos terem sido assinalados com o selo do Deus vivo, Seus eleitos terão provas individualmente. Virão aflições pessoais, mas a fornalha é vigiada de perto por um olho que não deixará que o ouro seja consumido. Sobre eles está a marca indelével de Deus." —Testemunhos Para Ministros, pág. 446.
"Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram inermes ao chão." —Primeiros Escritos, pág. 15.
Os inimigos ficarão enraivecidos e investirão contra os santos após o anúncio do dia e hora da vinda de Jesus. Esta é ainda uma parte da angústia de Jacó. Só terminará quando Jesus declarar: "Minha graça vos basta." (Primeiros Escritos, pág. 16.)
Depois de os santos ouvirem e entenderem a voz de Deus anunciando o dia e a hora, olham para o céu e vêem Jesus vindo na nuvem:
"Logo nossos olhares foram dirigidos ao Oriente, pois aparecera uma nuvenzinha aproximadamente do tamanho da metade da mão de homem, a qual todos nós soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos nós em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e mais clara e esplendente, até converter-se numa grande nuvem branca. A parte inferior tinha a aparência de fogo; o arco-íris estava sobre a nuvem, enquanto em redor dela se achavam dez milhares de anjos, entoando um cântico agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do homem. Os cabelos, brancos e anelados, caíam-Lhe sobre os ombros; e sobre a cabeça tinha muitas coroas. Os pés tinham a aparência de fogo; em Sua destra trazia uma foice aguda e na mão esquerda uma trombeta de prata. ...
"Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as sepulturas dos santos que dormiam, ergueu então os olhos e mãos ao céu, e exclamou: ‘Despertai! despertai! despertai, vós que dormis no pó, e levantai-vos!’ Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram e os mortos saíram revestidos de imortalidade." —Primeiros Escritos, págs. 15 e 16 (ver O Grande Conflito, págs. 640 e 641).
Quando Jesus aparece nas nuvens do céu, ocorre a primeira ressurreição geral. Esses santos ressuscitam imortais. Convém lembrar que o número dos santos vivos é 144 mil. Uma parte deles é constituída pelos que nunca morreram, e a outra parte ressuscitou na ressurreição parcial. A primeira ressurreição geral na vinda de Jesus, quando soar a última trombeta, é mencionada na Bíblia:
"Pois o mesmo Senhor descerá do Céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor." 1 Tessalonicenses 4:16 e 17.
Por esses versos entendemos que quando Jesus vier haverá "santos vivos" (144 mil) que serão transformados da mortalidade para a imortalidade. Os outros, os "santos que dormem" (a grande multidão), saem do túmulo revestidos de imortalidade. Paulo explica como isso acontece:
"Eis que vos digo um mistério: Na verdade nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a última trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Pois convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória." 1 Coríntios 15:51-54.
E o Espírito de Profecia acrescenta esta explicação:
"Os justos vivos são transformados ‘num momento, num abrir e fechar de olhos’. À voz de Deus foram eles glorificados. Agora tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares." —O Grande Conflito, pág. 645.
É evidente que os "justos vivos" ou "santos vivos" (144 mil) foram glorificados à voz de Deus na ressurreição parcial, e agora, na primeira ressurreição geral, são imortalizados. Os dois grupos se unem e ascendem ao Céu.
"Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro, aonde Jesus trouxe as coroas, e com Sua própria destra as colocou sobre nossa cabeça. Deu-nos harpas de ouro e palmas de vitória. Ali, sobre o mar de vidro, os 144 mil ficaram em quadrado perfeito." —Primeiros Escritos, pág. 16. “ CAPÍTULO 10 – O Selamento do Povo de Deus
No tocante à declaração de O Grande Conflito, pág. 649, é verdade que os 144 mil serão trasladados "dentre os vivos". Uma parte desse número ressurge na ressurreição parcial do início da sétima praga; estão vivos quando Jesus vem. Por isso são trasladados dentre os vivos. Consideremos agora a expressão "sem ver a morte" em As Profecias do Apocalipse, pág. 253. A princípio, alguns dos primeiros Adventistas acreditavam que no tempo de angústia todos os santos seriam mortos (As Profecias do Apocalipse (2ª edição), pág. 244). O Espírito de Profecia torna claro que não será assim, e também explica que morte os santos não verão. Citamos:
"Vi um escrito, exemplares do qual foram espalhados nas diferentes partes da Terra, dando ordens para que se concedesse ao povo liberdade para, depois de certo tempo, matar os santos, a menos que estes renunciassem sua fé peculiar, abandonassem o Sábado e guardassem o primeiro dia da semana. Mas nesta hora de provação os santos estavam calmos e tranqüilos, confiando em Deus e descansando em Sua promessa de que um meio de livramento lhes seria preparado. Em alguns lugares, antes do tempo para se executar o decreto, os ímpios ruíram sobre os santos para os matar. Mas anjos sob a forma de homens de guerra combatiam por eles. Satanás desejava ter o privilégio de destruir os santos do Altíssimo. Jesus, porém, ordenou a Seus anjos que vigiassem sobre eles. Deus queria ser honrado fazendo um concerto com aqueles que haviam guardado a Sua Lei, à vista dos gentios em redor deles. E Jesus queria ser honrado, trasladando, sem que vissem a morte, aos fiéis e expectantes que durante tanto tempo O haviam esperado." — Primeiros Escritos, págs. 282 e 283. (Ver também Profetas e Reis, págs. 386 e 387.